segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Morte súbita e inesperada na epilepsia.

A epilepsia é caracterizada por duas características: crises recorrentes e incerteza clínica.

Sintomas paroxísticos imprevisíveis pontuam a vida. Embora a maioria das pessoas com epilepsia vivem uma vida plena e produtiva, os médicos podem muito rapidamente garantir aos doentes que as convulsões "nunca fazem mal ao cérebro" e "nunca são fatais." Mas com o tempo, crises convulsivas podem progressivamente prejudicar a cognição e comportamento e alterar a estrutura do cérebro. Em casos raros, convulsões podem ser fatais.

Morte súbita e inesperada na epilepsia refere-se a uma morte em um paciente com epilepsia que não é devido a trauma, afogamento, estado de mal epiléptico, ou outras causas conhecidas, mas para as quais muitas vezes há evidência de uma crise associada. . . .

Relatórios do Dr. Devinsky(especialista em medicina legal) testemunham processos relacionados com a eventual morte súbita e inesperada na epilepsia.

Formas de divulgação fornecido pelo autor estão disponíveis com o texto completo deste artigo em NEJM.org

Link: http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra1010481?query=TOC&

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Infecção com estafilococos aumenta mortalidade em crianças com gripe - Journal Pediatrics

As crianças infectadas com o vírus H1N1, que causou uma pandemia de gripe em 2009, sofrem um risco de mortalidade multiplicado por oito se já estiverem coinfectadas com staphylococcus aureus resistentes à Metilicina (SARM), segundo um estudo publicado nesta segunda-feira(07-11-2011).

Durante a pandemia, um grande número de crianças que anteriormente se encontravam em bom estado de saúde desenvolveram uma pneumonia grave e sofreram deficiências respiratórias, revelaram os autores da pesquisa, publicada na última edição do Journal Pediatrics.

Este trabalho, o mais extenso já realizado sobre este tema nos Estados Unidos, mostra que uma coinfecção com SARM é um fator determinante para aumentar o risco de mortalidade entre as crianças com gripe.

Há um risco maior de que os staphylococcus áureos se tornem invasivos no organismo na presença do vírus H1N1 da gripe ou de outros patogênicos", destacou a médica Adrianne Randolph, do hospital infantil de Boston, principal autora do estudo.
"Estas mortes entre crianças coinfectadas são uma advertência", acrescentou.
Os pesquisadores detectaram que quase todos os menores coinfectados do estudo também foram rapidamente tratados com vancomicina, considerada o antibiótico perfeito contra os SARM.
O fato de que vários destes menores doentes faleceram, apesar do tratamento, é particularmente inquietante, diante do crescimento das taxas de infecção entre as crianças em comparação com a população geral.
Estes médicos manifestaram a esperança de que os resultados de seu trabalho incentivem a vacinação contra a gripe para todos os menores de seis meses a seis anos e maiores ainda. Não existe uma vacina antigripal para os menores de seis meses, ressaltaram.
"O vírus H1N1 de 2009 não mudou de forma notável desde então", afirmou um dos principais coautores do estudo, o médico Tim Uyeki, dos centros governamentais de controle e prevenção de doenças (CDC).
"Espera-se que neste ano existam infecções gripais com o vírus H1N1 em crianças, que devem estar prevenidas com a vacinação (...), que oferece uma proteção", afirmou.
Para esta pesquisa, os médicos seguiram a evolução de 838 crianças, provavelmente infectadas com H1N1, levadas para 35 serviços de emergência de hospitais pediátricos dos Estados Unidos entre abril de 2009 e abril de 2010.

Os médicos que as trataram não puderam saber em todos os casos se elas foram vacinadas ou não, mas a vacina não esteve disponível até setembro de 2009.
A idade média das crianças gravemente doentes com H1N1 era de seis anos. A maior parte sofria com dificuldades respiratórias e para dois terços delas os médicos precisaram empregar respiração com aparelhos.

Suas doenças tiveram uma rápida progressão e 75 delas (9%) faleceram, dois terços das quais nas duas semanas posteriores à entrada no hospital.

Embora a maioria das crianças gravemente doentes com a gripe H1N1 sofresse anteriormente de um ou de vários problemas de saúde crônicos, que aumentaram o risco, como asma ou debilidade do sistema imunológico, 251 das analisadas (30% do total) estavam em perfeito estado de saúde, indicaram os pesquisadores.
Copyright © 2011 AFP.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Luz infravermelha pode ser arma contra o câncer. Tratamento combate tumores sem danificar tecidos vizinhos




Um tratamento com luz infravermelha pode ser uma ferramenta promissora no combate ao câncer, segundo pesquisadores nos Estados Unidos.

