terça-feira, 29 de novembro de 2011

Cinco maneiras de desintoxicar o organismo

A revista norte-americana Self trouxe cinco dicas simples para desintoxicar o organismo sem ter que recorrer às dietas de sucos e sopas, corridas e outras tendências que podem ser perigosas. Basta "limpar" o que come e focar nos alimentos ricos em nutrientes, dando um tempo nos processados.

Fuja dos açúcares: todos os tipos de açúcar adicionam calorias à dieta e aumentam a quantidade de glicose no sangue. Consumir muito açúcar pode causar inflamações que aumentam o risco de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, além de fazer a pessoa se sentir cansada. Por isso, tente fugir dos alimentos que dizem ter açúcar e altas doses de frutose nos ingredientes.

Evite gorduras "ruins": aquelas que são trans e saturadas podem entupir as artérias e promover inflamações. Verifique os rótulos para saber se não há gordura hidrogenada nos ingredientes e fuja das frituras. Limite o consumo das gorduras saturadas a menos de 7% do total de suas calorias diárias, substituindo carnes por cortes magros e trocando os laticínios integrais pelos desnatados. Lembre-se de manter as gorduras boas por perto, como aquelas do salmão, abacate e oleaginosas.

Pare de beber: álcool prejudica o fígado e torna mais difícil resistir às guloseimas e alimentos pouco saudáveis. Beber demais aumenta ainda o risco de sofrer de pressão alta, obesidade, diabetes e ainda envelhece a pele. Prefira água e chá; café e vinho tinto, esporadicamente, pois seus antioxidantes fazem bem à saúde.

Insista nas fibras: elas dão saciedade e ajudam na perda de peso, ajudando ainda a baixar o colesterol. Faça uma lista de alimentos ricos em fibras que goste e faça um estoque deles. Aposte na aveia, feijões, batatas.

Estudos indicam que as pessoas que têm uma dieta rica em fibras absorvem 6% menos calorias do que aquelas que preferem alimentos refinados.

Coma devagar: mastigue, engula e repita. Coma devagar para dar tempo do cérebro perceber que o estômago está saciado, evitando a ingestão de calorias extra e tente comer alguma coisa a cada quatro horas.

Técnica de estimulação do cérebro pode reverter Alzheimer

Acreditava-se que o encolhimento do cérebro, a deterioração de suas funções e a perda de memória associados ao Mal de Alzheimer eram irreversíveis. A equipe da Universidade de Toronto, no entanto, está usando uma técnica conhecida como Estimulação Cerebral Profunda, que envolve a aplicação de eletricidade em certas regiões do cérebro.

Em dois pacientes, o processo esperado de deterioração da área do cérebro associada à memória não apenas foi revertido como também voltou a crescer. As conclusões do estudo foram anunciadas durante uma conferência da Society for Neuroscience em Washington, nos Estados Unidos, em novembro, mas ainda não foram publicadas.

A Estimulação Cerebral Profunda vem sendo usada em milhares de pacientes com Mal de Parkinson e, mais recentemente, Síndrome de Tourette e depressão. No entanto, não se sabe ainda com precisão como a técnica funciona.

O procedimento é feito sob anestesia local. Um exame de ressonância magnética identifica o alvo dentro do cérebro. A cabeça é mantida em uma posição fixa, uma pequena região do cérebro é exposta e eletrodos são posicionados próximo à região do cérebro a ser estimulada. Os eletrodos são conectados a uma bateria que é implantada sob a pele perto da clavícula.

Comentando o novo estudo, o professor John Stein, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, disse: "A maioria das pessoas diria que não sabemos por que isso funciona". A teoria de Stein é que, no Mal de Parkinson, células do cérebro ficam presas em um padrão de descargas elétricas seguidas por silêncios e, depois, novas descargas.

A estimulação contínua e em alta frequência perturbaria esse ritmo, sugere o especialista. Ele admite, no entanto, que "nem todo mundo aceitaria essa descrição".

Mistério

Sabe-se ainda menos sobre que papel a estimulação do cérebro poderia ter sobre o Mal de Alzheimer. Na doença, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. Nela funciona o centro de memória, convertendo memória de curto prazo em memória de longo prazo.

Danos a essa região produzem alguns dos primeiros sintomas do Mal de Alzheimer: perda de memória e desorientação. Nos estágios finais da condição, células morreram ou estão morrendo em todo o cérebro.

O estudo canadense envolveu seis pacientes com a condição. A estimulação foi aplicada ao fórnix, a parte do cérebro que leva mensagens ao hipocampo.

O chefe do estudo, Andres Lozano, disse que o grau esperado de encolhimento do hipocampo em pacientes com Alzheimer é em média 5% ao ano. Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento de 5% e, outro, 8%. "Quão importantes são esses 8%? Imensamente importantes. Nunca vimos o hipocampo crescer em (pacientes com) Alzheimer em nenhuma circunstância", disse Lozano à BBC. "Foi uma descoberta incrível para nós. Esta é a primeira vez que se demonstra que a estimulação do cérebro em um ser humano faz crescer uma área do seu cérebro."

Em relação aos sintomas, o especialista disse: "Um dos pacientes está melhor após um ano de estimulação do que quando começou, então seu Alzheimer foi revertido, digamos assim".

Lozano disse que experimentos feitos em animais demonstraram que esse tipo de estimulação pode criar mais células nervosas. Stein disse estar "muito animado" com os primeiros resultados, mas o fator crítico seria poder demonstrar "se suas memórias melhoraram".

Milhares de pacientes com Mal de Parkinson já foram tratados com Estimulação Cerebral Profunda. A médica Marie Janson, da entidade beneficente britânica Alzheimer's Research UK, disse que seria significativo se o encolhimento do cérebro pudesse ser revertido. "Se você pudesse retardar o começo do Alzheimer por cinco anos, você cortaria pela metade o número de pessoas afetadas".

Para testar se a técnica está realmente funcionando e se assegurar de que o resultado obtido não foi um simples acaso, a equipe canadense vai fazer uma pesquisa maior.

"Uma palavra de cautela é apropriada, isto é apenas o princípio e um número muito pequeno de pacientes está envolvido".

Em abril, os pesquisadores pretendem inscrever cerca de 50 pacientes com grau médio de Alzheimer. Todos terão eletrodos implantados, mas apenas metade terá os aparelhos ligados. A equipe vai comparar os hipocampos dos dois grupos para verificar se existem diferenças.

Eles estão estudando especificamente pacientes com graus leves de Alzheimer porque dos seis pacientes estudados, apenas os dois que tinham sintomas leves melhoraram. Uma teoria que estão considerando é que após um certo grau de danos, pacientes atingem um ponto a partir do qual não existe retorno.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Médicos fazem primeira ponte de safena sem abrir tórax






São Paulo – Médicos do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, fizeram a primeira cirurgia de ponte de safena, na América Latina, totalmente por meio de um robô. A operação de revascularização do miocárdio (popularmente chamada de ponte de safena) foi feita por endoscopia robótica - com uso de dois braços robóticos e um tubo ótico provido de iluminação e câmera - sistema denominado Davinci. A cirurgia evita que o tórax do paciente seja aberto.

Orientado pelas imagens captadas pela câmera, o cirurgião comanda os braços robóticos, que replicam os movimentos do médico dentro do corpo do paciente. A cirurgia requer três incisões do calibre de um lápis, realizadas entre as costelas. Por meio das incisões, os dois braços robóticos e a microcâmera entram no tórax e acessam o coração, tornando a cirurgia cardíaca possível sem a abertura do osso do peito.

O método diminui o trauma operatório, fazendo com que a recuperação do paciente seja mais rápida. O paciente submetido à cirurgia convencional é normalmente liberado para atividades habituais depois de 45 a 60 dias, período que demora a cicatrização do osso do peito. Na cirurgia robótica, a recuperação é mais rápida – cerca de dez dias.

