sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Alzheimer - O que é



Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro. 
Áreas específicas, como as responsáveis pela memória, linguagem, cálculo, comportamento e demais funções cerebrais começam a parar o seu funcionamento e posteriormente a morrer.
É um processo diferente do envelhecimento cerebral, pois ocorrem ações biológicas irregulares (com deposição de proteínas anormais).

Incidência

No Brasil estima-se que cerca de um milhão de pessoas sofram de Alzheimer. A doença acomete principalmente pessoas entre 60 e 90 anos, podendo aparecer antes e também depois desta faixa de idade, porém com menor frequência.
É uma doença lenta e progressiva, que compromete as funções cerebrais e piora o funcionamento do cérebro do indivíduo.
Desde o início dos sintomas, como o esquecimento, até um comprometimento mais grave, com limitação de marcha e da capacidade de engolir, podem se passar de dez a 15 anos. A doença em si não leva à morte, mas sim a complicações decorrentes do comprometimento de diversas funções.

Causas

A medicina ainda não sabe a causa do Alzheimer, embora seja conhecido o processo de perda de células cerebrais. O que se sabe é que existe uma forte relação com a idade, ou seja, quanto mais idoso, maior a chance de desenvolver a doença.
O Alzheimer não tem um caráter nitidamente genético, com transmissão direta de geração a geração. O que se estima é que haja a transmissão da predisposição para desenvolvê-la, o que, junto a fatores ambientais, pode ou não desencadeá-la.

Sinais e Sintomas

Os primeiros sinais são a perda de memória e o comportamento alterado do indivíduo. Não é qualquer perda de memória que devemos ficar alertas, mas àquela que se repete e começa a comprometer o dia a dia da pessoa, interferindo no funcionamento das atividades pessoais.
Estas perdas são cada vez mais progressivas e comprometem até memórias autobiográficas do paciente (como nome dos filhos e netos).
As alterações comportamentais podem ocorrer desde o início e são muito frequentes no decorrer da doença. Indivíduos com Alzheimer podem ter características depressivas, de agitação e de agressividade, ou até mesmo delírios e alucinações.

Diagnóstico

O diagnóstico atualmente se dá com a entrevista médica e a exclusão de outras doenças por meio de exames de sangue e de imagem (tomografia ou ressonância magnética). Não existe ainda um marcador biológico da doença, ou seja, um exame único que o médico possa pedir e ter a segurança total do diagnóstico.

Tratamento

Existem medicações atualmente que estabilizam a doença ou diminuem a velocidade de perda funcional em cerca de cinco anos ou mais, podendo oferecer mais tempo com qualidade de vida ao paciente e aos familiares. Apesar do Alzheimer não ter cura, estas medicações, desde que bem otimizadas, podem oferecer conforto e alívio.

Prevenção

A alimentação bem balanceada, associada à prevenção de fatores de riscos vasculares (hipertensão, diabetes, obesidade) e à realização de atividade física adequada (aeróbica, no mínimo, três vezes por semana), é a melhor forma de se tentar prevenir a doença.
Ainda não existem remédios milagrosos ou procedimentos definitivos, porém a medicina tem evoluído rapidamente na busca dos melhores recursos para tratar e prevenir o Alzheimer.


Diabetes

O que é

A doença se caracteriza por uma elevação dos níveis de glicose no sangue, causada pela falta de produção do hormônio insulina no pâncreas ou pela perda da eficiência da ação de insulina em pessoas com excesso de gordura no corpo. A insulina transporta a glicose para dentro das células e permite a sua transformação em energia para o funcionamento equilibrado do organismo.
Quando não controlado, o aumento de glicose no sangue pode levar a danos nos vasos sanguíneos e nervos, acarretando em complicações como disfunção e falência de órgãos como rins, olhos e coração.

