terça-feira, 15 de janeiro de 2013

1 Refrigerante por dia aumenta em 40% seu risco de câncer de próstata. Nas mulheres, o consumo da bebida aumenta em 80% o risco de acidente vascular cerebral.


Pesquisadores da Universidade de Lund (Suécia) examinaram minunciosamente a dieta de mais de 8 mil homens entre 45 e 73 anos por 15 anos, em média. “Entre os homens que consomem uma grande quantidade de refrigerantes ou outras bebidas com adição de açúcar, constatamos um risco de câncer de próstata aproximadamente 40% maior”, disse uma das autoras do estudo, Isabel Drake.
A partir da análise da dieta masculina, os pesquisadores suecos também descobriram que uma dieta rica em carboidratos, com arroz e massas, aumentou em 31% o risco de contrair formas mais leves de câncer de próstata – que muitas vezes não exigem tratamento. Comer muito açúcar no café da manhã (como cereais açucarados) aumentou esse índice para 38%.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que imigrantes chineses e japoneses que viviam nos Estados Unidos, o maior consumidor de refrigerantes do mundo, desenvolviam câncer de próstata com mais frequência do que os compatriotas que permaneceram em seu país.
As mulheres também têm muitos motivos para parar de tomar refrigerante. Além de todos os problemas citados acima, o consumo da bebida aumenta em 80% o risco de acidente vascular cerebral em mulheres.

Quer morrer mais cedo ou ter mais doenças? Beba refrigerante.




Mesmo que você não saiba por que, com certeza sabe que refrigerante não faz bem. Desprovido de qualquer valor nutricional, essa água açucarada engorda, leva à obesidade e diabetes, além de outros vários males que não recebem muita atenção nas discussões de saúde, mas que listamos aqui na esperança de lhe recrutar para o lado do suco natural, chá e outras bebidas mais saudáveis. Confira:
1 – ENVELHECIMENTO ACELERADO
Normal, diet, light ou zero, todos os refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao refri seu sabor típico e aumenta seu tempo de prateleira. Embora ele exista em muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose, e um estudo sugere que poderia até provocar envelhecimento acelerado.
O estudo, publicado em 2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos cujas dietas tinham níveis normais de fosfato. Pior ainda é a tendência preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.

2 - Pode causar câncer
Em 2011, a instituição sem fins lucrativos Centro de Ciência para o Interesse Público solicitou à Administração de Alimentos e Drogas americana para proibir o corante artificial caramelo usado para fazer Coca-Cola, Pepsi e outros refrigerantes marrons. O motivo: dois contaminantes na coloração, 2-metilimidazole e 4-metilimidazol, que já causaram câncer em animais. De acordo com uma lista proposta na Califórnia de 65 de produtos químicos conhecidos por causar câncer, apenas 16 microgramas por pessoa por dia de 4-metilimidazol é o suficiente para representar uma ameaça de câncer. Qualquer refrigerante (normal, diet, zero) contêm 200 microgramas por 570 ml.

3 - Dentes fracos e problemas neurológicos
Nos EUA, dentistas até deram o nome de um refrigerante (boca “Mountain Dew”) para uma condição que eles veem em um monte de crianças que o bebem demais. Elas acabam com a boca cheia de cáries causadas por níveis de açúcar em excesso.
Além disso, um ingrediente chamado óleo vegetal bromado, ou BVO, adicionado para evitar que o aroma separe-se da bebida, é um produto químico industrial usado como retardador de chamas em plásticos. Também encontrado em outros refrigerantes e bebidas esportivas baseados em citros, o produto químico tem sido conhecido por causar distúrbios de memória e perda nervosa quando consumido em grandes quantidades. Os pesquisadores também suspeitam que o produto químico se acumula na gordura do corpo, podendo causar problemas de comportamento, infertilidade e lesões nos músculos do coração ao longo do tempo.

4 - Latas tóxicas
Não é apenas o refrigerante que causa problemas. Quase todas as latas de alumínio de refrigerante são revestidas com uma resina chamada bisfenol A (BPA), usada para impedir os ácidos do refrigerante de reagir com o metal. BPA é conhecida por interferir com os hormônios e tem sido associada a tudo, de infertilidade a obesidade a algumas formas de câncer. E, enquanto a Pepsi e a Coca-Cola estão atualmente envolvidas em uma batalha para ver qual empresa pode ser a primeira a desenvolver uma garrafa de plástico 100% baseada em plantas que elas estão divulgando como “sem BPA”, nenhuma empresa está disposta a retirar a substância das latas de alumínio.