“Esse tipo de operação representa um grande avanço na cirurgia cardíaca”, disse o cirurgião cardíaco e coordenador do Centro de Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva e Robótica do Albert Einstein, Robinson Poffo, ao falar sobre a operação, realizada na terça-feira (15/11). “Acredito que ela represente um novo rumo no tratamento desse tipo de doença do coração. Para se ter uma ideia, atualmente existem três grandes centros que fazem essa cirurgia de forma rotineira, todos nos Estados Unidos. Com a incorporação desse procedimento na nossa rotina, passamos a fazer parte do grupo pioneiro.”

Cerca de 12 profissionais fizeram parte da equipe médica que fez a cirurgia. O grupo contou com cirurgiões, cardiologistas, anestesiologistas, perfusionista - responsável pela manutenção das atividades vitais do organismo, durante a realização da cirurgia - instrumentador e profissionais de apoio do centro cirúrgico e da unidade de tratamento intensivo.

Hoje são realizadas cerca de 50 mil cirurgias cardíacas por ano no Brasil. Dessas, quase a metade são para implantar pontes de safena - usadas para tratar as obstruções das artérias do coração afetadas com aterosclerose, doença que mais causa mortes no país.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Morte súbita e inesperada na epilepsia.

A epilepsia é caracterizada por duas características: crises recorrentes e incerteza clínica.

Sintomas paroxísticos imprevisíveis pontuam a vida. Embora a maioria das pessoas com epilepsia vivem uma vida plena e produtiva, os médicos podem muito rapidamente garantir aos doentes que as convulsões "nunca fazem mal ao cérebro" e "nunca são fatais." Mas com o tempo, crises convulsivas podem progressivamente prejudicar a cognição e comportamento e alterar a estrutura do cérebro. Em casos raros, convulsões podem ser fatais.

Morte súbita e inesperada na epilepsia refere-se a uma morte em um paciente com epilepsia que não é devido a trauma, afogamento, estado de mal epiléptico, ou outras causas conhecidas, mas para as quais muitas vezes há evidência de uma crise associada. . . .

Relatórios do Dr. Devinsky(especialista em medicina legal) testemunham processos relacionados com a eventual morte súbita e inesperada na epilepsia.

Formas de divulgação fornecido pelo autor estão disponíveis com o texto completo deste artigo em NEJM.org

Link: http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra1010481?query=TOC&

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Infecção com estafilococos aumenta mortalidade em crianças com gripe - Journal Pediatrics

As crianças infectadas com o vírus H1N1, que causou uma pandemia de gripe em 2009, sofrem um risco de mortalidade multiplicado por oito se já estiverem coinfectadas com staphylococcus aureus resistentes à Metilicina (SARM), segundo um estudo publicado nesta segunda-feira(07-11-2011).

Durante a pandemia, um grande número de crianças que anteriormente se encontravam em bom estado de saúde desenvolveram uma pneumonia grave e sofreram deficiências respiratórias, revelaram os autores da pesquisa, publicada na última edição do Journal Pediatrics.

Este trabalho, o mais extenso já realizado sobre este tema nos Estados Unidos, mostra que uma coinfecção com SARM é um fator determinante para aumentar o risco de mortalidade entre as crianças com gripe.

Há um risco maior de que os staphylococcus áureos se tornem invasivos no organismo na presença do vírus H1N1 da gripe ou de outros patogênicos", destacou a médica Adrianne Randolph, do hospital infantil de Boston, principal autora do estudo.
"Estas mortes entre crianças coinfectadas são uma advertência", acrescentou.
Os pesquisadores detectaram que quase todos os menores coinfectados do estudo também foram rapidamente tratados com vancomicina, considerada o antibiótico perfeito contra os SARM.
O fato de que vários destes menores doentes faleceram, apesar do tratamento, é particularmente inquietante, diante do crescimento das taxas de infecção entre as crianças em comparação com a população geral.
Estes médicos manifestaram a esperança de que os resultados de seu trabalho incentivem a vacinação contra a gripe para todos os menores de seis meses a seis anos e maiores ainda. Não existe uma vacina antigripal para os menores de seis meses, ressaltaram.
"O vírus H1N1 de 2009 não mudou de forma notável desde então", afirmou um dos principais coautores do estudo, o médico Tim Uyeki, dos centros governamentais de controle e prevenção de doenças (CDC).
"Espera-se que neste ano existam infecções gripais com o vírus H1N1 em crianças, que devem estar prevenidas com a vacinação (...), que oferece uma proteção", afirmou.
Para esta pesquisa, os médicos seguiram a evolução de 838 crianças, provavelmente infectadas com H1N1, levadas para 35 serviços de emergência de hospitais pediátricos dos Estados Unidos entre abril de 2009 e abril de 2010.

Os médicos que as trataram não puderam saber em todos os casos se elas foram vacinadas ou não, mas a vacina não esteve disponível até setembro de 2009.
A idade média das crianças gravemente doentes com H1N1 era de seis anos. A maior parte sofria com dificuldades respiratórias e para dois terços delas os médicos precisaram empregar respiração com aparelhos.

Suas doenças tiveram uma rápida progressão e 75 delas (9%) faleceram, dois terços das quais nas duas semanas posteriores à entrada no hospital.

Embora a maioria das crianças gravemente doentes com a gripe H1N1 sofresse anteriormente de um ou de vários problemas de saúde crônicos, que aumentaram o risco, como asma ou debilidade do sistema imunológico, 251 das analisadas (30% do total) estavam em perfeito estado de saúde, indicaram os pesquisadores.
Copyright © 2011 AFP.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Luz infravermelha pode ser arma contra o câncer. Tratamento combate tumores sem danificar tecidos vizinhos




Um tratamento com luz infravermelha pode ser uma ferramenta promissora no combate ao câncer, segundo pesquisadores nos Estados Unidos.

O estudo, publicado na revista Nature Medicine, mostra como um medicamento poderia ser acoplado a tumores, sendo ativado apenas quando atingido por raios infravermelhos.

O tratamento seria portanto mais preciso do que os atuais, sem danificar tecidos vizinhos.

Atualmente, os tratamentos contra câncer podem ser separados em três categorias: os que usam radiação, cirurgias para a retirada de tumores e o uso de remédios para matar células cancerígenas.

Todos eles apresentam efeitos colaterais negativos e pesquisadores seguem buscando terapias mais precisas.

Nesse estudo, os cientistas do Instituto Nacional do Câncer de Maryland, nos Estados Unidos, usaram anticorpos que tinham como alvo proteínas nas superfícies de células cancerígenas.

Eles então acoplaram a substância química IR700 ao anticorpo. A IR700 é ativada quando atingida por luz infravermelha, que pode penetrar vários centímetros na pele.

Para testar a combinação, os cientistas implantaram tumores nas costas de camundongos. Eles receberam o medicamento e foram expostos a raios infravermelhos.

- O volume do tumor foi reduzido significativamente... em comparação com os camundongos não tratados e a sobrevivência foi prolongada. O ataque seletivo minimiza o prejuízo para as células normais.

Os autores dizem ainda que a combinação se revelou "uma terapia promissora" para o tratamento do câncer

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Albumina retirada do arroz é equivalente a derivada do sangue humano. Proteína do sangue humano a partir do arroz

Cientistas de uma universidade chinesa anunciaram nesta segunda-feira que haviam conseguido extrair, a partir do arroz, uma proteína encontrada no sangue humano denominada albumina, que é usada para tratar queimaduras, choques traumáticos e doenças no fígado.

Quando retirada das sementes do arroz, a proteína é "física e quimicamente equivalente à albumina derivada do soro sanguíneo humano (HSA)", afirmaram os cientistas em estudo publicado no periódico americano Proceedings of the National Academy of Sciences.

A descoberta pode revolucionar a produção de HSA, que costuma ser extraída das doações de sangue humano.