Tipos e Causas

Nova classificação propõe 5 tipos de diabetes; veja as diferenças

O DM está atualmente classificado em duas formas principais, tipo 1 e tipo 2. O DM tipo 2, em particular, apresenta-se de forma bastante heterogênea e uma classificação detalhada da doença facilitaria a identificação de indivíduos com maior risco de complicações ao diagnóstico, proporcionando a escolha de regimes terapêuticos personalizados.
Com esse objetivo, pesquisadores escandinavos realizaram um grande estudo reunindo os dados de cerca de 15 mil portadores de diabetes de início no adulto, de cinco coortes na Suécia e Finlândia: Swedish All New Diabetics in Scania (ANDIS), Scania Diabetes Registry (SDR), All New Diabetics in Uppsala(ANDIU), Diabetes Registry Vaasa (DIREVA) e Malmö Diet and Cancer Cardiovascular Arm (MDC-CVA).
Foram analisados parâmetros laboratoriais, genéticos, detalhes da apresentação clínica e progressão da doença de 8.980 pacientes da coorte ANDIS com diabetes recém-diagnosticado. Foram avaliados:
– Idade ao diagnóstico
– Índice de massa corporal
– Anticorpos anti-glutamato descarboxilase (anti-GAD)
– Hemoglobina glicada (HbA1c)
– Estimativas da função das células β e resistência à insulina: avaliação do modelo homeostático 2 (HOMA2), da função das células beta (HOMA2-B) e da resistência à insulina (HOMA2-IR) com base nas concentrações de peptídeo C utilizando-se a calculadora HOMA.
– Estudo genético
Os resultados foram confrontados com dados prospectivos da evolução clínica, incluindo medicamentos utilizados e desenvolvimento de complicações. A análise estatística permitiu comparar os subgrupos com relação ao tempo de uso e medicações necessárias para atingir o alvo do tratamento, o risco de complicações do diabetes e associações genéticas.
Foram identificados cinco grupos de diabetes em homens e mulheres, com distribuição similar entre os dois, sendo três formas graves e duas formas leves da doença: uma correspondendo ao DM tipo 1 e quatro representando subtipos do DM tipo 2.
Os autores relataram que não havia nenhuma variante genética associada a todos os cinco grupos, e que cada grupo possuía um perfil genético distinto do diabetes tipo 2 como um todo. Os achados foram replicados em três coortes independentes: SDR (n = 1.466), ANDIU (n = 844) e DIREVA (n = 3.485).

Conheça as diferenças entre a classificação atual do diabetes e a nova proposta:

1) Parâmetros utilizados para a classificação do DM:
No modelo atual, a classificação do diabetes é realizada basicamente através da identificação do mecanismo fisiopatológico subjacente. O quadro abaixo resume a classificação atual, conforme as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) 2017-2018.
Quadro 1: classificação etiológica do diabetes segundo as diretrizes da SBD 2017-2018.
Tipo de diabetesMecanismo fisiopatológico
DM tipo 1Tipo 1A: Deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por exames laboratoriais;
Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática.
DM tipo 2Perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina.
DM gestacionalHiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio.
DM de Outros tipos– Monogênicos (MODY);
– Diabetes neonatal;
– Secundário a endocrinopatias;
– Secundário a doenças do pâncreas exócrino;
– Secundário a infecções;
– Secundário a medicamentos.

Fonte: adaptado das Diretrizes da SBD 2017-2018.

A nova classificação envolve seis parâmetros, conforme descrito anteriormente, resumidos no quadro abaixo.
Quadro 2: nova proposta de classificação do diabetes em cinco grupos.
GrupoN
%
Nome propostoCaracterísticasTratamento
1577
6,4
Diabetes autoimune grave– Engloba essencialmente o DM tipo 1 e LADA
– Início em idade mais jovem
– IMC mais baixo
– Controle metabólico ruim
– Deficiência de insulina
– Anti-GAD positivo
– Risco de cetoacidose ao diagnóstico de 31%
Insulina foi prescrita em 42%
21575
17,5
Diabetes insulino-deficiente grave– Semelhante ao grupo 1, porém Anti-GAD negativo
– HBA1c alta
– Maior incidência de retinopatia
– Risco de cetoacidose ao diagnóstico de 25%
– Insulina foi prescrita em 29%
– Uso maior de Metformina
31373
15,3
Diabetes insulino-resistente grave– Resistência à insulina
– IMC elevado
– Maior incidência de doença renal do diabetes
– Maior risco de complicações crônicas numa média de 3,9 anos
Insulina em <4 b="">
41942
21,6
Diabetes leve relacionado à obesidade– Obesidade
– Idade mais jovem
– Não insulino-resistente
Insulina em <4 b="">
52513
39,1
Diabetes leve relacionado à idade– idade mais avançada
– Alterações metabólicas discretas.
Insulina em <4 b="">

