terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Exames de mama não salvam vidas, afirma estudo. Tecnologia de mamografia pode estar fazendo mais mal do que bem. A mamografia pode não ser eficaz em todas as mulheres.


De acordo com um estudo feito na Dinamarca e na Noruega, um maior número de mamografias realizadas recentemente não alterou a quantidade de mortes por câncer de mama. Esses resultados acenderam um debate sobre a necessidade do teste.
Segundo os pesquisadores, as taxas de mortes por câncer de mama eram as mesmas em locais com o aparelho para fazer as mamografias e lugares que não possuíam a tecnologia. Agora os médicos estão pensando em tornar o exame anual obrigatório apenas a partir dos 50 anos e não mais a partir dos 40.
Dizem que o tempo dos especialistas e o investimento dos hospitais seria melhor aplicada em outras tecnologias do que no aparelho de mamografia. Na Grã-Bretanha, por exemplo, especialistas dizem que 7 mil mulheres que fazem o exame anualmente ganham um diagnóstico de câncer de mama incorreto por que o resultado da mamografia capta nódulos que não causariam nenhum tipo de problemas.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum em mulheres e mata mais de 500 mil pessoas todos os anos.

Muitos radiologistas confiam em um software de computador especializado para identificar áreas suspeitas em mamografias de rotina.
Agora, um novo estudo alega que essa tecnologia não consegue melhorar a detecção de câncer de mama, e até aumenta o risco de uma leitura anormal quando na verdade a pessoa não tem câncer.
O estudo analisou 1,6 milhões de mamografias feitas em 90 instalações de radiologia em 7 estados dos EUA, entre 1998 e 2006.
Mais de 680.000 mulheres participaram da pesquisa. Os pesquisadores examinaram mamografias em filme, porque muito poucas mamografias digitais foram realizadas durante o período de estudo para permitir uma análise aprofundada.
A taxa de detecção de anormalidades não invasivas na mama melhorou nas instalações de radiologia que adotaram a tecnologia conhecida como detecção auxiliada por computador, ou CAD (na sigla em inglês), mas, crucialmente, a taxa não melhorou para o câncer de mama invasivo, o tipo perigoso que invade os tecidos saudáveis da mama ou de outras partes do corpo.
Além disso, em clínicas com CAD, a porcentagem de mulheres com mamografias anormais que foram diagnosticadas com precisão caiu de 4,3% para 3,6%.
Também, as taxas de “falso-positivos” e “segundas visitas” (ser chamada de volta para mais testes) aumentaram ligeiramente após o CAD. No entanto, a taxa de biópsia declinou ao longo do tempo, independentemente do uso do CAD.
Os resultados ampliam e confirmam as descobertas de outro estudo de 2007 da mesma equipe de pesquisa, que colocava em dúvida o valor do CAD.
“As mulheres devem entender que o CAD provavelmente está sendo usado para interpretar a sua mamografia, e provavelmente não vai ajudar a detectar o câncer de mama mais cedo”, disse o autor do estudo, Joshua J. Fenton.
Mamografias anuais são amplamente recomendadas para mulheres com 40 anos ou mais. Os raios-X podem detectar o câncer em um estágio inicial, quando é mais tratável, mas não são perfeitos: deixam passar até 20% dos cânceres de mama.
Quando dois radiologistas interpretam uma mamografia, as taxas de detecção sobem. Nos últimos anos, estudos mostraram que o CAD, que analisa as imagens de mamografia e destaca as áreas que podem exigir um olhar mais atento, é tão eficaz na detecção de cânceres como um segundo par de olhos.
No entanto, à luz das novas provas, os radiologistas devem ser críticos na interpretação dos resultados do CAD. Seria ele um par de olhos legítimo? Seria mesmo capaz de fazer o trabalho que os radiologistas fazem?
Ainda não está claro no novo estudo se os radiologistas usam o CAD corretamente, ou mesmo se eles o usaram em todos os casos (os resultados são de clínicas que possuem o CAD, mas se a tecnologia foi usada é outra coisa).
“Isso me faz pensar que nós, como comunidade médica, precisamos reavaliar o uso do CAD, mas ainda não sei se com base neste estudo devemos abandonar a tecnologia”, comenta a especialista Carol H. Lee.
Aprovado em 1998 nos EUA, o CAD agora é usado em cerca de três em cada quatro mulheres. Alguns médicos acreditam que os pesquisadores e as empresas de dispositivos devem trabalhar para tornar o software melhor, mas em um ambiente experimental, e não expondo milhões de mulheres a uma tecnologia que pode fazer mais mal do que bem.