A demanda pela proteína sanguínea é de cerca de 500 toneladas ao ano em todo o mundo e a China sofreu, no passado, episódios preocupantes de escassez.

O método de extração de albumina do arroz foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Wuhan, na China, e colegas do Conselho Nacional de Pesquisas do Canadá e do Centro de Genômica Funcional da Universidade de Albany, no estado de Nova York.

Primeiro, os cientistas manipularam geneticamente as sementes de arroz para que produzissem níveis elevados de HSA. Em seguida, desenvolveram uma forma de purificar a proteína das sementes, coletando cerca de 2,75 gramas de albumina por quilograma de arroz.

Quando testaram a proteína extraída do arroz em camundongos com cirrose hepática, uma doença em que a albumina humana costuma ser usada, eles descobriram resultados similares ao tratamento feito com HSA.

"Nossos resultados sugerem que o biorreator de uma semente de arroz produz um custo-benefício de HSA recombinante que é seguro e capaz de satisfazer a demanda crescente por albumina humana", destacou o estudo.

A proteína costuma ser usada também na produção de vacinas e medicamentos e é aplicada em pacientes com sérias lesões derivadas de queimaduras, choque hemorrágico e doenças no fígado, afirmaram os cientistas.

Em 2007, a escassez da proteína na China fez os preços dispararem e provocaram um breve aumento no número de remédios à base de albumina fraudulenta no mercado. Uma vez que a substância é extraída do sangue humano, seu uso também gera o temor de transmissão de hepatite e HIV.

O plantio de arroz geneticamente modificado em larga escala, capaz de produzir sementes em quantidade suficiente para a produção em massa de albumina também suscita preocupações ambientais e de contaminação alimentar, uma vez que o arroz é um importante alimento em escala global.

No entanto, os autores do estudo destacaram que o arroz é um cultivo altamente derivado da auto-polinização, citando estudos anteriores que demonstraram "uma frequência muito reduzida (de 0,04% a 0,80%) do fluxo gênico mediado por pólen entre o arroz geneticamente modificado (OGM) e as plantas adjacentes não OGM".

Segundo os cientistas, mais pesquisas são necessárias para avaliar a segurança da proteína derivada do arroz em animais e seres humanos, antes de que possa sua produção possa ser considerada no mercado.

Assista menos TV e viva mais



No Brasil, o aumento do poder aquisitivo das classes C, D e E, e o consequente acesso dessas famílias a mais opções de lazer e de cultura, a televisão ainda ocupa lugar de destaque nos lares do país: ela ainda preenche o tempo livre da grande maioria da população. Do ponto de vista da saúde, esse é um hábito que traz doenças. E o pior: está associado com risco de morte prematura, especialmente causada por ataque cardíaco(infarto agodo do miocárdio) ou derrame (AVC).

A conclusão é de uma pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália, publicada no British Journal Sports Medicine. Os autores conseguiram estimar quanto o tempo assistindo TV reduz a expectativa de vida dos australianos (e de todo o mundo, afinal, não há nada saudável em permanecer sentado horas a fio, em frente à televisão, normalmente comendo e bebendo).

Partindo das mudanças no estilo de vida da população, o estudo constatou que aqueles que gastam uma média de seis horas/dia assistindo TV podem viver de quatro a oito anos menos do que as outras pessoas.

Cada hora em frente à televisão, após os 25 anos de idade, reduziria a expectativa de vida em quase 22 minutos.

Apesar de pesquisas como essas não serem tão precisas, por não considerarem inúmeras variáveis, elas nos ajudam a enxergar questões cotidianas por ângulos diferentes.

Você imaginaria que está perdendo muitos minutos de vida enquanto relaxa em frente ao seu aparelho de TV?

Mesmo que a relação não seja direta, é uma oportunidade para pensar em levantar do sofá e se envolver em ocupações ativas como cuidar da casa e fazer compras. Ou, se você gosta muito de televisão, assista enquanto faz esteira, pedala na ergométrica, se alonga ou faz exercícios localizados. Este, sim é um programão!

Vida longa com 15 minutos de sol

A vitamina D é encontrada em poucos alimentos e só é ativada, para ser usada pelo organismo, pelos raios ultravioletas B. Em apenas 15 minutos de exposição ao sol, uma simples reação química produz a substância que fortalece os ossos, turbina as atividades cerebrais e cardiovasculares e atua na produção de insulina pelo pâncreas (que regula o nível de glicose no sangue).

Outro grande benefício da vitamina D é o estímulo das células de defesa do corpo, além de participar no equilíbrio interno de todas as funções do organismo. Ou seja, ela contribui diretamente para uma vida mais longa e saudável.

Não é à toa que o número de trabalhos científicos em todo o mundo, sobre a substância, só faz aumentar. Autores de um estudo feito na Universidade da Califórnia (EUA), por exemplo, descobriram que como o organismo usa a vitamina D para muitas funções, a quantidade ideal recomendada seria de 2.000 UI (unidades internacionais), em dez das 400 até então propagadas, ligadas apenas à fixação do cálcio.

Isso evitaria, além da osteoporose, a depressão, a esquizofrenia, doenças respiratórias, pressão alta, aterosclerose (formação de placas de gorduras na parede das artérias), diabetes, cânceres (mama, cólon, próstata e pâncreas), infecções, fraqueza muscular e artrose. Uma maravilha, não?!

A vitamina D é encontrada em pequenas quantidades na manteiga, nata, gema de ovo e fígado, e em grande quantidade no óleo de fígado de peixes como lambari, bacalhau, arenque e atum. Tanto o leite materno como o de vaca são fontes pobres desta vitamina.

O que nos resta, então, é mesmo um rápido passeio matinal sob o sol, antes ou a caminho do trabalho, ou na hora do almoço. Não custa nada e nos deixa preparados para essa aventura que é o viver.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tratamento experimental faz paraplégico voltar a andar na Bahia




Tratamento experimental faz paraplégico voltar a andar na Bahia

Uma pesquisa desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz no laboratório do Hospital São Rafael, em Salvador, pode estar prestes a revolucionar a reabilitação de paraplégicos. A experiência foi aplicada em humanos pela primeira vez há seis meses e já tem resultados expressivos.

O primeiro voluntário, Maurício Ribeiro, voltou a caminhar apenas seis meses após receber um transplante de medula óssea de sua bacia para implantá-las na coluna vertebral. Ele realiza trabalho de reabilitação e, por enquanto, precisa da ajuda de um andador:

Eu dei o passo e me senti estranho, porque nove anos sem caminhar e perceber que eu estava conseguindo fazer isso sobre minhas próprias pernas. Então, foi uma sensação muito boa", garantiu o major da Polícia Militar.

Outros cinco pacientes já foram submetidos à mesma terapia e encontram-se em estágios diferentes de reabilitação. De acordo com Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião que participa das pesquisas, não há garantias de que essas pessoas voltarão a caminhar normalmente. Contudo, todas apresentaram algum tipo de evolução.

"É muito gratificante, e não somente isso, saber que isso é apenas uma ponta de iceberg, que com os resultados positivos nós podemos expandir essa técnica para um número maior de pacientes no futuro, além de continuar pesquisando formas de aprimorá-la".

Ainda segundo o pesquisador, a perspectiva é de que o tratamento possa ser aplicado em larga escala em cerca de 5 ou 10 anos.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Evite Toddynho.

Toddynho queimou como soda cáustica

Rio - Subiu para 29 o número de pessoas — entre elas, crianças — que tiveram lesões e queimaduras na boca e garganta após consumir o achocolatado Toddynho no Rio Grande do Sul. Segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) local, ao contrário do que havia informado a PepsiCo (fabricante do Toddynho), mais de um lote do produto estaria comprometido.

Resultados de análise feita pela vigilância gaúcha logo que apareceram os primeiros casos, há sete dias, revelaram que o produto tinha pH de 13,3 — semelhante ao de água sanitária e soda cáustica. Como os novo casos informados referem-se a outros lotes, mais amostras serão analisadas.

