terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Febre hemorrágica brasileira. Atenção nacional.



Entenda os riscos

O vírus tem um longo período de incubação, que é em média de sete a 21 dias, e se inicia com febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz, ou seja: uma longa lista de sintomas.
Além disso, a evolução da doença pode resultar em comprometimento neurológico, como confusão mental, alteração de comportamento e convulsão.
A transmissão dos arenavírus de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado, quando não são utilizados equipamentos de proteção, através do contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções do paciente.
O Ministério da Saúde classifica a situação como um "evento de saúde pública grave". E de acordo com protocolos internacionais estabelecidos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) já foram notificadas sobre o reaparecimento do vírus.



Vírus letal da febre hemorrágica ressurge no Brasil. Orientações aos profissionais de saúde.

Medidas de prevenção do profissional de saúde

O caso suspeito deve ser atendido em quarto individualizado. Além das medidas de precaução padrão, recomenda-se aos profissionais de saúde que utilizem os equipamentos de proteção individual.

A desinfecção das mãos deve ser realizada antes e após o contato com os pacientes.

Os cuidados com o descarte de material devem ser sempre feitos somente após autoclavação de todos os materiais usados no manuseio do paciente e também todas as secreções e excreções do mesmo.

Caso possível, deve-se restringir o número de profissionais de saúde que tenham contato com o paciente; colocar alertas nas portas sobre os cuidados para o uso de EPI; minimizar os procedimentos invasivos no paciente. Ainda se recomenda que equipamentos e instrumentais, como termômetros, estetoscópios, aparelhos de pressão e outros, sejam de uso exclusivo do paciente e desinfetados após seu uso.

Os pacientes suspeitos ou confirmados para essa doença devem ser isolados em um quarto individual, com banheiro e pias separadas. O movimento dos pacientes no ambiente hospitalar deve ser restrito.

O ambiente e os utensílios podem ser desinfetados com detergentes e desinfetantes comuns, tais como hipoclorito de sódio a 1% e glutaraldeído a 2%, álcool etílico a 70% e lisofórmio. Ainda são sensíveis a luz ultravioleta, irradiação gama e são inativados a temperaturas acima de 56 graus Celsius e pH inferior a 5,5 ou superiores a 8,53 .

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Doença de Parkinson




Doença de Parkinson (DP), descrita por James Parkinson em 1817, é uma das doenças neurológicas mais comuns dos dias de hoje.
Do ponto de vista patológico, DP é uma doença degenerativa cujas alterações motoras decorrem principalmente da morte de neurônios dopaminérgicos da substância nigra que apresentam inclusões intracitoplasmáticas conhecidas com corpúsculos de Lewy. Suas principais manifestações motoras incluem tremor de repouso, bradicinesia, rigidez com roda denteada e anormalidades posturais.

No entanto, as alterações não são restritas à substância nigra e podem estar presentes em outros núcleos do tronco cerebral (por exemplo, núcleo motor dorsal do vago), córtex cerebral e mesmo neurônios periféricos, como os do plexo mioentérico.
A presença de processo degenerativo além do sistema nigroestriatal pode explicar uma série
de sintomas e sinais não motores, tais como alterações do olfato, distúrbios do sono, hipotensão postural, constipação, mudanças emocionais, depressão, ansiedade, sintomas psicóticos, prejuízos cognitivos e demência, dentre outros.

A introdução de levodopa representou o maior avanço terapêutico na DP, produzindo benefícios clínicos para praticamente todos os pacientes e reduzindo a mortalidade por esta doença. 

No entanto, logo após a introdução do medicamento, se tornou evidente que o tratamento por longo prazo era complicado pelo desenvolvimento de efeitos adversos, que incluem flutuações motoras, discinesias e complicações neuropsiquiátricas. 

Além disto, com a progressão da doença, os pacientes passam a apresentar manifestações que não respondem adequadamente à terapia com levodopa, tais como episódios de congelamento, instabilidade postural, disfunções autonômicas e demência.

Nestes casos, deve-se optar por outro esquema terapêutico.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Automedicação - Riscos de uma atitude perigosa.





O Brasil é campeão da automedicação. Genéricos ou de marca, com ou sem prescrição, comprados em farmácias reais ou virtuais, o que não faltam são opções de medicamentos e diversas facilidades para adquiri-los, até mesmo no conforto de casa, sem precisar se locomover. Medicamentos são o principal agente causador de intoxicação em seres humanos no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados.

As crianças menores de 5 anos representam cerca de 35% destes casos de intoxicação.

A pessoa precisa ser informada, conhecer os riscos dos medicamentos e ter a inteligência para procurar pelo médico, não pelo medicamento.

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer consequências mais graves do que se imagina.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode piorar uma doença e até causar doenças mais graves.

Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.

Também temos que ter a preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.

Anti-inflamatórios são remédios perigosos e, se administrados indiscriminadamente, podem fazer muito mal, provocando contração dos vasos, retenção de sódio e água, aumentando a pressão arterial, e colocando em risco o coração e os rins. Têm, ainda, ação lesiva sobre o fígado, provocam gastrite e lesão intestinal, tornando o indivíduo passível de desenvolver úlceras no aparelho digestivo. Outro risco importante, comum a automedicação de maneira geral, é o de mascarar doenças ou até agravá-las.

Maior restrição à venda destes medicamentos, a exemplo do que vem acontecendo com os antibióticos, seria uma ação efetiva, porém pontual. A rigorosa supervisão sobre a venda e prescrição médica deveria atingir a diversas outras classes de medicamentos, pois todos eles, inclusive aqueles de venda livre, não podem ser consumidos sem controle. Todos têm indicações e posologia específicas, além do risco de provocarem efeitos colaterais e danos à saúde.

Analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam.

Sempre procure um médico ao desconfiar sobre qualquer problema de saúde. Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias.

Na consulta, informe ao médico se você já utiliza algum medicamento e se faz uso freqüente de bebidas alcoólicas.

Evitando intoxicações

As intoxicações por medicamento ocorrem principalmente pelo uso acidental e são mais frequentes em crianças. Por isso, os pais ou responsáveis devem ter muito cuidado no armazenamento do medicamento. Ele deve ser guardado em local seguro, longe do alcance das crianças. 
Para evitar a ingestão acidental de medicamentos, não os deixe soltos em gavetas, dentro de vasos, potes, objetos de decoração ou de qualquer outra forma que permita o acesso de animais domésticos, crianças ou idosos.

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