Um caso recente chamou a atenção para a falta de eficácia da mamografia. Se você quer ter certeza de que não tem câncer, procure saber quando uma mamografia pode não ser suficiente para você.
Uma mulher que havia feito uma mamografia – e os resultados tinham sido normais, um ano depois ficou sabendo que estava com câncer de mama. O nódulo era grande, e a doença já havia se espalhado para a sua coluna.
“Como a mamografia deixou passar um nódulo daquele tamanho?”, foi o que ela se perguntou. Agora, um radiologista forneceu a seguinte explicação: os seios são extremamente densos, o que reduz a sensibilidade da mamografia. Em termos leigos, isso significa que o tecido mamário da mulher era tão espesso de tecido fibroso e ductos de leite que foi difícil ver todos os cancros que poderiam estar lá.
Para entender, basta visualizar os seios como o céu. Em um dia claro, você pode ver qualquer objeto no céu. Mas quando a mama é densa, é como um dia nublado. Existem objetos no céu, mas você não consegue vê-los.
Aliás, segundo os médicos, não só é difícil encontrar tumores em uma mamografia de mama densa, como ter tecido denso aumenta as chances de ter câncer de mama.
Como a mamografia não é um instrumento de rastreamento perfeito, especialmente para mulheres jovens, e casos como esse se repetem todos os dias, fique atenta em algumas dicas.
Por exemplo, se você tem um forte histórico familiar de câncer de mama, faça uma ressonância magnética, além da mamografia. Mulheres com uma mutação genética BRCA, ou com parentes que possuem uma mutação do gene BRCA também devem fazer uma ressonância magnética. Os médicos recomendam também a mamografia digital, que é mais precisa.
Outra dica é fazer uma cópia do seu relatório de mamografia. Assim como o caso aqui relatado, ler que a sua mamografia é normal nem sempre é suficiente. Peça ao seu ginecologista ou radiologista uma cópia do relatório, e em seguida, verifique se há alguma anotação sobre a densidade de seus seios.
Aliás, se você tem mamas densas, também pode considerar de primeira fazer um ultra-som ou uma ressonância magnética. Eles podem ser mais eficazes do que apenas a mamografia.
Observe no relatório da mamografia a sua pontuação BI-RADS, que indica a probabilidade de ter câncer de mama. “1″ nessa escala significa que o seu mamograma não mostrou nenhum caso de câncer, e “5″ que você tem alta suspeita de câncer. Às vezes, a carta do radiologista pode dizer que está tudo bem, quando na verdade o resultado de BI-RADS sugere que você deve ser acompanhada mais de perto.
Por fim, converse com seu médico radiologista. As mulheres raramente conversam com a pessoa que lê a sua mamografia, mas isso pode mudar tudo. Também faça seu próprio exame. Às vezes, nada mais eficaz que suas próprias mãos para encontrar um nódulo que a mamografia não detectou.




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Radiologia evolui com diagnósticos com menos radiação


Poucas especialidades avançaram tanto nos últimos anos como a Radiologia.
São inúmeros os equipamentos e funções à disposição dos médicos para o diagnóstico cada vez mais precoce de todo o tipo de enfermidade.
Porém, uma questão ainda costuma preocupar quem precisa realizar certos procedimentos: a radiação. Quanto pode fazer mal?
Como minimizar a exposição?

A boa notícia é que, com o desenvolvimento da computação em conjunto com os processos de captação e análise de imagens, não só a qualidade do diagnóstico foi ampliada, como também a segurança dos pacientes.

A radiografia é talvez a técnica mais conhecida para obtenção de imagens diagnósticas.
Exames como a tomografia computadorizada, a densitometria óssea e a mamografia empregam esse mesmo método.
Ela funciona como uma espécie de registro fotográfico utilizando raios X para visualizar estruturas e tecidos com propriedades distintas, como ossos e órgãos.
As exposições esporádicas aos raios X médicos oferecem baixos riscos, pois geram doses muito baixas de radiação, mas a exposição repetida não é aconselhada.
A radiação em excesso afeta o organismo podendo causar alterações químicas nas moléculas, com uma ação maléfica que varia muito de acordo com a dose absorvida.
Por isso, o paciente deve procurar locais que utilizem aparelhos em bom estado e que estejam de acordo com as normas vigentes de proteção radiológica exigidas pela Vigilância Sanitária,
a fim de assegurar a qualidade do resultado e evitar o excesso de exposição à radiação.