A PepsiCo informou por meio de nota que não há registro do problema em outros estados do País. Já o Cevs recomenda que a população não consuma o produto.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Idosos fogem da Holanda com medo da eutanásia

Idosos fogem da Holanda com medo da eutanásia
Deutsche Welle

Asilo na Alemanha converte-se em abrigo para idosos que fogem da Holanda com medo de serem vítimas de eutanásia a pedido da família. São quatro mil casos de eutanásia por ano, sendo um quarto sem aprovação do paciente.

Eutanásia praticada numa unidade de terapia intensiva


O novo asilo na cidade alemã de Bocholt, perto da fronteira com a Holanda, foi ao encontro do desejo de muitos holandeses temerosos de que a própria família autorize a antecipação de sua morte. Eles se sentem seguros na Alemanha, onde a eutanásia tornou-se tabu depois que os nazistas a praticaram em larga escala, na Segunda Guerra Mundial, contra deficientes físicos e mentais e outras pessoas que consideravam indignas de viver.
A Holanda, que foi ocupada pelas tropas nazistas, ao contrário, é pioneira em medidas liberais inimagináveis na maior parte do mundo, como a legalização de drogas, prostituição, aborto e eutanásia. O povo holandês foi o primeiro a ter o direito a morte abreviada e assistida por médicos. Mas o medo da eutanásia é grande entre muitos holandeses idosos.

Estudo justifica temores – Uma análise feita pela Universidade de Göttingen de sete mil casos de eutanásia praticados na Holanda justifica o medo de idosos de terem a sua vida abreviada a pedido de familiares. Em 41% destes casos, o desejo de antecipar a morte do paciente foi da sua família. 14% das vítimas eram totalmente conscientes e capacitados até para responder por eventuais crimes na Justiça.

Os médicos justificaram como motivo principal de 60% dos casos de morte antecipada a falta de perspectiva de melhora dos pacientes, vindo em segundo lugar a incapacidade dos familiares de lidar com a situação (32%). A eutanásia ativa é a causa da morte de quatro mil pessoas por ano na Holanda.

A Corte Européia dos Direitos Humanos negou à britânica Diane Pretty o direito de eutanásia


Margem para interpretação fatal – A liberalidade da lei holandesa deixa os médicos de mãos livres para praticar a eutanásia de acordo com a sua própria interpretação do texto legal, na opinião de Eugen Brysch, presidente do Movimento Alemão Hospice, que é voltado para assistência a pacientes em fase terminal, sem possibilidades terapêuticas. Para Brysch soa clara a regra pela qual um paciente só pode ser morto com ajuda médica se o seu sofrimento for insuportável e não existir tratamento para o seu caso. Mas na realidade, segundo ele, esta cláusula dá margem a uma interpretação mais liberal da lei.

Uma conseqüência imediata das interpretações permitidas foi uma grande perda de confiança de idosos da Holanda na medicina nacional. Por isso, eles procuram com maior freqüência médicos alemães, segundo Inge Kunz, da associação alemã Omega, que também é voltada para assistência a pacientes terminais e suas respectivas famílias.

A lei determina que a eutanásia só pode ser permitida por uma comissão constituída por um jurista, um especialista em ética e um médico. Na falta de um tratamento para melhorar a situação do paciente, o médico é obrigado a pedir a opinião de um colega. Mas na prática a realidade é outra, segundo os críticos da eutanásia e o resultado da análise que a Universidade de Göttingen fez de sete mil casos de morte assistida na Holanda.


Fonte: "Idosos fogem da Holanda com medo da eutanásia"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=imprensa&subsecao=mundo&artigo=20061215&lang=bra
Online, 19/09/2011 às 09:19h

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Formar médicos é coisa séria




Qualquer pessoa de bom senso sabe bem que o exercício da Medicina requer conhecimento científico de excelência, além de outros requisitos indispensáveis, como a postura humanística.

Ser médico não é um sacerdócio, diferentemente do que alguns defendem. Porém, exige compromisso, responsabilidade, entrega e uma formação impecável. No Brasil, infelizmente, isso não se aplica, ao menos quando falamos de políticas de educação e ensino.

Faz tempo que resolveram formar médicos dando prioridade à quantidade e não à qualidade
Foi assim nas últimas quatro décadas, período em que saltamos de 62 faculdades de Medicina para as atuais 180. Lamentavelmente a autorização de abertura de novos cursos médicos ocorreu - e ainda ocorre - sem critérios. Das novas faculdades, não se exigia corpo docente qualificado, infraestrutura adequada, hospital-escola e compromisso social. Assim, os empresários do ensino seguem criando escolas de péssima qualidade, pensando apenas em colher dividendos financeiros.

Claro que falamos em risco iminente à saúde e à vida da população. Além do que um médico com formação inadequada representa também desperdício para os cofres públicos. A incompetência retarda os diagnósticos, prejudica tratamentos, aumenta os gastos da assistência. Enfim, todos perdemos com ela.

A despeito do caos já bem conhecido ser continuamente denunciado por entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, muitas autoridades governamentais optam pela omissão, fazendo vistas grossas. Para complicar, frequentemente surgem aqueles que querem investir em fórmulas sabidamente equivocadas, como ocorre agora com os ministérios da Saúde e Educação. Virou notícia dias atrás a informação de que MEC e MS estariam trabalhando em um plano nacional de educação médica com o objetivo de aumentar o número de profissionais por habitantes no país. Todos sabemos que o problema de verdade não é a quantidade de médicos. O que deve ser feito é dar condição aos médicos para o exercício qualificado da profissão.

Isso passa, por exemplo, pela criação de condições de trabalho dignas, como estrutura física, equipamentos e acesso a exames de diagnostico, por remuneração justa no sistema de saúde suplementar, por gestão séria da saúde, e inclusive pela imediata regulamentação da Emenda Constitucional 29, que prevê mais recursos para a saúde. São igualmente complicadas propostas de bonificação da Residência Médica, cuja proposta indica que o médico que trabalhar até 2 anos em cidades carentes, no Programa Saúde da Família, obteria vantagens ao prestar exame de residência.

Trata-se de um desrespeito ao egresso remetê-lo a áreas longínquas e sem condições de trabalho, e também à população do local, que será servida por profissionais recém-formados, tensos e ansiosos pelas condições de trabalho e pela pouca experiência, como bem advertiu o Conselho Federal de Medicina. Aliás, dessa forma, o mérito é jogado fora. Para completar, é péssimo para os cidadãos, pois os recém-formados são médicos, mas não são especialistas.

Esperamos que essas insanidades não encontrem eco na sociedade.

Antonio Carlos Lopes*, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

PET e SPECT em neurologia e psiquiatria: do básico às aplicações clínicas

Cerca de cem anos depois da descoberta original dos raios-X por Roentgen, a medicina por imagem não tem parado de se desenvolver em várias frentes, que têm forçosamente de ser complementares e não competitivas. Entre as novas tecnologias de imagem, podem ser incluídas "imagem molecular", "diffusion-weighted MRI", "MRI funcional" e "MR spectroscopy".

As técnicas de "imagem molecular" contemplam os princípios da tomografia óptica ("optical imaging") - um futuro potencial cada vez mais iminente, principalmente devido à sua característica fundamental de não ser invasiva (sem utilização de radiação ionizante); da tomografia por emissão de pósitrons (PET); e da tomografia por emissão de fóton único (SPECT). Tanto com PET quanto com SPECT podem ser estudados química cerebral, neurotransmissão (neurônios pré e pós-sinápticos), assim como outras funções cerebrais, como por exemplo a utilização de glucose. Atualmente, os exames clínicos de PET e SPECT incorporados na rotina diária de muitos departamentos de medicina nuclear permitem obter:

• diagnóstico diferencial das demências, principalmente entre doença de Alzheimer, doença de Pick e demência com múltiplos infartes, e também distinguir estas de estados depressivos em doentes idosos;

• diagnóstico diferencial entre recidiva de tumores e necrose pós-radiação ou pós-cirurgia;

• demonstração in vivo da severidade da degenerescência dopaminérgica característica da doença de Parkinson;

• confirmação de morte cerebral, principalmente em casos de coma por intoxicação com barbitúricos.

