quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Transtorno raro e mortal que afeta apenas homens



Os cientistas descobriram mais uma 

Uma doença mortal e rara com uma taxa de mortalidade extremamente alta que afeta apenas homens. Tem uma taxa de mortalidade de 40%, uma das mais altas do mundo.

Os médicos dizem que os homens com síndrome de VEXAS ficam muito doentes e não respondem a nenhum tratamento, e mesmo as altas doses de esteróides e quimioterapias não ajudam.


Estes são os sintomas que você precisa saber

A síndrome VEXAS é uma condição autoinflamatória, o que significa que a inflamação letal é causada pelo seu próprio corpo. Os sintomas desta doença são febres repentinas sem qualquer causa, coágulos sanguíneos, inflamação da cartilagem, inflamação dos tecidos pulmonares e vasos sanguíneos.

A inflamação dos vasos sanguíneos é especialmente perigosa porque pode danificar os órgãos vitais do corpo.


O que é a síndrome VEXAS?


Normalmente, os cientistas identificam novas doenças observando os sintomas e estudam pessoas com sintomas semelhantes para encontrar um gene comum que causa problemas.

Desta vez, eles fizeram o oposto. 

Eles procuraram 800 genes que causam inflamação e, em seguida, cruzaram a referência desses genes com pessoas com problemas de saúde não diagnosticados.

Eles descobriram que muitos homens tinham essa doença até então desconhecida.

Outra particularidade sobre essa doença é que, embora as pessoas nasçam com o gene que a causa, as pessoas nascem livres da doença. Ela aparece do nada em algum momento da vida e não há cura para ela.

A síndrome não parece ocorrer até a idade adulta e foi encontrada apenas em homens. Uma razão para isso pode ser que a mutação está ligada ao cromossomo X. Os homens têm apenas um cromossomo X, enquanto as mulheres têm dois. Os pesquisadores levantaram a hipótese de que o cromossomo X adicional poderia de alguma forma anular a mutação e fornecer um efeito protetor. (Na verdade, outras doenças genéticas, como certos tipos de hemofilia, também são ligadas ao X e, portanto, são muito mais prováveis ​​de ocorrer em homens do que em mulheres.)

A pesquisa sobre a doença foi publicada no New England Journal of Medicine e continua a busca por terapias eficazes para a doença.

sábado, 17 de outubro de 2020

Como retardar o envelhecimento




Agora podemos desenvolver estratégias para um envelhecimento cerebral mais saudável. 

A socialização pode ser incentivada, pois os laços sociais podem ajudar a retardar o envelhecimento do cérebro. 

Outra estratégia é tentar evitar a exposição aos poluentes ambientais.

Depende de nós melhorar nosso estilo de vida, principalmente controlando nossa alimentação e atividade física. Foi demonstrado que atividades físicas leves, como caminhar, evitam a perda de volume cerebral associada ao envelhecimento. Junto com a prática de exercícios físicos adequados, uma dieta balanceada pode reduzir o acúmulo dos  radicais livres. Essas medidas podem fortalecer nossas defesas e retardar a deterioração do cérebro e o aparecimento de doenças.


Existem vários alimentos que mantêm o cérebro forte contra o envelhecimento. É o caso dos flavonóides do cacau, que estão relacionados à melhor circulação sanguínea e memória.

O consumo de fígado e gema de ovo, ricos em fosfatidilserina e ácido fosfatídico, ajuda a melhorar a memória em idosos saudáveis ​​e doentes. Sem esquecer que a ingestão de alimentos ricos em colina - como bacalhau, ovo cozido ou fígado bovino - favorece os sistemas de comunicação do cérebro e o protege ao reduzir o depósito de proteínas prejudiciais. Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 também fortalecem as conexões entre os neurônios e retardam o envelhecimento do cérebro.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Dicas para ter qualidade no sono



O repouso correto melhora o bem-estar geral e ajuda a ter um envelhecimento saudável. Durante o sono, ocorrem processos para o fortalecimento da imunidade, consolidação do aprendizado e memória, para o bom funcionamento do corpo


Mudanças do sono no decorrer do tempo

À medida que o tempo passa, ocorrem alterações no processo de envelhecimento no corpo e o padrão de sono também é modificado. Um dos sinais é a dificuldade em adormecer, já que o sono se torna mais superficial e fragmentado.