Fonte: adaptado de: Medscape – Diabetes Consists of Five Types, Not Two, Say Researchers.

2) Distribuição dos tipos de DM quando se compara a nomenclatura atual e a nomenclatura proposta:
A diferenciação entre DM tipo 1 e tipo 2 está baseada principalmente na presença ou ausência de autoanticorpos específicos e na idade ao diagnóstico. Dessa forma, a grande maioria dos pacientes é classificada como portadora de diabetes tipo 2, porém pesquisas recentes têm sugerido que esta classificação pode não ser suficiente para representar a grande heterogeneidade na evolução destes pacientes.
diabetes classificacao
Adaptado de: Sobre os cinco novos subgrupos de diabetes do adulto e sua associação com desfechos (SBD).

A nova classificação teria os grupos representados conforme demonstrado na imagem abaixo:
Grupo 1: diabetes autoimune grave; Grupo 2: diabetes insulino-deficiente grave; Grupo 3: diabetes insulino-resistente grave; Grupo 4: diabetes leve relacionado à obesidade; Grupo 5: diabetes leve relacionado à idade // Adaptado de: Sobre os cinco novos subgrupos de diabetes do adulto e sua associação com desfechos (SBD).

3) A nova classificação proposta pretende observar fatores prognósticos que permitam personalizar o tratamento desde o início da doença.
Os autores alegam que as diretrizes atuais levam em conta o descontrole metabólico para a tomada de decisão, mas não oferecem meios de prever quais pacientes merecem tratamento mais intensificado desde o diagnóstico.
Estratificar os indivíduos quanto ao risco de desenvolver complicações ao início da doença a partir de parâmetros relativamente simples parece promissor. Os autores observaram, por exemplo, que indivíduos do grupo 3 (mais resistentes à insulina) tiveram um risco significativamente maior de nefropatia diabética do que indivíduos nos grupos 4 e 5, mas receberam tratamentos semelhantes.
As evidências mostram que o tratamento precoce do diabetes é crucial para evitar complicações, que influenciam tanto a qualidade como a expectativa de vida.  Um diagnóstico mais detalhado, conforme proposto, forneceria mais informações que ajudariam a prever a evolução ao longo do tempo, com implicações na escolha terapêutica.
Com isso, pacientes com doença considerada mais leve poderiam ser poupados de um tratamento mais agressivo, enquanto outros provavelmente fossem beneficiados por um controle intensivo desde o diagnóstico.
Devemos começar a usar os parâmetros propostos pelo estudo para a decisão terapêutica frente a nossos pacientes?
Essa proposta abre portas para uma nova e abrangente versão da classificação do diabetes com a intenção de oferecer mais ferramentas para uma decisão clínica individualizada. Poderia identificar subgrupos de pacientes com maior risco de complicações que mereceriam uma abordagem intensiva desde as fases iniciais da doença.
Apesar de preencher algumas lacunas nem sempre exploradas na prática clínica diária, devemos levar em consideração que a avaliação dos parâmetros laboratoriais propostos pela nova classificação pode não ser acessível a muitos pacientes em nosso país. A dosagem do anti-GAD, por exemplo, nem sempre está disponível, além de elevar os custos da investigação de forma significativa.
Sendo assim, na minha opinião, independentemente da classificação utilizada, é importante manter o foco nas características clínicas de cada paciente com as ferramentas que dispomos, tentando estabelecer o melhor plano terapêutico a partir da análise do risco-benefício (e viabilidade) de forma individualizada. O conceito de atuar precocemente para alcançar a meta terapêutica é fundamental, já que a inércia no tratamento pode elevar de forma significativa o risco de complicações da doença.
Referências:
  • Novel subgroups of adult-onset diabetes and their association with outcomes: a data-driven cluster analysis of six variables. The Lancet Diabetes & Endocrinology.2018.Leif Groop et al.
  • Diabetes Consists of Five Types, Not Two, Say Researchers. Medscape. 2018.
  • Sobre os cinco novos subgrupos de diabetes do adulto e sua associação com desfechos. Site Soc. Bras. Diabetes.
  • Diretrizes da Soc. Bras. de Diabetes 2017-2018.