Para além dessas aplicações clínicas, existem muitas outras áreas em investigação tanto clínica como básica nas quais essas duas técnicas de imagem são consideradas ferramenta fundamental, particularmente investigações farmacológicas in vivo no ser humano.

Conceitos metodológicos e algumas bases técnicas

O princípio básico de PET e de SPECT é que a instrumentação utilizada é apenas receptora de informação. Isto quer dizer que, para se obter as imagens, é necessário administrar aos pacientes um radiofármaco marcado, quer com um emissor de pósitrons para PET, quer com um emissor de fóton simples no caso de SPECT. A Tabela enuncia os radiofármacos que estão disponíveis para estudar funções cerebrais na rotina clínica de alguns departamentos de medicina nuclear.

Apesar da eficiência de detecção do sinal radioativo ser muito maior com PET do que com SPECT, seu uso fica limitado. Os radioisótopos emissores de pósitrons têm uma meia-vida radioativa muito curta (da ordem dos minutos, e de no máximo cerca de duas horas para o 18F) e têm que ser produzidos num ciclotron, cuja disponibilidade em geral é reduzida a alguns centros de investigação científica de grande poder econômico. Nem mesmo o recente aumento de interesse no uso de PET em oncologia, que levou ao desenvolvimento dessa tecnologia (principalmente com investimento privado), permitiu um alargamento significativo das aplicações clínicas. A maior parte dos centros de feição verdadeiramente clínica e que possuem ciclotron usam-no para produzir 18F e marcar glicose. SPECT torna-se assim uma proposição mais econômica e portanto com maior disponibilidade, mesmo em hospitais distritais. A melhoria de qualidade das câmaras gama, particularmente no que diz respeito à resolução e à eficiência de detecção (utilizando detectores múltiplos e colimadores de tipo "fan-beam"), juntamente com o desenvolvimento de novos radiofármacos, tem levado a um aumento crescente do interesse pela técnica de SPECT em neurologia e em psiquiatria.

Juntamente com tudo isto, a melhoria das técnicas de análise, com incorporação cada vez mais freqüente de processos de quantificação mais e mais precisos e corroborados por estudos de empíricos, tem propiciado uma maior credibilidade na técnica de SPECT. São disto exemplos claros a quantificação do fluxo cerebral regional e o cálculo do potencial de ligação a receptores. Finalmente, o desenvolvimento de técnicas de "fusão de imagens" de estrutura (CT scan e ressonância magnética - RM) e função (PET e SPECT) cerebral tornam a leitura e a interpretação dos padrões de patologia mais evidentes e credíveis.

Aplicações clínicas

Hoje em dia, o impacto de novas tecnologias em medicina é medido por fatores bem definidos que influenciam a gerência do doente e de sua doença, como, por exemplo: "razão custo-benefício", "deficiências dos critérios de diagnóstico clínico", "desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas", "adequada justificação perante tecnologias competitivas" e "morbilidade e efeitos indesejáveis". E, embora a utilização de radiação ionizante seja um problema significativo a ultrapassar, é por demais evidente que, nesta data, a informação funcional e específica fornecida (na prática clínica de rotina) com PET e, particularmente, com SPECT, é inultrapassável nas situações clínicas a seguir enunciadas. Assim, podemos afirmar que essas tecnologias devem ser aplicadas nas seguintes situações clínicas:

• diagnóstico diferencial das demências, incluindo a depressão dos idosos;

• avaliação pré-cirúrgica de doentes com epilepsia focal;

• avaliação da extensão e gravidade dos insultos vasculares (na ausência de RM de emergência com seqüências de difusão e perfusão) e no estabelecimento de parâmetros prognósticos;

• confirmação de morte cerebral, particularmente em casos difíceis, como por exemplo no coma da intoxicação por barbitúricos;

• avaliação das seqüelas neuropsiquiátricas após traumatismos encefálicos;

• diagnóstico diferencial entre doença de Parkinson e tremor benigno;

• diagnóstico diferencial entre doença de Parkinson e parkinsonismo induzido por fármacos;

• diagnóstico diferencial entre doença de Alzheimer e demência por corpos de Lewis (generalizados no cortex);

• diagnóstico diferencial entre recorrência tumoral intracerebral e necrose pós-radiação ou pós-cirurgia;

• diagnóstico diferencial entre linfoma do sistema nervoso central (SNC) e granuloma por toxoplasma ou tuberculoso em doentes com síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA).

Aplicações na descoberta e avaliação de novos fármacos (farmacologia clínica)

PET e SPECT podem definir com facilidade a farmacocinética de novos fármacos e demonstrar suas características e seu comportamento farmacodinâmico. Exemplos na literatura atestam essas capacidades e demonstram que essas tecnologias precisam ser mais exploradas. A esquizofrenia, a doença de Parkinson e a toxicodependência, especialmente à cocaína, são exemplos flagrantes. Avanços recentes da química e da biologia nucleares desenvolveram marcadores radioativos de receptores da serotonina, acetilcolina, nicotina, opióides, GABA, NMDA e outros mediadores interneuronais do SNC que começam a ser aplicados em investigação pré-clínica em seres humanos.

Embora a ressonância magnética funcional (fMRI) tenha algumas vantagens sobre PET e SPECT, devido às suas características de melhor resolução espacial e, principalmente, temporal, não-invasiva (sem uso de radiação ionizante), que permite múltiplas seqüências/estudos do mesmo indivíduo na mesma sessão, os modelos para quantificação de informação e a capacidade de estudar uma gama muito maior de funções cerebrais, que incluem principalmente a neurotransmissão e os neurorreceptores, são específicos da tomografia de emissão (PET e SPECT).



REFERÊNCIAS

1. Mitchell RLC, Elliott R, Woodruff PWR. fMRI and cognitive dysfunction in schizophrenia. Trends Cogn Sci 2001;5(2):71-81.

2. Tempany CMC, McNeil BJ. Advances in biomedical imaging. JAMA 2001;285(5):562-7.

3. Catafau A. Brain SPECT in clinical practice. Part I: Perfusion [continuing education]. J Nucl Med 2001;42(2):259-71.

4. Costa DC, Pilowsky LS, Ell PJ. Nuclear medicine in neurology and psychiatry. Lancet 1999;354:1107-11.

5. Costa DC, Morgan GF, Lassen NA, editors. New trends in neurology and psychiatry. London: John Libbey & Company Ltd.; 1993.

6. Costa DC, Ell PJ, editors. Brain blood flow in neurology and psychiatry. Clinician's guide to nuclear medicine. London: Churchill Livingstone; 1991.



Correspondência: Durval Campos Costa
Institute of Nuclear Medicine, UCL - Middlesex Hospital site - Mortimer Street - London W1T 3AA
Tel.: (00xx44) (20) 7380-9426 - Fax: (00xx44) (20) 7436-0603 - E-mail: d.costa@nucmed.ucl.ac.uk

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Refrigerantes podem aumentar pressão arterial, diz estudo

O consumo de refrigerantes e outras bebidas com grande quantidade de açúcar traz risco de aumento da pressão arterial, segundo afirma um estudo realizado por especialistas americanos e britânicos.

A pesquisa, feita com 2,5 mil pessoas e publicada na revista científica Hypertension, afirma que beber mais de 355 ml diários de bebidas com gás ou sucos de fruta contendo açúcar é o suficiente para desequilibrar a pressão.

Embora o motivo exato desta relação entre pressão e refrigerantes ainda não seja clara, os cientistas acreditam que o excesso de açúcar no sangue prejudica o tônus das veias sanguíneas e desequilibra os níveis de sal no organismo.

