quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Luto aumenta 21 vezes as chances de as pessoas sofrerem infarto além de outras doenças. Estresse é muito grande.



Conforme afirma um novo estudo publicado na revista Journal of the American Heart Association.

Pesquisadores americanos analisaram 2.000 pacientes que sofreram ataques cardíacos entre 1989 e 1994 e questionaram se haviam perdido alguém próximo durante o período e qual era a importância da pessoa para elas.

Os cientistas compararam as informações e apontaram que o risco de alguém sofrer um ataque cardíaco no dia em que recebeu a notícia da morte de alguém próximo é 21 vezes maior.

Os pacientes que já apresentavam risco elevado de sofrer um infarto tinham quatro vezes mais chances de morrer em comparação aos que não tinham nenhum risco.

Segundo a publicação, apenas depois de um mês os riscos de ter um ataque cardíaco eram menores.

Luto

O psicológico também contribui para que o risco de ter um infarto aumente. De acordo com o estudo, o estresse causado pelo luto aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e altera a coagulação do sangue, aumentando as chances de um ataque cardíaco.

Além disso, depois da perda de uma pessoa próxima, a pessoa perde o sono e o apetite e compromete o sistema imunológico, o que pode resultar no aparecimento de outras doenças.

Para a autora do estudo, Elizabeth Mostofsky, as pessoas que estão de luto também costumam negligenciar da saúde e eventualmente até param de tomar certos medicamentos, como os usados para previnir doenças cardíacas.

“A família e os amigos precisam apoiar e ajudar a prevenir certos incidentes que podem acontecer durante esse período difícil”, explica ela.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Filtro de ar captura vírus da gripe




Filtros antivirais

Ambientes fechados são lugares altamente desaconselhados em épocas de gripe.

Mas essa facilidade de contaminação poderá ser largamente reduzida com filtros de ar capazes de remover os vírus das gripes e resfriados.

Esta é novidade apresentada por Xuebing Li e seus colegas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, em Lanzhou.

Os pesquisadores criaram um novo material que pode ser incorporado ou substituir as fibras usadas na construção não apenas de filtros de ar-condicionado de edifícios e automóveis, mas também de máscaras de uso pessoal.

O material é capaz de capturar os vírus influenza antes que eles cheguem aos olhos, narizes e bocas das pessoas e comecem a causar infecções.

Um filtro passivo, capaz de capturar vírus, pode se tornar uma ajuda valiosa para a redução do uso de medicamentos, com seus altos custos e efeitos colaterais.

Quitosana biofuncionalizada

O material é feito à base de quitosana, uma substância presente nas carapaças dos camarões.

As fibras antivirais são criadas agregando a proteína hemaglutinina às fibras de quitosana.

"A hemaglutinina na superfície do vírus é responsável por grudar o vírus à superfície da célula hospedeira por meio de glicoligantes, como a sialilactose, sendo portanto um alvo atrativo para os projetos antivirais," explicam os pesquisadores.

Eles afirmam ainda que o processo pode ter usos ainda mais amplos na medicina.

"Mais importante, esses materiais representam uma abordagem interessante para colocar um ligante de proteína em um suporte de quitosana, que é uma plataforma versátil para a biofuncionalização molecular e, portanto, pode ser usada não só para projetos antivirais, mas também para desenvolvimentos como o diagnóstico e a entrega de medicamentos," concluem.

A quitosana já vem sendo utilizada por pesquisadores brasileiros para a fabricação de materiais hospitalares e de filtros para metais pesados.

Bibliografia:

Carbohydrate-Functionalized Chitosan Fiber for Influenza Virus Capture
Xuebing Li, Peixing Wu, George F. Gao, Shuihong Cheng
Biomacromolecules
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/bm200970x

Matriz extracelular sintética revoluciona campo da fisiologia Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/01/2012

Tecidos artificiais

Cientistas britânicos criaram uma versão sintética e totalmente funcional da matriz extracelular, o material que dá suporte para o crescimento das células nos seres vivos.

O novo material representa o ponto de partida para o desenvolvimento de tecidos artificiais, um sonho da chamada medicina regenerativa, que busca a reconstrução de tecidos danificados.