Fatores de risco

Familiares com diabetes, alteração dos níveis de glicose, acúmulo de gordura abdominal, obesidade e sobrepeso, pressão arterial elevada, sedentarismo e alimentação com baixa ingestão de frutas, verduras e legumes.

Incidência

No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença afeta 12% da população entre 30 e 69 anos. Na população com mais de 65 anos, esse índice sobe para 18% das pessoas.
No mundo todo, mais de 240 milhões de pessoas são portadoras de diabetes. Estima-se que 10% tenham o tipo1, que acomete principalmente jovens no início da fase adulta. Já o tipo 2, forma mais comum da doença, se desenvolve em pessoas com excesso de tecido gorduroso. A diabetes gestacional ocorre em até 5% das mulheres grávidas.

Sinais e Sintomas

A maioria dos pacientes não apresenta sintomas no início do diabetes, por isto pessoas com fatores de risco devem realizar exames de sangue periódicos para avaliar se apresentam a doença. A estimativa é que 50% das pessoas não sabem que têm a doença. Por isso, o acompanhamento regular com um médico é essencial para o diagnóstico precoce.
Quando os níveis de glicose estão extremamente elevados, pode ocorrer vontade frequente de urinar, sede e fome em excesso, fadiga, alterações na visão, mudanças de humor, náuseas e vômitos, fraqueza, perda de peso, dores nas pernas, infecções repetidas na pele, machucados que demoram a cicatrizar, formigamento ou sensação de dormência, principalmente nos pés.

Diagnóstico

É feito por um teste simples para detectar os níveis de glicose no sangue. O nível normal de glicose no sangue é abaixo de 100 mg/dl. Se os níveis de glicose se encontram entre 100 e 127 mg/dl, existe alto risco de desenvolver diabetes, por isto esta situação pode ser denominada pré-diabetes. Se a glicemia estiver acima de 127 mg/dl em 2 exames diferentes ou acima de 200 mg/dl após consumo de carboidratos, é diagnosticado o diabetes.

Tratamento

Pacientes com o tipo 1 de diabetes, também chamado de insulinodependente, precisam fazer reposição diária de insulina.
Para os portadores do tipo 2 o tratamento é feito por meio de comprimidos tomados via oral que atuam na melhora da resposta das células à insulina, no estímulo da secreção (produção e liberação) de insulina pelo pâncreas, na redução da absorção de glicose pelo intestino ou no aumento da eliminação de glicose pela urina. Atualmente, existem medicamentos injetáveis que imitam o efeito de hormônios intestinais melhorando a fabricação de insulina e auxiliando a redução de peso. Após 10 anos de diagnóstico, é comum a necessidade de uso de insulina nos portadores de diabetes tipo 2.
Nos casos de diabetes na gestação, geralmente uma dieta equilibrada e exercícios físicos são suficientes para o controle dos níveis de glicose. Nos casos em que o controle não é possível com dieta e atividade física, podem ser indicadas injeções de insulina.
Independente do tipo de diabetes, o fundamental é a adoção ao tratamento aliada a hábitos saudáveis, como controle da alimentação, prática regular de atividades físicas e controle constante da glicemia.

Prevenção

O primeiro passo é observar a presença dos fatores de risco que podem ser modificados, como o excesso de peso, o aumento da gordura abdominal, o sedentarismo e a dieta desequilibrada.
A redução de 5% do peso corporal associada à pratica de 150 minutos de atividade física por semana reduzem a ocorrência de diabetes em 58% nas pessoas com alto risco. O principal aliado é um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividade física regular e acompanhamento médico periódico.