Na pesquisa, os participantes - todos americanos e britânicos, com idades entre 40 e 59 anos - anotaram o que haviam comido nas 24 horas anteriores e fizeram um exame de urina, além de terem medida a sua pressão arterial.

De acordo com a pesquisa, para cada lata de bebida com açúcar consumida por dia, os participantes tinham em média uma alta de 1,6mmHg (milímetro de mercúrio) em sua pressão sistólica (quando o coração se contrai e bombeia sangue no corpo).

Já a pressão diastólica - quando o coração relaxa e recebe o sangue do sistema circulatório - teve um acréscimo de 0,8mmHg para cada lata de refrigerante ou suco contendo açúcar bebido por dia.

Os cientistas descobriram que o consumo de açúcar era maior entre aqueles que tomavam mais de uma bebida açucarada por dia.

Além disto, segundo o estudo, os indivíduos que consumiam mais de uma dose diária de refrigerantes e bebidas açucaradas ingeriam em torno de 397 calorias a mais por dia do que as pessoas que bebiam produtos sem açúcar.

A entidade American Heart Association, sediada nos Estados Unidos, recomenda que não se consuma mais do que três latas de refrigerante de 355ml por semana.

Os cientistas também verificaram que, em geral, as pessoas que consumiam muitas bebidas açucaradas tinham dietas menos saudáveis e tinham uma tendência maior para o sobrepeso.

No entanto, segundo o estudo, a ligação entre refrigerantes e o aumento da pressão foi verificada nas pessoas entrevistadas independentemente destes fatores.

Sal e açúcar

No estudo, a relação entre bebidas açucaradas e pressão alta foi muito evidente em pessoas que consomem grandes quantidades tanto de sal quanto de açúcar. Médicos afirmam que o excesso de sal na dieta contribui para o aumento da pressão arterial.

"É amplamente sabido que, se você tiver muito sal em sua dieta, você terá mais chance de ter pressão alta", diz o cientista responsável pelo estudo, Paul Elliott, da Escola de Saúde Pública do Imperial College (Londres).

"Os resultados deste estudo sugerem que as pessoas também devem ter cuidado com quanto açúcar consomem", afirma.

A pressão alta é o maior fator de risco para doenças cardiovasculares. Médicos estimam que uma pessoa com uma pressão de 135mmHg por 85mmHg tem duas vezes mais chance de ter um enfarte ou um derrame cerebral do que alguém com 114mmHg por 75mmHg.

A entidade British Heart Foundation, com sede no Reino Unido, afirma que mais estudos são necessários para entender melhor a relação entre pressão arterial e açúcar.

A nutricionista-chefe da fundação, Victoria Taylor, diz que evitar o consumo em excesso de bebidas açucaradas é o melhor caminho para impedir a obesidade, outro fator de risco para doenças cardíacas.

Estresse pode diminuir chances de mulher engravidar

Especialistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, mediram a quantidade de hormônios associados ao estresse em mulheres que tentavam engravidar naturalmente e concluíram que as mais estressadas tinham mais dificuldade em ficar grávidas.

Técnicas de relaxamento talvez ajudem alguns casais, mas são necessárias mais pesquisas sobre o assunto, diz a equipe.

O estudo, publicado na revista científica Fertility and Sterility, monitorou 274 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 40 anos que tentavam ficar grávidas.

Especialistas já sabem que idade, hábito de fumar, obesidade e consumo de álcool interferem nas chances de gravidez, mas a influência do estresse é menos clara.

A equipe da Universidade de Oxford mediu dois hormônios vinculados ao estresse, a adrenalina e o cortisol, a partir de exames da saliva das participantes.

A adrenalina é liberada pelo organismo quando a pessoa está, ou julga estar, em situações ameaçadoras ou perigosas. O cortisol está associado ao estresse crônico.

As mulheres que tinham índices maiores de alfa-amilase na saliva (uma proteína que pode servir como indicador na medição de índices de adrenalina) apresentaram uma redução de 12% nas suas chances de engravidar nos dias férteis em comparação às que tinham os níveis menores do indicador.

Os pesquisadores não encontraram associações entre chances de engravidar e a presença do hormônio cortisol.

Ioga

Uma das integrantes da equipe responsável pelo estudo, a cientista Cecilia Pyper, da National Perinatal Epidemiology Unit da Universidade de Oxford, disse que o objetivo do trabalho é melhorar a compreensão dos fatores que influenciam a gravidez em mulheres saudáveis.

"Este é o primeiro estudo a revelar que um medidor biológico do estresse está associado às chances de uma mulher ficar grávida naquele mês", explicou Pyper.

"A descoberta reforça a ideia de que casais que estão tentando ter um bebê devem procurar ficar tão relaxados quanto possível".

"Em alguns casos, pode ser importante procurar técnicas de relaxamento, terapia e até ioga e meditação".

A pesquisa foi feita em colaboração com o Eunice Kennedy Shriver National Institute for Child Health and Human Development, nos Estados Unidos.

Ela é parte de um estudo maior, que tenta avaliar os efeitos do fumo, álcool e cafeína sobre as chances de gravidez.

Um novo estudo britânico afirma que mulheres que engravidam a partir dos 40 tendem a cuidar melhor da saúde dos filhos.

Segundo a pesquisa - feita com 38 mil crianças - bebês nascidos de mães mais velhas tendem a sofrer menos acidentes até os 5 anos.

Eles também precisam menos de atendimento hospitalar, e tendem a ter todas as vacinas em dia, se comparados com filhos de mães mais jovens.

"Uma série de estudos já comprovou que é arriscado ter filhos em idade avançada. Mas se você é uma mãe mais velha, é provável que cuide melhor da saúde do bebê", disse o pediatra Alastair Sutcliffe, autor do trabalho.

O estudo foi apresentado na última quarta-feira no Encontro Anual da Sociedade Real de Pediatria e Saúde Infantil da Grã-Bretanha.

Bebês saudáveis

Sutcliffe diz que sua equipe examinou dados de grupos de crianças que pertenciam a dois outros estudos.

Um dos grupos participava de uma pesquisa sobre bebês nascidos no início do novo milênio. O outro era parte de um programa do governo britânico para melhorar as condições de saúde de crianças nascidas de famílias pobres.

"Nos dois programas, as crianças foram examinadas periodicamente aos 9 meses, aos 3 e aos 5 anos. A nossa equipe decidiu utilizar os dados destas medições para comparar o desenvolvimento da saúde dos bebês de mães com 40 anos ou mais com as outras", diz Sutcliffe.

Os pesquisadores usaram quatro parâmetros para examinar a saúde das crianças: número de acidentes sofridos, número de vezes em que foram internadas em hospitais, Índice de Massa Corporal e vacinação.

De acordo com o pediatra, até os 5 anos os filhos de mulheres com mais de 40 tendem a ser mais saudáveis em geral.

"Eles sofreram menos acidentes, foram internados com doenças graves menos vezes e, pelo menos até os 9 meses tinham as vacinas mais em dia", disse.

No entanto, o pesquisador explica que o estudo identificou uma leve tendência destas crianças a ganhar peso rapidamente. Segundo ele, isso seria uma influência do Índice de Massa Corporal das mães, que costuma aumentar com a idade.

