Por que eu?
Na maior parte das vezes, o AVC se apresenta de forma súbita, sem avisos, geralmente levando o indivíduo e seus familiares a um profundo sentimento de tristeza e perda. No entanto, o ato de se perguntar “Por que eu?” consiste no primeiro passo para o processo de recuperação e aprendizado sobre como lidar com as mudanças associadas ao AVC.
O que causa o AVC?
O AVC é causado por uma interrupção do fluxo sanguíneo cerebral, seja ela devido a um “trombo” (AVC isquêmico) ou à ruptura de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico). Como resultado, as células cerebrais são privadas de oxigênio, levando a importante dano e, em muitos casos, morte de parte dessas células.
Não existem 2 AVCs iguais e a gravidade dos sintomas depende da área afetada e da extensão da lesão cerebral.
Existem “sinais de aviso” antes da ocorrência de um AVC?
Para a maioria das pessoas, o AVC ocorre subitamente, sem aviso. Em alguns casos, porém, as pessoas podem apresentar sintomas antes da instalação do mesmo, como tonturas, dor de cabeça e mal estar.
O Ataque isquêmico Transitório (AIT ou “ameaça de AVC”) é um sinal claro de grande risco para AVC e necessita de atenção médica em caráter de urgência.
A idade possui alguma influência sobre a incidência de AVC?
Sim. O AVC torna-se mais comum com o passar dos anos.Com a idade, nossos vasos sanguíneos tornam-se menos elásticos, o que pode levar ao desenvolvimento de hipertensão arterial e consequentemente, maior risco de AVC. As chances de AVC podem ser minimizadas com o acompanhamento adequado dos fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicerídeos, dieta, atividade física e consumo de álcool.
Os AVCs são causados pela pressão alta?
A pressão alta persistente é um fator de risco para AVC. Com o passar do tempo, a pressão alta pode causar danos às paredes dos vasos, aumentando o risco de formação de trombos. A pressão arterial deve ser verificada periodicamente, mesmo em indivíduos saudáveis e em caso de alterações, um médico deve ser consultado.
A atividade física ajuda a prevenir o AVC?
Sim, a atividade física pode ajudar na prevenção do AVC. Atividade regular é uma boa maneira de controlar a pressão arterial, além de contribuir com a perda de peso e controle das taxas de colesterol e triglicerídeos no organismo. As pessoas deveriam praticar, ao menos, 30 minutos diários de atividade física para otimização de seus benefícios. Os indivíduos em uso de medicação ou com algum problema de saúde devem procurar seu médico, antes de iniciar a prática de atividades físicas, para orientação adequada. Após o AVC, o ideal é que seu médico, junto à equipe de reabilitação, planeje um programa de atividade física mais adequada para seu caso.
Por que eu me sinto tão cansado após o AVC?
Exaustão é um sintoma comum após o AVC. Isso ocorre porque seu corpo ainda está se recuperando dos efeitos da lesão cerebral. As tarefas do dia-a-dia podem exigir maior concentração e esforço do que antes. Você pode melhorar através do estímulo diário, realizando gradativamente as tarefas e aumentando, aos poucos, o nível de atividades para obtenção de força e resistência. É importante dedicar alguns momentos para o descanso ao sentir que seu corpo realmente precisa dele.
O cansaço irá diminuir com o passar do tempo.
Quanto tempo leva a recuperação?
A recuperação é algo muito individual e depende da severidade do AVC e de outros fatores associados. Boa parte da recuperação ocorre nas primeiras semanas após o AVC, no entanto as pessoas podem ir se restabelecendo gradativamente por um longo período após o evento.
O AVC é hereditário?
O AVC não é hereditário; no entanto, famílias com história de AVC, doenças cardiovasculares e outros fatores de risco apresentam maior chance de vir a desenvolver esses problemas. Se você está preocupado sobre o risco de AVC em sua família, o ideal é discutir suas dúvidas com um médico.
Como a equipe interdisciplinar pode ajudar?
O objetivo da equipe é melhorar a qualidade de vida do paciente vítima de AVC e seus familiares através de:
• Pesquisa e educação em saúde
• Palestras informativas
• Campanhas públicas
• Orientações gerais a respeito de cuidados e direitos dos pacientes
• Atendimento especializado e individualizado aos pacientes