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Derrame cerebral hemorrágico / Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico




O que é?

O acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) se caracteriza pelo sangramento em uma parte do cérebro, em consequência do rompimento de um vaso sanguíneo. Pode ocorrer para dentro do cérebro ou tronco cerebral (acidente vascular cerebral hemorrágico intraparenquimatoso) ou para dentro das meninges (hemorragia subaracnóidea).

A hemorragia intraparenquimatosa (HIP), é o subtipo mais comum de hemorragia cerebral, acometendo cerca de 15% de todos os casos de AVC.

Causas

Ocorre principalmente em decorrência da hipertensão arterial ou de uma doença chamada angiopatia amilóide. Nestas doenças, as paredes das artérias cerebrais ficam mais frágeis e se rompem, causando o sangramento.

Sintomas

Os sinais e sintomas são sempre súbitos e podem ser: fraqueza de um lado do corpo, perda da sensibilidade ou do campo visual de um ou ambos os olhos, tontura, dificuldade para falar ou para compreender palavras simples e até mesmo a perda da consciência ou crises convulsivas.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio da realização de exames de neuroimagem, como tomografia de crânio ou ressonância magnética, logo diante da suspeita clínica, ou seja, imediatamente na chegada ao hospital, no serviço de emergência. Estes exames demonstram a localização e o tamanho da hemorragia.

Tratamento

O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da localização e da condição clínica do paciente. Mesmo os pacientes tratados cirurgicamente recebem todo o suporte clínico e de reabilitação.

O tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio, que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento.

Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido por esta medida e não realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro.

O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a pressão arterial, complicações como crises convulsivas e infecções.

A reabilitação deve ser iniciada tão logo a condição do paciente permita e é uma parte do tratamento. Como seu início depende das condições do paciente, somente deve ser feita quando não há perigo de piorar o estado neurológico ou clínico. Um bom programa de reabilitação conta com uma equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional, que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas sequelas neurológicas, garantindo a qualidade de vida do paciente.

Prevenção

A prevenção deve ser feita pelo controle rigoroso da pressão arterial, que deve ser mantida a níveis inferiores a 12 X 8 mmHg, e evitando o consumo abusivo do álcool, que também é um importante fator de risco para esta doença.



                                         

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Ficar sentado muito tempo é prejudicial (Pc, notebook, games, motoristas)



Ficar sentado por muito tempo pode trazer 7 malefícios diferentes


Muitas pesquisas feitas nos últimos anos apontam que ficar sentado durante muitas horas por dia pode ser prejudicial para sua saúde. Nas palavras de Shaunacy Ferro, “sentar é o novo cigarro”, menos o lobby poderoso em volta do produto.

E a pior notícia é que aumentar o tempo de exercícios não compensa o tempo que você fica sentado – as probabilidades são as mesmas para quem se exercita e quem não se exercita.

Veja aqui as maneiras com que o sedentarismo, principalmente no local de trabalho, pode te matar:

1. Doenças crônicas

Uma pesquisa feita em fevereiro de 2013 com 63.048 homens australianos de meia idade apontou que quem fica sentado mais de quatro horas por dia tem uma probabilidade significativamente maior de ter uma doença crônica, como hipertensão, doenças cardíacas e câncer.

E o estudo apontou que não importa o índice de massa corporal ou a quantidade de exercícios feita. Além disso, quem fica sentado seis horas por dia tem maior probabilidade de ter diabetes, uma descoberta que confirma o resultado de outros estudos.

2. Redução da expectativa de vida

Um estudo publicado em julho de 2012 apontou que reduzir o tempo excessivo sentado para menos de três horas por dia aumentaria a expectativa de vida em dois anos.

Além disso, reduzir o tempo em frente à TV para menos de duas horas por dia aumenta a expectativa de vida em 1,4 anos (em comparação, o hábito de fumar diminui a expectativa de vida em 2,5 anos para homens e 1,8 anos para mulheres).