Os resultados foram os mesmos independentemente da classe social das mães.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A religiosidade e suas interfaces com a medicina, a psicologia e a educação - Religiosity and its interfaces with medicine, psychology, and education

Resumo
A dissociação metodológico-ideológica, que durante séculos separou a ciência da religião, sofreu um considerável golpe em sua tenacidade, com uma visível tendência a atenuar-se nesse final de século. Igreja e ciência, de parte a parte, dedicam-se a uma decidida aproximação. A medicina, em primeiro termo, seguida pela psicologia e mais recentemente pela educação são ciências que se dedicaram a fazer interfaces e a buscar tentativas intertransdisciplinares, com a religiosidade em variadas formas de expressão. As conseqüências sobre a saúde, seja de caráter terapêutico ou no sentido preventivo, têm mostrado uma correlação entre a presença da religiosidade e uma variada gama de situações clínicas, como a menor propensão à delinqüência, ao abuso de substâncias, às separações matrimoniais e às condutas suicidas. No entanto, estudos que correlacionam a religiosidade e os achados neurocientíficos têm, consistentemente, demonstrado a associação entre modificações neuroelétricas e neuroquímicas, além da atividade religiosa. De modo análogo, mas de forma ainda incipiente, a influência da religiosidade sobre os processos educacionais é apontada em diferentes estudos. A conclusão sobre essa visão interdisciplinar, entretanto, aponta ainda a existência de resultados díspares – indicativos da necessidade de aprofundar os estudos – para melhorar a qualidade das evidências.

Descritores

Religiosidade. Interdisciplina. Medicina. Psicologia. Educação.

Medicina e religiosidade

A área da saúde é uma das que, mais precoce e profundamente, tem investigado o tema medicina versus religiosidade.

O setor médico, em especial, dedica, há algumas décadas, sobretudo a dos anos 90, uma grande atenção ao tema. Quem não ficaria estarrecido até bem pouco, seja médico ou religioso, diante de afirmativas como:

1. estados de meditação profunda, de experiências místicas intensas ou de imersão religiosa associam-se às alterações eletroencefalográficas;

2. técnicas de imagens cerebrais, tipo Spect (single photon emission computed tomography) ou Pet (positron emission tomography), ou ressonância magnética mostram aumento de atividade em algumas áreas cerebrais e diminuição em outras áreas durante os estados mentais-corporais antes referidos;

3. experiências místicas e meditativas são processos, provavelmente, mensuráveis e quantificáveis;

4. o bem-estar espiritual é uma das dimensões de avaliação do estado de saúde, junto às dimensões corporais, psíquicas e sociais;

5. médicos defendem que a reza intercessória (por outrem) pode ser um fator coadjuvante no tratamento de pacientes cardíacos.

Qualquer dessas afirmativas soaria, há duas ou três décadas, como algo completamente estranho e ilegítimo, tanto ao pensamento religioso quanto ao científico. Ciência e religião eram campos historicamente opostos, pelo menos, na cultura do ocidente. O apego da cultura ocidental por um pensamento linear (causalista e simplificador) e seu encantamento pelos avanços tecnológicos e sua crença numa filosofia empirista – em síntese, a adição ocidental ao positivismo estrito – configuram um conjunto de condições que, provavelmente, proporcionaram o isolamento e estimularam os conflitos entre religiosidade e pensamento científico.

Hoje, afirmar que a religiosidade de uma pessoa afeta seu corpo, sua mente, sua interação com os outros, além de seu espírito soa menos estranho, embora ainda seja, em muitos círculos, motivo para desconfiança e inquietação.

Atualmente, os estudos sobre os efeitos da religiosidade já se mostram sustentados por algumas evidências, inclusive empíricas. Estudos com Pet, em sujeitos capazes de meditação profunda praticando ioga, mostraram um aumento do metabolismo da glicose cerebral, quando se avaliou a relação dessa atividade metabólica entre as zonas frontal e occipital.4 Na mesma direção, estudos de Newberg et al5 evidenciaram aumento significativo da atividade cerebral, na região do córtex pré-frontal, durante a meditação, o que é consistente com o processo de atenção focalizada.O exame mais detalhado das relações entre religiosidade e condições físicas, psíquicas e sociais do indivíduo só pôde ocorrer depois que a cultura conseguiu desatrelar-se do pensamento positivista estrito, dominante até o século XX. Nas últimas décadas, o processo de emergência de um novo paradigma, fato que está ainda a ocorrer,6 é que deu sustentação para que, em lugar de distanciamento e desconfiança, surgisse proximidade e interesse recíproco a religiosos e cientistas.

Maass,7 por exemplo, investiga a tese de que orações podem ajudar a curar doentes. Preces intercessoras dirigidas, antes das intervenções de médicos, a pacientes que se submeteriam a angioplastias trazem resultados positivos, formando, assim, um elo entre espiritualidade e saúde.

Ainda que revistas científicas de impacto elevado, como Lancet, New England Journal of Medicine, Archives of Internal Medicine, JAMA, ampliem gradativamente seus espaços a temas religiosos, atualmente é prematuro e “inapropriado” ligar atividades religiosas a resultados médicos devido à carência de evidências sólidas e aos substanciais assuntos éticos ainda não examinados”.8 Assim, ao considerarem a complexidade e o tempo médico que seriam requeridos para poder tratar desses assuntos em profundidade com os pacientes, vários autores8,9 mostram-se reticentes em prescrever, diretamente, um envolvimento médico amplo sobre temas religiosos durante as consultas. Mas, não apenas a área médica mostra-se investindo nesse assunto.

Fonte: http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/especial07.htm

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Implante de células animais em humanos é aprovado pela primeira vez

Pela primeira vez, um xenotransplante foi aprovado: o implante de células animais para o corpo humano. Autoridades russas consentiram o tratamento no país, realizado em pacientes de diabetes tipo 1.

A diabetes tipo 1 ocorre quando as células produtoras de insulina do pâncreas são destruídas.

Sendo assim, as pessoas que sofrem da condição têm que injetar insulina em sua corrente sanguínea para regular seus níveis de glicose.

Isso pode causar oscilações de açúcar no sangue, que por sua vez podem levar a outras complicações.

O xenotransplante russo envolve a inserção de células produtoras de insulina de porcos, revestidas com uma capa protetora, no pâncreas humano, a fim de substituir as células nativas esgotadas lá.

O tratamento reduz a necessidade de injeções de insulina.

A camada protetora de algas marinhas evita que o sistema imunológico do paciente ataque as células animais “estrangeiras”.

Apesar de ser aprovado na Rússia, o tratamento foi desenvolvido pela Living Cell Technologies, na Nova Zelândia. Nos testes realizados até agora, o tratamento se saiu razoavelmente bem.

Seis dos oito pacientes diabéticos apresentaram melhora e foram capazes de reduzir as suas injeções diárias de insulina. Dois deles absolutamente não precisaram mais de injeçõe

Viver sem colesterol é impossível

Colesterol é um nutriente imprescindível à vida!

Milhões de pessoas escutam seus médicos falarem que o colesterol causa problemas cardíacos, aumenta o risco de acidentes vasculares cerebrais, enfarto do miocárdio, trombose, êmbolos pulmonares, dentre outros problemas do sistema cardiovascular, fazendo com que essas pessoas criem uma aversão a esse. Mas será que uma dieta isenta em colesterol faz bem ao organismo? A verdade é que sem o colesterol nosso corpo não funciona da maneira adequada.

Funções do Colesterol

• Em primeiro lugar, as gorduras saturadas e o colesterol constituem quase a metade da membrana celular de diferentes células do organismo, além de reforçar e enrijecer tecidos como os vasos sanguíneos.

• O cérebro humano é rico em colesterol - cerca de 25% de todo colesterol que possuímos se encontra nesse órgão. O sistema nervoso central necessita deste para sua constituição e realização de suas múltiplas funções. Pesquisas mostram que fetos que não recebem quantidades suficientes de colesterol, durante seu desenvolvimento podem nascer com uma anomalia congênita, a Ciclopia (desenvolvimento de apenas um olho).

• 20% da mielina é colesterol. Caso se interfira na capacidade do organismo de produzir colesterol, põe-se em risco a própria estrutura do cérebro e do sistema nervoso.

• Níveis baixos de colesterol em uma população ocasionam uma mudança generalizada nos padrões comportamentais, sendo essas pessoas propensas a ter instabilidade emocional.