5 - Poluição da água
Os adoçantes artificiais utilizados em refrigerantes diet não quebram em nossos corpos, e nem o tratamento de águas residuais consegue separá-los antes que entrem nos cursos de água. Em 2009, cientistas suíços testaram amostras de água tratada, rios e lagos na Suíça e detectaram níveis de acessulfame K, sucralose e sacarina em todos, substâncias usadas em refrigerantes diet. Um teste recente em abastecimentos de água municipal nos EUA também revelou a presença de sucralose em todos os 19 estudados. Não está claro ainda o que esses níveis encontrados podem fazer com as pessoas, mas pesquisas anteriores concluíram que a sucralose em rios e lagos interfere com os hábitos de alimentação de alguns organismos.
Mais doenças associadas:
Há indicações de que refrigerantes de cola podem prejudicar o esperma e até causar paralisia muscular. Além de potencialmente causarem tantos problemas, podem ser viciantes.

Exames de mama não salvam vidas, afirma estudo. Tecnologia de mamografia pode estar fazendo mais mal do que bem. A mamografia pode não ser eficaz em todas as mulheres.


De acordo com um estudo feito na Dinamarca e na Noruega, um maior número de mamografias realizadas recentemente não alterou a quantidade de mortes por câncer de mama. Esses resultados acenderam um debate sobre a necessidade do teste.
Segundo os pesquisadores, as taxas de mortes por câncer de mama eram as mesmas em locais com o aparelho para fazer as mamografias e lugares que não possuíam a tecnologia. Agora os médicos estão pensando em tornar o exame anual obrigatório apenas a partir dos 50 anos e não mais a partir dos 40.
Dizem que o tempo dos especialistas e o investimento dos hospitais seria melhor aplicada em outras tecnologias do que no aparelho de mamografia. Na Grã-Bretanha, por exemplo, especialistas dizem que 7 mil mulheres que fazem o exame anualmente ganham um diagnóstico de câncer de mama incorreto por que o resultado da mamografia capta nódulos que não causariam nenhum tipo de problemas.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum em mulheres e mata mais de 500 mil pessoas todos os anos.

Muitos radiologistas confiam em um software de computador especializado para identificar áreas suspeitas em mamografias de rotina.
Agora, um novo estudo alega que essa tecnologia não consegue melhorar a detecção de câncer de mama, e até aumenta o risco de uma leitura anormal quando na verdade a pessoa não tem câncer.
O estudo analisou 1,6 milhões de mamografias feitas em 90 instalações de radiologia em 7 estados dos EUA, entre 1998 e 2006.
Mais de 680.000 mulheres participaram da pesquisa. Os pesquisadores examinaram mamografias em filme, porque muito poucas mamografias digitais foram realizadas durante o período de estudo para permitir uma análise aprofundada.
A taxa de detecção de anormalidades não invasivas na mama melhorou nas instalações de radiologia que adotaram a tecnologia conhecida como detecção auxiliada por computador, ou CAD (na sigla em inglês), mas, crucialmente, a taxa não melhorou para o câncer de mama invasivo, o tipo perigoso que invade os tecidos saudáveis da mama ou de outras partes do corpo.
Além disso, em clínicas com CAD, a porcentagem de mulheres com mamografias anormais que foram diagnosticadas com precisão caiu de 4,3% para 3,6%.
Também, as taxas de “falso-positivos” e “segundas visitas” (ser chamada de volta para mais testes) aumentaram ligeiramente após o CAD. No entanto, a taxa de biópsia declinou ao longo do tempo, independentemente do uso do CAD.
Os resultados ampliam e confirmam as descobertas de outro estudo de 2007 da mesma equipe de pesquisa, que colocava em dúvida o valor do CAD.
“As mulheres devem entender que o CAD provavelmente está sendo usado para interpretar a sua mamografia, e provavelmente não vai ajudar a detectar o câncer de mama mais cedo”, disse o autor do estudo, Joshua J. Fenton.
Mamografias anuais são amplamente recomendadas para mulheres com 40 anos ou mais. Os raios-X podem detectar o câncer em um estágio inicial, quando é mais tratável, mas não são perfeitos: deixam passar até 20% dos cânceres de mama.
Quando dois radiologistas interpretam uma mamografia, as taxas de detecção sobem. Nos últimos anos, estudos mostraram que o CAD, que analisa as imagens de mamografia e destaca as áreas que podem exigir um olhar mais atento, é tão eficaz na detecção de cânceres como um segundo par de olhos.
No entanto, à luz das novas provas, os radiologistas devem ser críticos na interpretação dos resultados do CAD. Seria ele um par de olhos legítimo? Seria mesmo capaz de fazer o trabalho que os radiologistas fazem?
Ainda não está claro no novo estudo se os radiologistas usam o CAD corretamente, ou mesmo se eles o usaram em todos os casos (os resultados são de clínicas que possuem o CAD, mas se a tecnologia foi usada é outra coisa).
“Isso me faz pensar que nós, como comunidade médica, precisamos reavaliar o uso do CAD, mas ainda não sei se com base neste estudo devemos abandonar a tecnologia”, comenta a especialista Carol H. Lee.
Aprovado em 1998 nos EUA, o CAD agora é usado em cerca de três em cada quatro mulheres. Alguns médicos acreditam que os pesquisadores e as empresas de dispositivos devem trabalhar para tornar o software melhor, mas em um ambiente experimental, e não expondo milhões de mulheres a uma tecnologia que pode fazer mais mal do que bem.