O estudo estimou que um adulto típico gasta 55% do seu dia fazendo algo sedentário, mas também aponta que os altos níveis de sedentarismo autorrelatados podem ser conservativos. Não é fácil lembrar todo o tempo que você ficou sentado durante o dia, uma vez que não é uma atividade específica de um comportamento, como assistir TV.

3. Doenças renais

Quem senta por menos tempo tem menos chances de ter alguma doença renal crônica, e isto não se altera se você acrescentar na equação pessoas que controlam seu índice de massa corporal ou atividade física.

Foi o que descobriu uma análise publicada em outubro de 2012, que estudou relatos de 6.379 pessoas com idade entre 40 e 75 anos.

O efeito foi mais profundo entre as mulheres: ao diminuir o tempo sentadas de um dia inteiro para três horas, elas diminuíram o risco em mais de 30%. Entre os homens, a diminuição do risco de doença renal caiu 15%.

4. Saúde mental prejudicada

Ficar sentado também é prejudicial para a mente. Um estudo relacionando o comportamento sedentário e o bem-estar mental apontou que ficar sentado por razões não ocupacionais, como assistir TV, dirigir um automóvel ou usar o computador, está associado a problemas de saúde mental entre as mulheres.

O estudo que foi publicado em abril de 2012 usando dados de quase 3.500 pessoas também apontou que os homens só eram prejudicados mentalmente pelo tempo gasto em frente do computador.

5. Obesidade e Síndrome Metabólica

Pessoas obesas ficam sentadas mais tempo que pessoas magras. Um estudo publicado em novembro de 2009 apontou que este tempo a mais é de 2,5 horas, em média, e está associado à síndrome metabólica, uma combinação de fatores como obesidade abdominal, baixos níveis do “bom colesterol”, hipertensão, níveis elevados de triglicerídeos ou hiperglicemia, que juntos aumentam os riscos de doenças mais sérias, como doenças cardíacas, derrames e diabetes.

Este resultado foi confirmado por outro estudo publicado no ano passado, que mostra que pessoas que são sedentárias por mais tempo tem 73% mais chances de ter síndrome metabólica.

Em 2005, um grupo de pesquisadores estimou que a redução do tempo de TV e computador para menos de uma hora por dia poderia reduzir a prevalência de síndrome metabólica entre adultos nos Estados Unidos de 30% a 35%.

6. Morte por câncer colorretal

Mesmo que você seja diagnosticado com câncer, o sedentarismo pode ser sua causa de morte. Um estudo publicado em janeiro de 2013 descobriu que tanto antes quanto depois de ser diagnosticado com câncer colorretal, ficar mais tempo sentado durante os momentos de lazer significa maiores chances de morrer.

O estudo monitorou os hábitos de mais de 2.000 pacientes de câncer colorretal por até 16 anos depois do diagnóstico. Os que levavam uma vida mais ativa tinham 28% menos chances de morrer do que os que se exercitavam menos. Os que passavam sentados seis horas tinham 36% mais chances de morrer do que os que ficavam sentados menos de três horas por dia.

7. Morte por todas as causas – e mais cedo

Um estudo monitorou 200.000 australianos com mais de 45 anos, e descobriu que não importa a idade, sexo ou índice corporal, ficar sentado aumenta os riscos de mortalidade por todas as causas.

Pessoas que ficam sentadas mais de 11 horas por dia tem risco 40% maior de morrer em 3 anos. O risco de morrer era muito menor para pessoas que faziam exercícios durante cinco horas por semana, ou mais, mas ainda assim era insuficiente para escapar da armadilha fatal da cadeira. Hora de comprar uma mesa para ficar em pé.


Passar muito tempo na internet pode trazer riscos para a saúde

Uso exagerado de celulares e computadores pode afetar qualidade de vida.

Passar muito tempo online pode afetar a visão e causar lesões nas mãos. 