O estudo, publicado na revista Nature Medicine, mostra como um medicamento poderia ser acoplado a tumores, sendo ativado apenas quando atingido por raios infravermelhos.

O tratamento seria portanto mais preciso do que os atuais, sem danificar tecidos vizinhos.

Atualmente, os tratamentos contra câncer podem ser separados em três categorias: os que usam radiação, cirurgias para a retirada de tumores e o uso de remédios para matar células cancerígenas.

Todos eles apresentam efeitos colaterais negativos e pesquisadores seguem buscando terapias mais precisas.

Nesse estudo, os cientistas do Instituto Nacional do Câncer de Maryland, nos Estados Unidos, usaram anticorpos que tinham como alvo proteínas nas superfícies de células cancerígenas.

Eles então acoplaram a substância química IR700 ao anticorpo. A IR700 é ativada quando atingida por luz infravermelha, que pode penetrar vários centímetros na pele.

Para testar a combinação, os cientistas implantaram tumores nas costas de camundongos. Eles receberam o medicamento e foram expostos a raios infravermelhos.

- O volume do tumor foi reduzido significativamente... em comparação com os camundongos não tratados e a sobrevivência foi prolongada. O ataque seletivo minimiza o prejuízo para as células normais.

Os autores dizem ainda que a combinação se revelou "uma terapia promissora" para o tratamento do câncer

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Albumina retirada do arroz é equivalente a derivada do sangue humano. Proteína do sangue humano a partir do arroz

Cientistas de uma universidade chinesa anunciaram nesta segunda-feira que haviam conseguido extrair, a partir do arroz, uma proteína encontrada no sangue humano denominada albumina, que é usada para tratar queimaduras, choques traumáticos e doenças no fígado.

Quando retirada das sementes do arroz, a proteína é "física e quimicamente equivalente à albumina derivada do soro sanguíneo humano (HSA)", afirmaram os cientistas em estudo publicado no periódico americano Proceedings of the National Academy of Sciences.

A descoberta pode revolucionar a produção de HSA, que costuma ser extraída das doações de sangue humano.

A demanda pela proteína sanguínea é de cerca de 500 toneladas ao ano em todo o mundo e a China sofreu, no passado, episódios preocupantes de escassez.

O método de extração de albumina do arroz foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Wuhan, na China, e colegas do Conselho Nacional de Pesquisas do Canadá e do Centro de Genômica Funcional da Universidade de Albany, no estado de Nova York.

Primeiro, os cientistas manipularam geneticamente as sementes de arroz para que produzissem níveis elevados de HSA. Em seguida, desenvolveram uma forma de purificar a proteína das sementes, coletando cerca de 2,75 gramas de albumina por quilograma de arroz.

Quando testaram a proteína extraída do arroz em camundongos com cirrose hepática, uma doença em que a albumina humana costuma ser usada, eles descobriram resultados similares ao tratamento feito com HSA.

"Nossos resultados sugerem que o biorreator de uma semente de arroz produz um custo-benefício de HSA recombinante que é seguro e capaz de satisfazer a demanda crescente por albumina humana", destacou o estudo.

A proteína costuma ser usada também na produção de vacinas e medicamentos e é aplicada em pacientes com sérias lesões derivadas de queimaduras, choque hemorrágico e doenças no fígado, afirmaram os cientistas.

Em 2007, a escassez da proteína na China fez os preços dispararem e provocaram um breve aumento no número de remédios à base de albumina fraudulenta no mercado. Uma vez que a substância é extraída do sangue humano, seu uso também gera o temor de transmissão de hepatite e HIV.

O plantio de arroz geneticamente modificado em larga escala, capaz de produzir sementes em quantidade suficiente para a produção em massa de albumina também suscita preocupações ambientais e de contaminação alimentar, uma vez que o arroz é um importante alimento em escala global.

No entanto, os autores do estudo destacaram que o arroz é um cultivo altamente derivado da auto-polinização, citando estudos anteriores que demonstraram "uma frequência muito reduzida (de 0,04% a 0,80%) do fluxo gênico mediado por pólen entre o arroz geneticamente modificado (OGM) e as plantas adjacentes não OGM".

Segundo os cientistas, mais pesquisas são necessárias para avaliar a segurança da proteína derivada do arroz em animais e seres humanos, antes de que possa sua produção possa ser considerada no mercado.

Assista menos TV e viva mais



No Brasil, o aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E, e o consequente acesso dessas famílias a mais opções de lazer e de cultura, a televisão ainda ocupa lugar de destaque nos lares do país: ela ainda preenche o tempo livre da grande maioria da população. Do ponto de vista da saúde, esse é um hábito que traz doenças. E o pior: está associado com risco de morte prematura, especialmente causada por ataque cardíaco(infarto agodo do miocárdio) ou derrame (AVC).

