sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Cura da hepatite C está mais perto graças a um novo coquetel




Um novo coquetel de dois medicamentos demonstrou ser muito eficaz contra a hepatite C, segundo resultados de um teste clínico publicados nesta quarta-feira revelando que esta infecção crônica do fígado estaria a ponto de ser derrotada.Essa notícia é acompanhada com muito entusiasmo nos Estados Unidos, já que a hepatite C mata mais americanos do que a Aids.
Este estudo, que se concentra na combinação de dois antivirais ingeridos oralmente, o daclatasvir e o sofosbuvir, dos laboratórios farmacêuticos Bristol Myers Squibb e Gilead Sciences, mostra que a mistura dos dois supõe uma taxa de cura de 98% sem gerar efeitos colaterais significativos.

"Esta pesquisa abre caminho para tratamentos seguros, bem tolerados e eficazes para a grande maioria dos casos de hepatite C", comemorou o doutor Mark Sulkowski, diretor do Centro de Hepatites Virais da Faculdade de Medicina John Hopkins (Baltimore, Maryland, leste), e principal autor do estudo publicado na revista New England Journal of Medicine de 16 de janeiro, que foi financiado pelos dois laboratórios.
"Os medicamentos padrão contra a doença vão ter uma melhora considerável até o ano que vem, o que levará a avanços sem precedentes no tratamento dos doentes", prometeu.

O teste clínico de fase 2 foi realizado com 211 homens e mulheres infectados com uma das principais cepas do vírus responsável por esta infecção hepática crônica, que causa cirrose ou câncer de fígado, tornando necessário um transplante desse órgão.

O coquetel foi eficaz mesmo em pacientes de difícil tratamento, para os quais a tripla terapia convencional (telaprevir ou boceprevir, além de peginterferon e ribavirina) fracassou.
Entre os 126 participantes infectados pelo genótipo 1 do vírus da hepatite C que não receberam um tratamento prévio, 98% ficaram curados. Essa cepa é a mais frequente nos Estados Unidos.
Além disso, 98% dos 41 pacientes que ainda estavam infectados após uma tripla terapia convencional demonstraram não ter vestígio algum do vírus no sangue três meses depois do tratamento experimental.
A taxa de cura foi similar nos outros 44 participantes do estudo, infectados pelos genótipos 2 e 3 do vírus, menos comum nos Estados Unidos.
Tratamento simplificado
Os participantes tomaram de forma habitual uma combinação de 60 miligramas de daclatasvir e 400 miligramas de sofosbuvir, com ou sem ribavirina, durante um período de três a seis meses.
Um teste clínico anterior, realizado com sofosbuvir, combinado com o antiviral ribavirin, cujos resultados foram publicados em agosto de 2013, mostrou uma taxa de recuperação de 70% em doentes de hepatite C com o fígado comprometido.
Em dezembro, a Administração de Alimentação e Medicamentos americana, FDA, aprovou a comercialização de sofosbuvir combinado com peginterferon e ribavirin, para o tratamento da hepatite C, devido ao genótipo 1 e combinado unicamente com ribavirina para tratar a hepatite C de genotipo 2 e 3.
O daclatasvir ainda não foi autorizado pela FDA.

Se a agência der luz verde à comercialização de declatasavir e outras novas moléculas eficazes contra a hepatite C, as injeções semanais tão temidas de peginterferon poderiam se tornar coisa do passado, segundo Sulkowski.

O tratamento da hepatite C também seria simplificado, passando de 18 comprimidos por dia a uma injeção semanal ou dois comprimidos diários, destacou.

Segundo dados do organismo federal dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC), menos de 5% dos 3,2 milhões de americanos que sofrem de hepatite C ficram curados. Os CDC estimam também que de 50% a 75% ignoram estar infectados, frequentemente pelo uso de drogas injetáveis, transfusões de sangue contaminado dos anos 70 ou 80 ou relações sexuais.
Algumas ONGs, como a Médicos do Mundo, veem uma "grande esperança" nestes medicamentos, especialmente o sofosbuvir da Gilead, mas seu alto custo (mais de 70.000 dólares para um tratamento de 12 semanas) o deixa fora do alcance da maioria dos doentes dos países em desenvolvimento. Pelo menos 185 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da hepatite C no mundo.