• Nossas glândulas endócrinas (supra-renais e sexuais) tem a função de produzir hormônios esteróides: testosterona, progesterona, estrona, aldosterona e outros. E tais hormônios só são produzidos a partir do colesterol.

• O colesterol é constituinte da bile, necessária para a digestão e absorção de gorduras e de vitaminas lipossolúveis, como a vitamina D, que é produzida a partir do colesterol da nossa pele, quando exposto à luz do sol.

• Quando estamos com alguma infecção é o colesterol LDL que cuida do ataque bacteriano ou viral e indivíduos com baixo colesterol no sangue ficam propensos a diversas infecções, sofrem mais tempo com elas e têm mais chance de morrer devido essas causas.

Fontes exógenas de Colesterol
1. Caviar é a fonte mais rica, com 588 mg de colesterol para cada 100 gramas.

2. O óleo de fígado de bacalhau está logo atrás, com 570 mg de colesterol para cada 100 gramas.

3. A gema de ovo fresco vêm em terceiro lugar, 424 mg de colesterol para cada 100 gramas.

4. A manteiga natural propicia 218 mg de colesterol para cada 100 gramas.

5.Peixes de água fria, como marisco, salmão, cavala, sardinha e camarão fornecem boas quantidades de colesterol, variando entre 173 a 81 mg por 100 gramas.

6. A banha de porco fornece 94 mg de colesterol para cada 100 gramas.

7.Produtos vegetais,como a linhaça e o amendoim também contêm compostos como o colesterol,os fitoesteróis.

O que é a Doença Celíaca? Como tratar?

Segundo um estudo apresentado no início de 2007 pela Unifesp, que analisou o sangue de 3 mil doadores, 1 em cada 214 eram celíacos. Seguindo essa média, estima-se que no Brasil existam quase 4 milhões de portadores da doença, a maioria sem sequer desconfiar da sua existência. Um número que merece atenção, pois a doença celíaca é responsável por disfunções que vão desde desnutrição, perda de peso, osteoporose até câncer de intestino. Como os sintomas são comuns a diversos outros males, muitas vezes a pessoa não desconfia que tem a doença e passa anos enfrentando enfermidades e incômodos que poderiam ser evitados com o tratamento.

E o que é o GLÚTEN? É a principal proteína presente no Trigo, Aveia, Centeio, Cevada, e no Malte (sub-produto da cevada), cereais amplamente utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, assim como cosméticos e outros produtos não ingeríveis. Na verdade, prejudicial e tóxico ao intestino do paciente intolerante ao glúten são "partes do glúten", que recebem nomes diferentes para cada cereal.

No Trigo é a Gliadina, na Cevada é a Hordeína, na Aveia é a Avenina e no Centeio é a Secalina. O Malte, muito questionado, é um produto da fermentação da cevada, portanto apresenta também uma fração de glúten.

Os produtos que contenham malte, xarope de malte ou extrato de malte não devem ser consumidos pelos Celíacos. O glúten não desaparece quando os alimentos são assados ou cozidos.

É no intestino delgado onde ocorre a absorçãos dos nutrientes e qualquer alteração em sua estrutura pode ter como consequencia a redução da absorção de nutrientes, neste caso a proteína do glúten agride e danifica as vilosidades do intestino delgado modificando a mucosa intestinal.

O quadro clínico da doença se manifesta com e sem sintomas. No primeiro caso, há duas formas:

• A CLÁSSICA: É freqüente na faixa pediátrica, surgindo entre o primeiro e terceiro ano de vida, ao introduzirmos alimentação à base de papinha de pão, sopinhas de macarrão e biscoitos, entre outros industrializados com cereais proibidos. Caracteriza-se pela diarréia crônica, desnutrição com déficit do crescimento, anemia ferropriva não curável, emagrecimento e falta de apetite, distensão abdominal (barriga inchada), vômitos, dor abdominal, osteoporose, esterilidade, abortos de repetição, glúteos atrofiados, pernas e braços finos, apatia, desnutrição aguda que podem levar o paciente à morte na falta de diagnóstico e tratamento.

• NÃO CLÁSSICA: Apresenta manifestações monossintomáticas, e as alterações gastrintestinais não chamam tanto a atenção. Pode ser por exemplo, anemia resistente a ferroterapia, irritabilidade, fadiga, baixo ganho de peso e estatura, prisão de ventre, constipação intestinal crônica, manchas e alteração do esmalte dental, esterilidade e osteoporose antes da menopausa.

• ASSINTOMATICA: São realizados nestes casos, exames (marcadores sorológicos) em familiares de primeiro grau do celíaco, que têm mais chances de apresentar a doença (10%). Se não tratada a doença, podem surgir complicações como o câncer do intestino, anemia, osteoporose, abortos de repetição e esterilidade.

A doença celíaca não tem cura, mas há tratamento e este consiste basicamente na dieta, com exclusão de alimentos que contenham o glúten. Segue abaixo uma lista com os alimentos permitidos e outra com os alimentos proibidos:

Alimentos permitidos:

• Arroz = farinha de arroz, creme de arroz, arroz integral e derivados

• Milho = fubá, farinha, amido de milho (maisena), flocos, canjica e pipoca

• Batata = fécula ou farinha

• Mandioca ou Aipim = fécula ou farinha, como a tapioca, polvilho doce ou azedo

• Macarrão de cereais = arroz, milho e mandioca

• Cará, Inhame, Araruta, Sagú, Trigo sarraceno

• Sucos de frutas e vegetais naturais, refrigerantes e chás

• Vinhos, champagnes, aguardentes e saquê

• Cafés com selo ABIC

• Leite em pó, esterilizados (caixas tetrapack)

• leites integrais, desnatados e semi desnatados

• Leite condensado, cremes de leite, leite fermentado

• Queijos frescos, tipo minas, ricota, parmesão

• Pães de queijo

• Todas as carnes

• Todos as verduras e legumes

• Condimentos: sal, pimenta, cheiro-verde, erva, temperos caseiros, maionese caseira, vinagre fermentado de vinhos tinto e de arroz.

Alimentos proibidos:

• TRIGO = farinha, semolina, germe e farelo

• AVEIA = flocos e farinha.

• CENTEIO

• CEVADA = farinha

• MALTE = Cerveja, whisky, vodka, gin, e ginger-ale. Ovomaltine, bebidas contendo malte, cafés misturados com cevada. Outras bebidas cuja composição não esteja clara no rótulo. Leites achocolatados que contenham malte ou extrato de malte, queijos fundidos, queijos preparados com cereais proibidos.

OBS: Na dúvida ou ausência das informações corretas nas embalagens, não adquira o produto!!!

Receita: MUFFINS

• ¼ xíc de açúcar mascavo

• 2 Colheres de sopa de manteiga

• 2 ovos

• 2/3 xíc de creme de arroz

• 1 Colher de sopa de polvilho doce

• 1 colher de café de fermento em pó

• 1 colher de café de sal

• ¾ xíc de leite

• 1 xíc de uvas passa pretas

• 1 cenoura ralada

• 1 cc de canela em pó

MODO DE PREPARAR: Bata o açúcar mascavo com a manteiga, junte os ovos, o creme de arroz, o polvilho doce e bata bem com uma colher de pau. Adicione os demais ingredientes e bata mais um pouco. Coloque a mistura em forminhas untadas e enfarinhadas e leve para assar.
IMPORTANTE: Esta massa não deve ser batida na batedeira.

Hoje em dia é possível se alimentar bem e sem sentir falta de alguns alimentos que contém glúten, devido à tecnologia dos alimentos, que cada vez mais, trabalha desenvolvendo novos produtos que tenham sabor e tragam benefícios e satisfação a indivíduos sadios ou portadores de alguma doença. Mas é importante ter confiança no fabricante ou estabelecimento de compra, pois um produto que não contém glúten, por exemplo, se assado na mesma forma do que contém é capaz de desencadear os sintomas.

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