O sono é influenciado pela melatonina, um hormônio produzido no cérebro. A produção dessa substância sofre interferência de vários fatores, inclusive da idade, pois a sua quantidade é reduzida pelo processo de envelhecimento. Conforme acontecem essas alterações hormonais, as pessoas com mais idade passam a ter um sono leve e irregular.

Por isso, quem tem mais de 60 anos geralmente experimenta interrupções no sono e acorda várias vezes à noite. Ainda que a vontade de dormir comece um pouco mais cedo, essas alterações no ritmo geram a sensação de não ter dormido o suficiente. Isso pode ser influenciado por distúrbios noturnos que afetam a qualidade do sono. Os mais comuns são apneia (parada da respiração), ronco e insônia.

Ainda que haja mudanças fisiológicas com o passar da idade, entretanto, esses desequilíbrios podem ser diminuídos por meio de tratamentos para melhorar a qualidade do sono. Além disso, as consequências das noites mal dormidas não se limitam apenas à sensação de cansaço, instabilidade de humor e irritabilidade. 

Não dormir bem pode aumentar o risco de doenças crônicas como pressão alta, obesidade e diabetes.


A importância da qualidade do sono

Independentemente da idade, melhorar a qualidade do sono ajuda a manter um estilo de vida muito mais saudável, devido à relação entre o repouso adequado com a disposição física e a estabilidade mental. Nesse sentido, é necessário buscar medidas mais eficazes para controlar os sintomas da falta de sono e melhorar o bem-estar e a saúde. Na terceira idade, período em que o repouso inadequado gera ainda mais prejuízos, essas intervenções são fundamentais.

Além das alterações características do envelhecimento, a qualidade do sono também é influenciada pelas mudanças que ocorrem em quem já passou dos 60 anos. Muitas delas surgem como impacto de questões emocionais ligadas à aposentadoria, à diminuição da autonomia, além de fatores relacionados ao surgimento de doenças crônicas.


Selecionamos algumas das complicações frequentes que ocorrem pelas alterações no sono. Embora sejam mais comuns nos idosos, esses distúrbios do sono podem aparecer em qualquer etapa da vida. 


Insônia

A insônia é um desequilíbrio que pode ser influenciado por fatores físicos, emocionais e ambientais, por isso, ela pode ter muitas causas. Alguns indivíduos são mais propensos à insônia quando estão vulneráveis ao estresse, em tratamentos de doenças agudas ou crônicas, em trabalhos noturnos ou ainda por mudanças de hábitos.

Alguns episódios de insônia, podem durar por muito tempo, quando existe associação entre as causas das dificuldades de dormir e mundanças de comportamento. Até mesmo o esforço para dormir pode ser um fator de piora da insônia.

Preocupações com situações não resolvidas ou o hábito de fixar a atenção em fenômenos do ambiente — como barulhos da rua, ruídos ou mesmo o som da televisão — podem provocar irritabilidade e comprometer o início do sono. O ideal é avaliar as razões que geram essa dificuldade de adormecer e buscar orientação profissional a fim de solucionar o problema, antes que a insônia evolua para complicações mais graves.

Além da sensação de fadiga e de cansaço no dia seguinte, a insônia pode resultar em mau humor, indisposição, ansiedade, irritabilidade e dificuldades de memória. Porém, uma das principais manifestações dos insones é a sonolência diurna, quadro que compromete a realização de atividades que exigem raciocínio e concentração.

No idoso, a insônia pode estar associada às condições psicofisiológicas, pois, questões emocionais influenciam bastante a qualidade do sono. Entre as desordens mais comuns observam-se queda da autoestima pela perda gradual da autonomia, sentimentos de solidão, instabilidade financeira, exposição reduzida à luz solar, distúrbios alimentares e transtornos de ansiedade.


Apneia obstrutiva do sono

Essa doença é caracterizada pela diminuição da frequência respiratória ou mesmo de rápidas paradas respiratórias durante o sono. Desta maneira, instala-se um quadro de dificuldade de oxigenação do sangue e do cérebro, o que resulta em vários despertares noturnos. Mesmo que ocorra em pessoas de todas as idades, a tendência à apneia obstrutiva do sono é proporcional ao aumento da idade.

Esse tipo de desajuste do sono em pessoas com mais de 60 anos pode ser influenciado pelo estreitamento das vias aéreas superiores. Isso resulta do enfraquecimento dos músculos da laringe e da faringe, condição que compromete a passagem do ar enquanto a pessoa dorme. O aumento do peso e as disfunções na glândula tireoidiana também favorecem esse distúrbio.