No limite, embora ainda seja um sonho distante, os cientistas esperam poder crescer órgãos inteiros para transplantes.

É a matriz extracelular, por exemplo, que garante que um tecido ferido possa se regenerar e cicatrizar.

Da nanoescala à microescala

Embora seja trivial fazer culturas de células em laboratório, fazê-las crescer em três dimensões, como ocorre no organismo, é um desafio a ser vencido.

Até agora, os biólogos vêm se virando com vários tipos de suportes e "andaimes", onde as células se apoiam para crescer.

No organismo, as células se valem da matriz extracelular, um complexo de macromoléculas muito estáveis que garante a sustentação e a estrutura biomecânica dos tecidos.

Ela consiste em uma estrutura de fibras de proteína que faz a ponte entre a dimensão em nanoescala da fixação, da comunicação e da alimentação das células, e a dimensão em microescala, onde as células se organizam em segmentos funcionais.

Imitar essa estrutura com materiais sintéticos é um sonho antigo dos cientistas.

Matriz extracelular sintética

Fibras de peptídeos têm propriedades similares às das proteínas que formam a matriz extracelular natural, mas elas não conseguem gerar as malhas interconectadas em escala microscópica, o que é essencial para manter as células juntas e permitir o desenvolvimento dos tecidos.

Angelo Bella e seus colegas do Laboratório Nacional de Física do Reino Unido resolveram o problema projetando uma pequena proteína, formada por duas unidades estruturais.

Essas estruturas se espalham em redes de fibras de dimensões microscópicas, preenchendo o hiato que faltava nos materiais artificiais.

Os resultados dos testes de crescimento celular foram entusiasmadores, o que está fazendo com que a matriz extracelular sintética seja apontada como um dos avanços mais significativos nos últimos anos no campo da fisiologia.

Bibliografia:

Arbitrary Self-Assembly of Peptide Extracellular Microscopic Matrices
Angelo Bella, Santanu Ray, Michael Shaw, Maxim G. Ryadnov
Angewandte Chemie International Edition
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/anie.201104647

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

As bactérias pedem carona

Bactérias resistentes a antibióticos estão viajando, evidentemente sem alarde, nos carros e vans carregados com pessoas, mercadorias e talvez galinhas que circulam pela estrada que corta a região de Borbón, nordeste do Equador (ScienceNow).

Os mais de 100 vilarejos da região de Borbón permaneceram isolados por mais de um século. Agora unidos por meio de uma estrada, seus moradores estão trocando micróbios resistentes a antibióticos, que podem ter saído de hospitais de Quito, a capital, e outros centros urbanos.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores dos Estados Unidos e do Equador visitaram 31 cidades em 2003 e 2008 e colheram 2.210 amostras de bactérias, em busca de variedades de Escherichia coli resistentes a ampicilina e sulfas.

Quanto pior o saneamento e maior o uso de antibióticos, maior a transferência de bacilos resistentes a antibióticos, de acordo com o estudo publicado em setembro na Journal of the Royal Society Interface.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cinco maneiras de desintoxicar o organismo

A revista norte-americana Self trouxe cinco dicas simples para desintoxicar o organismo sem ter que recorrer às dietas de sucos e sopas, corridas e outras tendências que podem ser perigosas. Basta "limpar" o que come e focar nos alimentos ricos em nutrientes, dando um tempo nos processados.

Fuja dos açúcares: todos os tipos de açúcar adicionam calorias à dieta e aumentam a quantidade de glicose no sangue. Consumir muito açúcar pode causar inflamações que aumentam o risco de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, além de fazer a pessoa se sentir cansada. Por isso, tente fugir dos alimentos que dizem ter açúcar e altas doses de frutose nos ingredientes.

Evite gorduras "ruins": aquelas que são trans e saturadas podem entupir as artérias e promover inflamações. Verifique os rótulos para saber se não há gordura hidrogenada nos ingredientes e fuja das frituras. Limite o consumo das gorduras saturadas a menos de 7% do total de suas calorias diárias, substituindo carnes por cortes magros e trocando os laticínios integrais pelos desnatados. Lembre-se de manter as gorduras boas por perto, como aquelas do salmão, abacate e oleaginosas.