Primeiramente, todo o estabelecimento que realiza esse tipo de exame deve ter periodicamente renovado um laudo de radioproteção emitido pelo Laboratório de Ciências Radiológicas (LCR),
que garante o cumprimento dos requisitos de radioproteção pelos serviços de Radiologia. Além disso, para reduzir ainda mais a exposição à radiação, deve-se implementar um programa de padronização de técnicas mamográficas e radiográficas,
a fim de gerar um documento que descreva a metodologia ideal para cada paciente, levando-se em conta a qualidade da imagem produzida e a dose de radiação atribuída”, complementa a especialista.

Por outro lado, a evolução da informática e dos equipamentos radiológicos introduziu definitivamente a tecnologia das imagens digitais na Medicina.
Com isso, os tradicionais exames de raios X, obtidos a partir da sensibilização de filmes convencionais, passaram a usar uma película especial que possibilita a digitalização das imagens em alta resolução.
Dentre outras vantagens, os aparelhos da era digital permitiram uma significante redução na dose de radiação recebida pelo paciente, em decorrência de novas tecnologias para aquisição de imagens e seu melhor aproveitamento.

Na radiologia digital, como os exames são capturados e processados por estações de trabalho computadorizadas, além de uma melhor qualidade das imagens, é possível aplicar softwares sofisticados de visualização e análise das patologias.
Além disso, com arquivos digitais, diversos médicos podem ter acesso ao mesmo material pela internet.
A implicação evidente é que se reduz a necessidade de repetição das análises, diminuindo, consequentemente, o período de exposição à radiação ionizante.

Um exemplo da nova tecnologia é um mamógrafo, que apresenta um sistema digital indireto com tecnologia amórfica de silício.
O sistema indireto apresenta uma maior eficiência de detecção dos raios X devido à alta sensibilidade do silício amorfo em comparação aos filmes convencionais.
Esta característica reduz o tempo de aquisição das imagens e, consequentemente, a dose de radiação atribuída aos pacientes.

O mais importante a saber em relação à radiação, é que por mais que exista um risco ínfimo, ele é bastante reduzido se comparado aos benefícios que os métodos de imagem podem oferecer ao diagnóstico precoce e ao tratamento das mais diversas doenças.

Cuidados redobrados

A atenção com a exposição à radiação deve ser ainda maior para certos grupos.
É o caso das crianças.
Como os tecidos e órgãos dos pequenos ainda estão em desenvolvimento, tornam-se ainda mais sensíveis à radiação.
Nelas, o risco potencial de câncer é de duas a três vezes maior que nos adultos, uma vez que os efeitos podem surgir após um longo tempo de latência.
Isso justifica o rígido controle da relação custo-benefício na realização destes exames por gestantes.

Já profissionais de saúde que trabalham próximo aos equipamentos, devem controlar a dose de radiação a que são expostos e usar recursos de proteção radiológica, para prevenir os efeitos relacionados a ela.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Vitaminas antioxidantes e minerais previnem câncer de próstata


O Dr. Francois Meyer, da Laval University Cancer Research Center, em Quebéc, e colaboradores avaliaram se a suplementação diária de vitaminas antioxidantes (vitamina C, vitamina E e beta-caroteno) e minerais (selênio e zinco) reduz a ocorrência de câncer de próstata ou influencia biomarcadores como o PSA.
Mais de 5000 homens receberam suplementos ou placebo
Dados dos biomarcadores estavam disponíveis em uma base de dados que foi seguida por 9 anos por uma média de 3616 homens.
A suplementação foi associada com 48% de redução na incidência de câncer depróstata entre homens com dosagem de PSA menor que 3microgramas/L. Estes resultados foram publicados no International Journal of Cancer deste mês.
Em contraste, homens com níveis de PSA maior ou igual a 3 microgramas/L que receberam suplemento experimentaram uma redução de 54% na incidência de câncer de próstata.
suplementação com vitaminas antioxidantes e minerais não teve impacto claro nos níveis de cinco biomarcadores do câncer de próstata, segundo indica este estudo.
O estudo suporta a hipótese que a quimioprevenção do câncer de próstata pode ser alcançada com vitaminas antioxidantes e minerais, mas os pesquisadores recomendam estudos futuros para identificar qual o melhor agente ou qual a combinação de agentes mais adequada para a prevenção e também para determinar quais dosagens são seguras e efetivas.