Hoje em dia, é muito comum encontrar pessoas que passam o dia inteiro conectadas, seja no celular ou no computador.
Porém, o uso exagerado dessas novas tecnologias é um problema preocupante, principalmente no caso das crianças, e pode trazer riscos à saúde, para a visão, braços e mãos, e até prejudicar a qualidade de vida e os relacionamentos com outras pessoas, como alertaram a pediatra Ana Escobar e o psicólogo Cristiano Nabuco no Bem Estar desta quinta-feira (7).
De acordo com a pediatra, não existe uma idade considerada certa para dar os aparelhos tecnológicos para as crianças - o problema não é a idade, mas o tempo que elas permanecem contectadas. Estudos sugerem que o ideal seria que os pequenos usassem tecnologia apenas por duas horas diárias, para que eles pudessem usar o resto do dia para realizar outras atividades.
Geralmente, quem é viciado em tecnologia e internet tem outro problema associado, como obesidade, depressão, fobia social e também lesões por esforços repetitivos por causa dos movimentos no computador.
Para conviver bem com a tecnologia, o psicólogo Cristiano Nabuco recomenda que o computador da família fique em um local de passagem da casa, principalmente para os pais conseguirem monitorar os sites que as crianças acessam.
De acordo com o médico, o hábito dos pais também é importante já que são eles que dão o exemplo para os filhos. Por isso, pequenas atitudes como não levar o celular para a mesa de jantar ou, se for o caso, virar a tela do telefone para baixo na mesa podem preservar o encontro da família e não afetar a convivência e o relacionamento entre cada um.
Além de prejudicar a qualidade de vida, o uso exagerado também pode trazer riscos para a saúde, principalmente para a visão. Um estudo realizado pelo National Eye Institute e publicado na edição de dezembro de 2009 no Archives of Ophthalmology concluiu que a prevalência de miopia entre as crianças americanas aumentou de 25% para 41,6% ao longo dos últimos 30 anos, um aumento de mais de 66%. De acordo com a pesquisa, parte desse aumento é creditada ao uso das novas tecnologias.
Por isso, se a pessoa começar a sentir dor de cabeça, ficar com os olhos secos, vermelhos, lacrimejantes ou com sensação de areia, com vontade de piscar mais, pode ser um sinal de alerta de que o computador ou o celular já começaram a afetar a visão. Fora isso, a necessidade de aumentar o grau dos óculos e a sensação de que a lente de contato está incomodando também são resultados desse uso.
Além de diminuir o uso dos aparelhos, há outras atitudes que podem ajudar a evitar esses transtornos. Por exemplo, usar o computador com o brilho baixo em um ambiente escuro, afastar focos de luz dos olhos, afastar o ar-condicionado ou ventilador do rosto, manter os aplicativos abaixo da linha dos olhos e também fazer pausas de 1 a 5 minutos a cada hora – levantar e caminhar é uma boa opção para estimular a circulação.
As pausas também são importantes para prevenir problemas graves com as articulações, como alertou a terapeuta ocupacional Mariana Nicolosi. Nesse caso, parar 10 minutos a cada hora para descansar e alongar as mãos é ideal porque esse é o tempo para o corpo relaxar e se recuperar. Se a pessoa já tiver alguma dor, a recomendação é utilizar gelo, órteses ou também fazer uma automassagem - nunca utilizar bolinhas para apertar porque elas podem piorar ainda mais a lesão. Veja abaixo algumas das lesões que podem aparecer pelo uso excessivo de aparelhos tecnológicos:
Tendinite do polegar (lesão dos celulares): acontece principalmente com quem usa celular do tipo 'touch-screen', onde se usa mais o polegar para digitar. Geralmente, essa lesão causa uma dor na articulação da base do polegar. A dica é segurar o celular com apenas uma das mãos e digitar com o indicador.
Tendinite de punho (lesão dos teclados e mouse): mais comum com quem usam muito notebook ou computador. A dica da terapeuta é levar o braço inteiro na hora de alcançar teclas mais distantes para preservar as articulações.
Dedo em gatilho (lesão do videogame): quem joga muito pode ter uma inflamação no tendão flexor do polegar, um problema grave que pode até precisar de cirurgia para ser resolvido. Para evitar, é importante variar os tipos de movimento para preservar os tendões.