Pare de beber: álcool prejudica o fígado e torna mais difícil resistir às guloseimas e alimentos pouco saudáveis. Beber demais aumenta ainda o risco de sofrer de pressão alta, obesidade, diabetes e ainda envelhece a pele. Prefira água e chá; café e vinho tinto, esporadicamente, pois seus antioxidantes fazem bem à saúde.

Insista nas fibras: elas dão saciedade e ajudam na perda de peso, ajudando ainda a baixar o colesterol. Faça uma lista de alimentos ricos em fibras que goste e faça um estoque deles. Aposte na aveia, feijões, batatas.

Estudos indicam que as pessoas que têm uma dieta rica em fibras absorvem 6% menos calorias do que aquelas que preferem alimentos refinados.

Coma devagar: mastigue, engula e repita. Coma devagar para dar tempo do cérebro perceber que o estômago está saciado, evitando a ingestão de calorias extra e tente comer alguma coisa a cada quatro horas.

Técnica de estimulação do cérebro pode reverter Alzheimer

Acreditava-se que o encolhimento do cérebro, a deterioração de suas funções e a perda de memória associados ao Mal de Alzheimer eram irreversíveis. A equipe da Universidade de Toronto, no entanto, está usando uma técnica conhecida como Estimulação Cerebral Profunda, que envolve a aplicação de eletricidade em certas regiões do cérebro.

Em dois pacientes, o processo esperado de deterioração da área do cérebro associada à memória não apenas foi revertido como também voltou a crescer. As conclusões do estudo foram anunciadas durante uma conferência da Society for Neuroscience em Washington, nos Estados Unidos, em novembro, mas ainda não foram publicadas.

A Estimulação Cerebral Profunda vem sendo usada em milhares de pacientes com Mal de Parkinson e, mais recentemente, Síndrome de Tourette e depressão. No entanto, não se sabe ainda com precisão como a técnica funciona.

O procedimento é feito sob anestesia local. Um exame de ressonância magnética identifica o alvo dentro do cérebro. A cabeça é mantida em uma posição fixa, uma pequena região do cérebro é exposta e eletrodos são posicionados próximo à região do cérebro a ser estimulada. Os eletrodos são conectados a uma bateria que é implantada sob a pele perto da clavícula.

Comentando o novo estudo, o professor John Stein, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, disse: "A maioria das pessoas diria que não sabemos por que isso funciona". A teoria de Stein é que, no Mal de Parkinson, células do cérebro ficam presas em um padrão de descargas elétricas seguidas por silêncios e, depois, novas descargas.

A estimulação contínua e em alta frequência perturbaria esse ritmo, sugere o especialista. Ele admite, no entanto, que "nem todo mundo aceitaria essa descrição".

Mistério

Sabe-se ainda menos sobre que papel a estimulação do cérebro poderia ter sobre o Mal de Alzheimer. Na doença, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. Nela funciona o centro de memória, convertendo memória de curto prazo em memória de longo prazo.

Danos a essa região produzem alguns dos primeiros sintomas do Mal de Alzheimer: perda de memória e desorientação. Nos estágios finais da condição, células morreram ou estão morrendo em todo o cérebro.

O estudo canadense envolveu seis pacientes com a condição. A estimulação foi aplicada ao fórnix, a parte do cérebro que leva mensagens ao hipocampo.

O chefe do estudo, Andres Lozano, disse que o grau esperado de encolhimento do hipocampo em pacientes com Alzheimer é em média 5% ao ano. Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento de 5% e, outro, 8%. "Quão importantes são esses 8%? Imensamente importantes. Nunca vimos o hipocampo crescer em (pacientes com) Alzheimer em nenhuma circunstância", disse Lozano à BBC. "Foi uma descoberta incrível para nós. Esta é a primeira vez que se demonstra que a estimulação do cérebro em um ser humano faz crescer uma área do seu cérebro."