Novo tratamento leva esperança aos doentes de Parkinson




Um novo tratamento genético permite "melhoras no controle de movimento" para os doentes de Parkinson, um transtorno neurodegenerativo que afeta mais de seis milhões de pessoas no mundo, publicou nesta sexta-feira a revista britânica "The Lancet".
Um grupo de pesquisadores franceses, liderado por Stéphane Palfi, professor do Hospital Universitário Henri-Mondon de Créteil (França), realizaram o novo tratamento em 15 pacientes com a doença de Parkinson em nível avançado, com idades entre 48 e 65 anos que não respondiam aos tratamentos convencionais.
O tratamento genético, chamado "ProSavin", utiliza um vírus inativo que leva genes corretivos diretamente à camada do cérebro que controla o movimento e é projetada para transformar as células do sistema nervoso em fábricas de dopamina.
Os doentes de Parkinson sofrem uma perda desse neurotransmissor, o que gera tremores, lentidão nos movimentos e rigidez muscular, entre outros sintomas.
Após testar durante um ano nos 15 pacientes selecionados, os cientistas comprovaram que o novo tratamento é "seguro, eficaz e tolerável".
Para medir sua eficácia, empregaram um sistema padrão que avalia algumas funções motoras como a fala, os tremores, a rigidez, o movimento dos dedos, a postura, a forma de andar e a lentidão, e observaram grandes melhoras após seis meses.
O "ProSavin" é seguro e foi bem tolerado pelos pacientes em estado avançado de Parkinson. "As melhoras no controle dos movimentos foram observadas em todos eles", afirmou Palfi. No entanto, o pesquisador ressaltou que os resultados são limitados, apesar de serem promissórios, e devem "ser interpretados com precaução".
O mal de Parkinson é um transtorno neurológico degenerativo e lentamente progressivo que afeta as zonas do sistema nervoso central responsáveis por controlar as atividades motoras. Seus sintomas mais conhecidos são os tremores, a rigidez muscular, a lentidão e as alterações posturais, entre outros.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Pesquisa mostra que falta de sono causa dano cerebral




Cientistas suecos apresentaram neste 31 de dezembro 

de 2013, um estudo que esclarece um pouco melhor os 

danos cerebrais de uma noite sem dormir, o que 

poderia incentivar as pessoas mais festeiras a irem para 

cama mais cedo.
Esses pesquisadores em neurologia da Universidade de 

Uppsala analisaram amostras de sangue colhidas de 15 

homens jovens divididos em dois grupos: entre aqueles 

que dormiram oito horas e os que passaram a noite 

acordados.


Entre os que não dormiram, os cientistas constataram 

um aumento de cerca de 20% de duas moléculas, a 

enolase cerebral e a proteína S-100B. "O número de 

moléculas do cérebro normalmente aumenta no sangue 

quando ocorrem lesões cerebrais", indicou em um 

comunicado o coordenador do estudo, Christian 

Benedict.

"A falta de sono pode promover processos de dano 

cerebral", enquanto que, "uma boa noite de sono 

poderia ter uma grande importância para a manutenção 

da saúde do cérebro", acrescentou.

O estudo, que será publicado na revista Sleep, segue a 

linha de outro estudo publicado em outubro na revista 

Science, que concluiu que o sono acelera a limpeza de 

toxinas do cerebro.

Entre essas toxinas está a beta-amilóide, que

cumulativamente, promove a doença de Alzheimer, de 

acordo com pesquisadores da Universidade de 

Rochester (EUA), que trabalharam com ratos.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Evite trombose. Cuidados para quem trabalha muito tempo sentado ou em pé




Inchaço nas pernas, dores e uma série de outros sintomas são típicos de quem trabalha muito tempo sentado ou em pé, já que são condições pouco apropriadas para a boa circulação do sangue nas pernas. 

Durante a permanência na posição sentada podemos realizar movimentos circulares com os tornozelos e realizar movimentos de flexão e extensão dos dedos dos pés. 

Posicionar os membros inferiores elevados também auxilia muito. 

Faça caminhadas regularmente.

Se tiver que permanecer sentado por muito tempo, procure movimentar os pés como se estivesse pedalando uma máquina de costura.

Quando estiver em pé, parado, mexa-se discretamente, como se estivesse andando, sem sair do lugar.

Antes de viagens longas, fale com seu médico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva e/ou adotar outras medidas recomendadas por ele.

Caso fique acamado, faça movimentos com os pés e as pernas. Se necessário, solicite ajuda de alguém.

Evite fumar.

Faça exercícios.

Controle seu peso.

Se você necessita fazer uso de hormônios, já foi acometido de trombose ou tem história familiar de tromboses, consulte regularmente seu médico.

Use meias elásticas se seu tornozelo costuma inchar com frequência.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Pacientes psiquiátricos internados e insuficiência de vitamina D




Os efeitos extra-esqueléticos da vitamina D têm ganhado uma maior atenção com a descoberta de receptores em uma variedade de sistemas de órgãos. Trabalhos anteriores identificaram associações entre a insuficiência de vitamina D e uma variedade de doenças mentais, incluindo desordens no espectro afetivo, cognitivo e psicótico.


O objetivo deste estudo, publicado no Journal of Psychiatric Practice, foi procurar determinar o ponto de prevalência da deficiência de vitamina D em pacientes  psiquiátricos internados e determinar se existe uma relação entre insuficiência de vitamina D, diagnósticos específicos e tratamentos farmacológicos.

