domingo, 22 de janeiro de 2012

A clínica continua soberana.

Os sinais e sintomas são utilizados por médicos e pacientes desde os primórdios da medicina e constituem, ainda hoje, a maneira mais precoce de investigarmos com elegância e sabedoria o diagnóstico.

Infelizmente, a tentativa de substituir o exame clínico cuidadoso por repetidos e intermináveis exames complementares tem diminuído sobremaneira a precocidade do diagnóstico e retardado a terapêutica adequada.

O imensurável e louvável avanço da tecnologia médica deve ser mais um elemento aditivo à belíssima arte do diagnóstico correto e precoce. Saber ouvir, decodificar sintomas, respeitar a individualidade de nosso paciente ainda são as principais armas de um bom propedeuta e semiota. Talvez, neste breve comentário exista um pouco de saudosismo dos grandes mestres, mas há, acima de tudo, uma grande saudade dos grandes GRANDES MéDICOS.

MéDICOS com letra maiúscula, preocupados e envolvidos com as mazelas do outro.

MéDICOS amigos e conselheiros, pontos de referência do paciente e seus familiares.

Saudade da ética, do respeito ao sofrimento físico e emocional do outro.
Saudade de um médico querido e respeitado.
Saudade de uma medicina voltada para o homem e exclusa de interesses secundários.
Enfim, saudades de tempos mais humanos e felizes.

Fonte: Jornal do Brasil
José Galvão-Alves é médico e presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia, e membro titular da Academia Nacional de Medicina

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