Um caso recente chamou a atenção para a falta de eficácia da mamografia. Se você quer ter certeza de que não tem câncer, procure saber quando uma mamografia pode não ser suficiente para você.
Uma mulher que havia feito uma mamografia – e os resultados tinham sido normais, um ano depois ficou sabendo que estava com câncer de mama. O nódulo era grande, e a doença já havia se espalhado para a sua coluna.
“Como a mamografia deixou passar um nódulo daquele tamanho?”, foi o que ela se perguntou. Agora, um radiologista forneceu a seguinte explicação: os seios são extremamente densos, o que reduz a sensibilidade da mamografia. Em termos leigos, isso significa que o tecido mamário da mulher era tão espesso de tecido fibroso e ductos de leite que foi difícil ver todos os cancros que poderiam estar lá.
Para entender, basta visualizar os seios como o céu. Em um dia claro, você pode ver qualquer objeto no céu. Mas quando a mama é densa, é como um dia nublado. Existem objetos no céu, mas você não consegue vê-los.
Aliás, segundo os médicos, não só é difícil encontrar tumores em uma mamografia de mama densa, como ter tecido denso aumenta as chances de ter câncer de mama.
Como a mamografia não é um instrumento de rastreamento perfeito, especialmente para mulheres jovens, e casos como esse se repetem todos os dias, fique atenta em algumas dicas.
Por exemplo, se você tem um forte histórico familiar de câncer de mama, faça uma ressonância magnética, além da mamografia. Mulheres com uma mutação genética BRCA, ou com parentes que possuem uma mutação do gene BRCA também devem fazer uma ressonância magnética. Os médicos recomendam também a mamografia digital, que é mais precisa.
Outra dica é fazer uma cópia do seu relatório de mamografia. Assim como o caso aqui relatado, ler que a sua mamografia é normal nem sempre é suficiente. Peça ao seu ginecologista ou radiologista uma cópia do relatório, e em seguida, verifique se há alguma anotação sobre a densidade de seus seios.
Aliás, se você tem mamas densas, também pode considerar de primeira fazer um ultra-som ou uma ressonância magnética. Eles podem ser mais eficazes do que apenas a mamografia.
Observe no relatório da mamografia a sua pontuação BI-RADS, que indica a probabilidade de ter câncer de mama. “1″ nessa escala significa que o seu mamograma não mostrou nenhum caso de câncer, e “5″ que você tem alta suspeita de câncer. Às vezes, a carta do radiologista pode dizer que está tudo bem, quando na verdade o resultado de BI-RADS sugere que você deve ser acompanhada mais de perto.
Por fim, converse com seu médico radiologista. As mulheres raramente conversam com a pessoa que lê a sua mamografia, mas isso pode mudar tudo. Também faça seu próprio exame. Às vezes, nada mais eficaz que suas próprias mãos para encontrar um nódulo que a mamografia não detectou.




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