A pesquisa consistiu em um estudo retrospectivo de mapeamento de todos pacientes adultos (N=544) admitidos na ala psiquiátrica de um hospital comunitário no centro de Illinois, entre dezembro de 2010 e junho de 2011.

O nível médio de vitamina D na admissão foi de 22,3 ng/mL, com uma variação de 4-79,2 ng/mL. A incidência de insuficiência de vitamina D (definida por níveis < 30 ng/mL) foi de 75%. Entre aqueles com níveis de insuficiência de vitamina D, apenas 37% receberam tratamento. A insuficiência de vitamina D não foi correlacionada com idade, gênero, mês de admissão, duração da estadia, pontuação da escala de avaliação global do funcionamento (Global Assessment of Functioning - GAF) na admissão, diagnóstico, ou uso de medicamento psicotrópico.

Os pesquisadores concluíram que a insuficiência de vitamina D teve alta prevalência em pacientes psiquiátricos internados. Ainda não é claro se isto é resultado da doença mental grave e do isolamento social, ou se a vitamina D tem um papel regulador nos genes envolvidos nas redes neurais que influenciam a afecção, cognição e percepção.


Autores: Rylander M; Verhulst S.


Uma resenha de Vitamin D insufficiency in psychiatric inpatients - Journal of Psychiatric Practice; 2013 Jul;19(4):296-300



Tratamento fisioterapêutico das artralgias


Justificativa e Objetivos: O envelhecimento é um processo dinâmico, progressivo e inevitável que traz consigo uma série de alterações, tanto físicas quanto emocionais. A artralgia é um dos fatores mais limitantes no que diz respeito à funcionalidade do idoso. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão na literatura em busca de possíveis tratamentos não farmacológicos que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida (QV) dos pacientes portadores de artralgias.

Conteúdo: Para a realização do levantamento bibliográfico foram consultadas as bases de dados: LILACS, Medline, Pubmed, Bireme e Scielo, no período de 1998 a 2012. Dentre os métodos de intervenção utilizados na reabilitação das artralgias no idoso, estão a cinesioterapia, a termoterapia, a eletroterapia e a hidroterapia.

Conclusão: A hidroterapia associada à cinesioterapia pode trazer resultados significativamente positivos no tratamento da sintomatologia da artrite reumatoide, da osteoartrite e da osteoporose.


Keywords: Artralgia; Fisioterapia; Idoso.


Autores: Miotto, Cascieli; et al.



Tratamento fisioterapêutico das artralgias - Revista Dor; [online]. 2013, vol.14, n.3, pp. 216-218


Ingestão de refrigerantes e progressão radiográfica da osteoartrite do joelho: dados do Osteoarthritis Initiative


Este estudo de coorte prospectivo que utilizou dados do Osteoarthritis Initiative (OAI), publicado noBMJ Open, examinou a associação prospectiva do consumo de refrigerantes com a progressão radiográfica da osteoartrite (OA) do joelho.

No OAI, 2.149 participantes com OA radiográfica do joelho, e com dados dietéticos no início do estudo, foram acompanhados por até 12, 24, 36 e 48 meses.

O consumo de refrigerantes foi avaliado por um breve questionário de frequência alimentar preenchido no início do estudo. Para avaliar a progressão da OA do joelho, foi utilizada a largura do espaço articular tibiofemoral medial quantitativa (JSW) baseada em radiografias simples. Foram utilizados modelos lineares multivariados nas medidas repetidas para testar a associação independente entre o consumo de refrigerantes e a mudança na JSW ao longo do tempo, enquanto se realizavam ajustes para o índice de massa corporal e outros potenciais fatores de confusão.

Na análise estratificada por sexo, observou-se uma relação dose-resposta significativa entre consumo de refrigerantes no início do estudo e a variação na média ajustada da JSW nos homens. Com níveis crescentes de consumo de refrigerantes (nenhum, <1, 2-4 e >5 vezes/semana), as reduções médias da JSW foram 0,31, 0,39, 0,34 e 0,60 mm, respectivamente. Quando os resultados foram estratificados por obesidade, uma forte relação dose-resposta foi encontrada em homens não obesos. Em homens obesos, apenas o mais alto nível de consumo de refrigerantes (>5 vezes/semana) foi associado com aumento de mudança na JSW em comparação com o não consumo de refrigerante. Nas mulheres, nenhuma associação significativa foi observada.

Os pesquisadores verificaram que os resultados do estudo sugerem que o consumo frequente de refrigerantes pode ser associado com o aumento da progressão da OA em homens. É necessária a replicação destes novos achados em outros estudos que demonstram a associação entre a redução no consumo de refrigerantes para retrasar a progressão da OA.


Autores: Lu B; Ahmad O; Zhang FF; Driban JB; Duryea J; Lapane KL; McAlindon T; Eaton CB.



Uma resenha de Soft drink intake and progression of radiographic knee osteoarthritis: data from the osteoarthritis initiative - BMJ Open; 2013 Jul 19;3(7)



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