Uso excessivo do computador faz mal aos olhos


Depois da popularização da internet, o computador virou mania: muita gente tem e quem não tem, quer ter. Seja para diversão, trabalho ou por praticidade, os PCs e notebooks invadiram casas, escolas, empresas e, hoje, fazem parte da rotina de muita gente.
Só que nem tudo são flores: passar muito tempo na frente do monitor pode prejudicar a saúde.
Isso mesmo. Assim como a TV, o computador também é um dos vilões para a visão, quando usado em excesso. E a coisa complica bastante para quem trabalha na frente de um monitor, pois, de acordo com um estudo do National Institute of Occupational Health and Safety (NIOSH), 90% dos trabalhadores que passam mais de três horas por dia diante da tela do computador acaba tendo algum problema de visão. Workaholics de plantão precisam de atenção redobrada.
"Imagine o que acontece com aqueles que passam entre 10 e 12 horas no trabalho. Quando chegam em casa, muitos ainda ligam o computador. Sem perceber, a médio prazo acabam comprometendo também sua performance no ambiente de trabalho, além da visão e da saúde como um todo", afirma o oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.
São vários os males causados pelo uso exagerado do computador ou da TV: síndrome do olho seco, fadiga e irritação nos olhos. "A superexposição sem que sejam tomados os cuidados necessários também pode agravar problemas já existentes, resultando em aumento de graus/dificuldade em enxergar, bem como favorecer o aparecimento de tremores involuntários da pálpebra, dificuldade de concentração e dores de cabeça", alerta o oftalmologista.
"Além dos problemas de visão, vários estudos associam o uso excessivo de computador à síndrome metabólica, obesidade, sedentarismo, problemas de relacionamento interpessoal, etc.", completa.
Pessoas de qualquer faixa etária podem ser prejudicadas, e não somente aquelas que trabalham demais. As crianças, por exemplo, podem não passar muito tempo na frente do monitor, mas algumas ficam horas e horas assistindo a desenhos animados ou jogando videogame. Então, é preciso que os pais fiquem de olho no tempo que seus pequenos dedicam a essas atividades.
Existe um perfil de pessoas mais predispostas a desenvolver algum sintoma ou doença por causa do computador. "Na infância e adolescência, são aqueles que passam horas a fio jogando videogame ou jogos de computador. Já na fase adulta, são pessoas que usam o computador como ferramenta de trabalho e acabam estendendo seu uso para se comunicar com amigos e se divertir", explica o médico.
Como não existe um estudo que aponte qual é a quantidade de tempo ideal para que alguém fique na frente do PC ou da TV sem comprometer a saúde, é difícil estabelecer uma rotina saudável. Porém, há alguns cuidados que podemos tomar para evitar ou pelo menos minimizar os danos que isso causa. O mais importante "é a pessoa se conscientizar de que seus olhos merecem mais atenção", diz Renato.
Confira as dicas do especialista:
- Nunca posicione seu computador diante de uma janela. O excesso de luz na direção dos olhos favorecerá a visão dupla;
- Evite utilizar o computador em ambiente de baixa luminosidade. O contraste com a luz emitida pelo monitor é altamente prejudicial à visão;
- Dê preferência a um ambiente de trabalho arejado e bem-iluminado. A opção por lâmpadas incandescentes é mais saudável;
- Procure estabelecer pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho para piscar bastante. Essa medida favorece a lubrificação dos olhos, evitando a síndrome do olho seco e irritações;
- Depois do almoço, feche os olhos por quinze minutos para descansar a visão e equilibrar o estado emocional. Isso deve se tornar uma rotina, principalmente para quem enfrenta longas jornadas de trabalho diante do monitor;
- Garanta uma boa hidratação do corpo e, sempre que necessário, pingue lágrimas artificiais para lubrificar o globo ocular;
- Não se acostume com os problemas de visão que vão surgindo com o tempo. Até os 40 anos, é importante fazer um check-up completo da visão de três em três anos. Depois dos 40 anos os exames passam a ser anuais.

Atendimento médico domiciliar

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