Vitamina D pode retardar a progressão do câncer de mama


De acordo com um pequeno estudo realizado por pesquisadores ingleses e publicado no Journal of Clinical Pathology, mulheres comcâncer de mama em estágio inicial têm níveis mais altos devitamina D no sangue do que mulheres com a doença em estágio mais avançado.
Os níveis de vitamina D também são mais baixos em mulheres com câncer de mama, quando comparadas àquelas sem a doença. Segundo os pesquisadores, estes resultados sugerem que a vitamina D pode desempenhar um importante papel na prevenção da progressão da doença.
vitamina D é produzida pelo corpo em resposta à exposição ao sol. Também pode ser encontrada em ovos, fígado e produtos lácteos fortificados.
No estudo, os pesquisadores compararam os níveis sangüíneos de vitamina D, cálcio e paratohormônio de 75 mulheres com câncer de mama avançado e 204 mulheres com a doença em estágio inicial.
Eles observaram que mulheres com câncer de mama em estágio inicial têm níveis mais altos de vitamina D no sangue do que mulheres com a doença em estágio mais avançado.
Os níveis de vitamina D também são mais baixos em mulheres com câncer de mama, quando comparadas àquelas sem a doença.
Os níveis de cálcio não tiveram diferença significativa nos grupos. A vitamina D acelera a atividade de certos genes e freia a de outros.

A aferição domiciliar da pressão arterial ajuda a reduzir o uso de medicamentos e preserva a saúde


Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Maastrich, na Holanda, e publicado na revista Hypertension, da Associação Americana do Coração, relata que indivíduos que medem sua pressão arterial em casa conseguem reduzir o uso de medicamentos para controlar a hipertensão arterial e, conseqüentemente, os gastos com esses medicamentos.
Quatrocentos e trinta hipertensos participaram do estudo e foram divididos em dois grupos. Um deles mediu seus níveis de pressão arterial em casa para orientar o tratamento e o outro teve sua pressão medida no consultório médico. Ao longo de um ano, foram registrados os resultados das medições, a quantidade de medicamentos necessária para controlar a pressão arterial em níveis adequados, os gastos com o tratamento e os danos aos órgãos-alvo como rins e coração (através de ecocardiograma e medida da microalbuminúria).

Os resultados mostraram que o grupo que aferia a pressão em casa utilizou menos medicamentos e gastou menos para controlar sua pressão arterial. Através da monitorização da pressão arterial de 24 horas (MAPA) pôde-se ver também que os níveis pressóricos dos dois grupos eram semelhantes e que a a função dos rins e do coração também não foi afetada pelo método de controle utilizado.


A participação dos pacientes é essencial para o sucesso de qualquer tratamento. A medida da pressão arterial em casa requer um treinamento mínimo dos pacientes e o uso de um aparelho (conhecido como esfigmomanômetro) com qualidade comprovada.

Fonte: Hypertension

Uma noite mal dormida pode diminuir a sensibilidade à ação da insulina no organismo, de acordo com estudo divulgado no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism


Estudo publicado no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism mostra que mesmo uma única noite mal dormida pode dificultar a habilidade do organismo em usar a insulina.
Pesquisadores do Leiden University Medical Center realizaram um estudo, com pequeno número de indivíduos saudáveis, observando-os após uma noite de oito horas de sono e novamente após uma noite de quatro horas de sono. A restrição parcial do sono durante uma única noite reduziu alguns tipos de sensibilidade à ação da insulina em cerca de 19 a 25%. Baseado nestes achados, os autores relatam que a sensibilidade à insulina pode não ser pré-determinada em indivíduos saudáveis, mas ser resultado da duração do sono.
Este é o primeiro estudo a avaliar os efeitos da privação de sono, durante uma única noite, em relação à ação da insulina no organismo.

Esta pode ser uma explicação para o aumento da resistência insulínica e o maior número de diabetes mellitus observado.

No entanto, estudos com a participação de maior número de indivíduos são necessários.

Ingerir menos de meio litro de água ao dia pode aumentar a glicemia


Pessoas que bebem menos de 500 ml de água por dia podem ser mais propensas a desenvolver níveis glicêmicos mais altos, de acordo com estudo publicado pelo periódico Diabetes Care. O estudo demonstra uma correlação entre a ingestão de água e os níveis de glicose no sangue, mas não prova a relação de causa e efeito entre eles. Suspeita-se de que o hormônio vasopressina possa estar envolvido.
Pesquisadores franceses descobriram que pessoas que tomam menos de 500 ml de água ao dia podem ter seus níveis glicêmicos aumentados. Estes achados foram publicados pelo periódico Diabetes Care.
A ingestão de água altera os níveis de vasopressina, um hormônio antidiurético, nosangue. Pesquisadores franceses realizaram um estudo com 3.615 homens e mulheres de meia idade, com glicemia de jejum basal normal. O estudo teve nove anos de seguimento.
Durante o acompanhamento, houve 565 novos casos de hiperglicemia e 202 casos novos de diabetes mellitus. A ingestão de água foi inversamente e independentemente associada ao risco de desenvolver hiperglicemia.

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