Em relação aos sintomas, o especialista disse: "Um dos pacientes está melhor após um ano de estimulação do que quando começou, então seu Alzheimer foi revertido, digamos assim".

Lozano disse que experimentos feitos em animais demonstraram que esse tipo de estimulação pode criar mais células nervosas. Stein disse estar "muito animado" com os primeiros resultados, mas o fator crítico seria poder demonstrar "se suas memórias melhoraram".

Milhares de pacientes com Mal de Parkinson já foram tratados com Estimulação Cerebral Profunda. A médica Marie Janson, da entidade beneficente britânica Alzheimer's Research UK, disse que seria significativo se o encolhimento do cérebro pudesse ser revertido. "Se você pudesse retardar o começo do Alzheimer por cinco anos, você cortaria pela metade o número de pessoas afetadas".

Para testar se a técnica está realmente funcionando e se assegurar de que o resultado obtido não foi um simples acaso, a equipe canadense vai fazer uma pesquisa maior.

"Uma palavra de cautela é apropriada, isto é apenas o princípio e um número muito pequeno de pacientes está envolvido".

Em abril, os pesquisadores pretendem inscrever cerca de 50 pacientes com grau médio de Alzheimer. Todos terão eletrodos implantados, mas apenas metade terá os aparelhos ligados. A equipe vai comparar os hipocampos dos dois grupos para verificar se existem diferenças.

Eles estão estudando especificamente pacientes com graus leves de Alzheimer porque dos seis pacientes estudados, apenas os dois que tinham sintomas leves melhoraram. Uma teoria que estão considerando é que após um certo grau de danos, pacientes atingem um ponto a partir do qual não existe retorno.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Médicos fazem primeira ponte de safena sem abrir tórax






São Paulo – Médicos do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, fizeram a primeira cirurgia de ponte de safena, na América Latina, totalmente por meio de um robô. A operação de revascularização do miocárdio (popularmente chamada de ponte de safena) foi feita por endoscopia robótica - com uso de dois braços robóticos e um tubo ótico provido de iluminação e câmera - sistema denominado Davinci. A cirurgia evita que o tórax do paciente seja aberto.

Orientado pelas imagens captadas pela câmera, o cirurgião comanda os braços robóticos, que replicam os movimentos do médico dentro do corpo do paciente. A cirurgia requer três incisões do calibre de um lápis, realizadas entre as costelas. Por meio das incisões, os dois braços robóticos e a microcâmera entram no tórax e acessam o coração, tornando a cirurgia cardíaca possível sem a abertura do osso do peito.

O método diminui o trauma operatório, fazendo com que a recuperação do paciente seja mais rápida. O paciente submetido à cirurgia convencional é normalmente liberado para atividades habituais depois de 45 a 60 dias, período que demora a cicatrização do osso do peito. Na cirurgia robótica, a recuperação é mais rápida – cerca de dez dias.

“Esse tipo de operação representa um grande avanço na cirurgia cardíaca”, disse o cirurgião cardíaco e coordenador do Centro de Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva e Robótica do Albert Einstein, Robinson Poffo, ao falar sobre a operação, realizada na terça-feira (15/11). “Acredito que ela represente um novo rumo no tratamento desse tipo de doença do coração. Para se ter uma ideia, atualmente existem três grandes centros que fazem essa cirurgia de forma rotineira, todos nos Estados Unidos. Com a incorporação desse procedimento na nossa rotina, passamos a fazer parte do grupo pioneiro.”

Cerca de 12 profissionais fizeram parte da equipe médica que fez a cirurgia. O grupo contou com cirurgiões, cardiologistas, anestesiologistas, perfusionista - responsável pela manutenção das atividades vitais do organismo, durante a realização da cirurgia - instrumentador e profissionais de apoio do centro cirúrgico e da unidade de tratamento intensivo.

Hoje são realizadas cerca de 50 mil cirurgias cardíacas por ano no Brasil. Dessas, quase a metade são para implantar pontes de safena - usadas para tratar as obstruções das artérias do coração afetadas com aterosclerose, doença que mais causa mortes no país.

Fonte: Agência Brasil

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