quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Automedicação - Riscos de uma atitude perigosa.





O Brasil é campeão da automedicação. Genéricos ou de marca, com ou sem prescrição, comprados em farmácias reais ou virtuais, o que não faltam são opções de medicamentos e diversas facilidades para adquiri-los, até mesmo no conforto de casa, sem precisar se locomover. Medicamentos são o principal agente causador de intoxicação em seres humanos no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados.

As crianças menores de 5 anos representam cerca de 35% destes casos de intoxicação.

A pessoa precisa ser informada, conhecer os riscos dos medicamentos e ter a inteligência para procurar pelo médico, não pelo medicamento.

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer consequências mais graves do que se imagina.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode piorar uma doença e até causar doenças mais graves.

Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.

Também temos que ter a preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.

Anti-inflamatórios são remédios perigosos e, se administrados indiscriminadamente, podem fazer muito mal, provocando contração dos vasos, retenção de sódio e água, aumentando a pressão arterial, e colocando em risco o coração e os rins. Têm, ainda, ação lesiva sobre o fígado, provocam gastrite e lesão intestinal, tornando o indivíduo passível de desenvolver úlceras no aparelho digestivo. Outro risco importante, comum a automedicação de maneira geral, é o de mascarar doenças ou até agravá-las.

Maior restrição à venda destes medicamentos, a exemplo do que vem acontecendo com os antibióticos, seria uma ação efetiva, porém pontual. A rigorosa supervisão sobre a venda e prescrição médica deveria atingir a diversas outras classes de medicamentos, pois todos eles, inclusive aqueles de venda livre, não podem ser consumidos sem controle. Todos têm indicações e posologia específicas, além do risco de provocarem efeitos colaterais e danos à saúde.

Analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam.

Sempre procure um médico ao desconfiar sobre qualquer problema de saúde. Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias.

Na consulta, informe ao médico se você já utiliza algum medicamento e se faz uso freqüente de bebidas alcoólicas.

Evitando intoxicações

As intoxicações por medicamento ocorrem principalmente pelo uso acidental e são mais frequentes em crianças. Por isso, os pais ou responsáveis devem ter muito cuidado no armazenamento do medicamento. Ele deve ser guardado em local seguro, longe do alcance das crianças. 
Para evitar a ingestão acidental de medicamentos, não os deixe soltos em gavetas, dentro de vasos, potes, objetos de decoração ou de qualquer outra forma que permita o acesso de animais domésticos, crianças ou idosos.

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