A conclusão é de uma pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, publicada no British Journal Sports Medicine. Os autores conseguiram estimar quanto o tempo assistindo TV reduz a expectativa de vida dos australianos (e de todo o mundo, afinal, não há nada saudável em permanecer sentado horas a fio, em frente à televisão, normalmente comendo e bebendo).

Partindo das mudanças no estilo de vida da população, o estudo constatou que aqueles que gastam uma média de seis horas/dia assistindo TV podem viver de quatro a oito anos menos do que as outras pessoas.

Cada hora em frente à televisão, após os 25 anos de idade, reduziria a expectativa de vida em quase 22 minutos.

Apesar de pesquisas como essas não serem tão precisas, por não considerarem inúmeras variáveis, elas nos ajudam a enxergar questões cotidianas por ângulos diferentes.

Você imaginaria que está perdendo muitos minutos de vida enquanto relaxa em frente ao seu aparelho de TV?

Mesmo que a relação não seja direta, é uma oportunidade para pensar em levantar do sofá e se envolver em ocupações ativas como cuidar da casa e fazer compras. Ou, se você gosta muito de televisão, assista enquanto faz esteira, pedala na ergométrica, se alonga ou faz exercícios localizados. Este, sim é um programão!

Vida longa com 15 minutos de sol

A vitamina D é encontrada em poucos alimentos e só é ativada, para ser usada pelo organismo, pelos raios ultravioletas B. Em apenas 15 minutos de exposição ao sol, uma simples reação química produz a substância que fortalece os ossos, turbina as atividades cerebrais e cardiovasculares e atua na produção de insulina pelo pâncreas (que regula o nível de glicose no sangue).

Outro grande benefício da vitamina D é o estímulo das células de defesa do corpo, além de participar no equilíbrio interno de todas as funções do organismo. Ou seja, ela contribui diretamente para uma vida mais longa e saudável.

Não é à toa que o número de trabalhos científicos em todo o mundo, sobre a substância, só faz aumentar. Autores de um estudo feito na Universidade da Califórnia (EUA), por exemplo, descobriram que como o organismo usa a vitamina D para muitas funções, a quantidade ideal recomendada seria de 2.000 UI (unidades internacionais), em dez das 400 até então propagadas, ligadas apenas à fixação do cálcio.

Isso evitaria, além da osteoporose, a depressão, a esquizofrenia, doenças respiratórias, pressão alta, aterosclerose (formação de placas de gorduras na parede das artérias), diabetes, cânceres (mama, cólon, próstata e pâncreas), infecções, fraqueza muscular e artrose. Uma maravilha, não?!

A vitamina D é encontrada em pequenas quantidades na manteiga, nata, gema de ovo e fígado, e em grande quantidade no óleo de fígado de peixes como lambari, bacalhau, arenque e atum. Tanto o leite materno como o de vaca são fontes pobres desta vitamina.

O que nos resta, então, é mesmo um rápido passeio matinal sob o sol, antes ou a caminho do trabalho, ou na hora do almoço. Não custa nada e nos deixa preparados para essa aventura que é o viver.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tratamento experimental faz paraplégico voltar a andar na Bahia




Tratamento experimental faz paraplégico voltar a andar na Bahia

Uma pesquisa desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz no laboratório do Hospital São Rafael, em Salvador, pode estar prestes a revolucionar a reabilitação de paraplégicos. A experiência foi aplicada em humanos pela primeira vez há seis meses e já tem resultados expressivos.

O primeiro voluntário, Maurício Ribeiro, voltou a caminhar apenas seis meses após receber um transplante de medula óssea de sua bacia para implantá-las na coluna vertebral. Ele realiza trabalho de reabilitação e, por enquanto, precisa da ajuda de um andador:

Eu dei o passo e me senti estranho, porque nove anos sem caminhar e perceber que eu estava conseguindo fazer isso sobre minhas próprias pernas. Então, foi uma sensação muito boa", garantiu o major da Polícia Militar.

Outros cinco pacientes já foram submetidos à mesma terapia e encontram-se em estágios diferentes de reabilitação. De acordo com Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião que participa das pesquisas, não há garantias de que essas pessoas voltarão a caminhar normalmente. Contudo, todas apresentaram algum tipo de evolução.

"É muito gratificante, e não somente isso, saber que isso é apenas uma ponta de iceberg, que com os resultados positivos nós podemos expandir essa técnica para um número maior de pacientes no futuro, além de continuar pesquisando formas de aprimorá-la".

Ainda segundo o pesquisador, a perspectiva é de que o tratamento possa ser aplicado em larga escala em cerca de 5 ou 10 anos.

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