Ronco

Ainda que muitos não percebam, o ronco é um problema capaz de atrapalhar a qualidade do sono e gerar sintomas como fadiga, cansaço, sonolência, irritabilidade, indisposição, diminuição do reflexo motor e dificuldade para raciocinar. Um sono ruim também provoca alterações nos hábitos alimentares, já que reduz a produção de importantes hormônios responsáveis pelo controle da saciedade.

Quem ronca ainda tem a chance de ter apneia do sono e, pela falta de ar, o organismo é forçado a lançar mais adrenalina na corrente sanguínea. Essa interferência descontrola os níveis de pressão arterial e ainda deixa o organismo resistente à insulina. Ou seja, quem apresenta esses sintomas tem mais probabilidade de ter hipertensão e diabetes — condições que elevam as chances de evolução para doenças do coração e derrame cerebral.


Síndrome das pernas inquietas

Menos comum, mas não menos preocupante, esse distúrbio é caracterizado por agitações involuntárias das pernas durante a noite. Em situações mais graves, essa síndrome ainda pode afetar os membros superiores. Consequentemente, esses sintomas prejudicam a qualidade do sono e, no dia seguinte, a pessoa fica bastante sonolenta, cansada, irritada e indisposta.


Dicas para um sono relaxante


Evite dormir durante o dia

Os idosos, geralmente, não são tão ativos quanto antes, o que faz com que muitas deles desenvolvam o hábito de dormir menos horas por noite. Então, é preciso evitar aqueles cochilos durante o dia, já que essa atitude tende a prejudicar o sono noturno. Procure, então, fazer atividades relaxantes de modo a dormir melhor, como ler um bom livro ou telefonar para alguém que tenha uma conversa agradável e que traga boas energias.


Prepare o ambiente para melhorar seu sono

Tenha atenção a aspectos como luminosidade, qualidade da cama, altura do colchão e demais condições que contribuam em tornar o repouso eficiente e restaurador.

Para quem tem mais idade, a orientação é optar por travesseiros macios e com tamanho suficiente de completar, exatamente, aquele espaço entre a cabeça e o colchão. Assegurar esse conforto ajuda a alinhar a coluna vertebral ao tronco, o que favorece a circulação do sangue e o alívio de dores no corpo, principalmente nas pernas.


Igualmente relevante é atentar às comodidades que podem deixar as pessoas idosas mais tranquilas ao dormir. 

Prepare a garrafinha de água na temperatura ambiente e deixe os remédios sempre à mão. Pensando na segurança, o ideal é colocar um acendedor de lâmpada próximo à durante a noite. Evite qualquer motivo de ansiedade, queixa ou preocupação que prejudique o sono.


Deite-se somente quando estiver com sono

No envelhecimento, a maior dificuldade de pegar no sono torna essencial ir para a cama somente quando estiver com vontade de dormir. Por não ser tão profundo, a tendência é que o sono seja mais disperso durante o dia e menos concentrado à noite. Um aspecto importante é evitar o uso de celular, computador ou mesmo assistir à televisão antes de dormir. A luminosidade das telas desperta o cérebro e deixa o usuário “aceso” e sem sono.


Também não é recomendado tomar chás termogênicos e cafés, já que essas bebidas têm efeito estimulante e atrapalham o sono. 

O ideal é treinar o corpo para dormir sempre no mesmo horário e não ficar deitado durante o dia. São medidas simples, mas que auxiliam na rotina ao melhorar a qualidade do sono e ter mais longevidade.


Invista em atitudes favoráveis à higiene do sono

O estilo de vida atual exige mudanças de ações que contribuam para a promoção da higiene do sono. Por isso, em qualquer idade, é necessária a modificação de hábitos que proporcionem saúde e bem-estar.


Como vimos, sono e qualidade de vida são processos relacionados. Nesse contexto, é preciso analisar os fatores que comprometem o repouso e, por conseguinte, que impedem a mente de relaxar e o corpo de descansar adequadamente. Pela importância desses mecanismos, é necessário investir em alternativas que promovam um sono mais eficiente e restaurador.


Influência do sono na saúde física e mental

Ainda que tudo funcione de forma normal, há a necessidade de um tempo de repouso. Afinal, para o bom desempenho de todas as funções é preciso fazer a reposição de energia por meio dos alimentos adequados, além de descansar adequadamente.

Em relação ao sono, relacionamos a seguir, os critérios que mais influenciam a saúde mental e física. 


Estabilidade emocional

Em todos os ciclos da vida, cuidar da saúde integral é primordial ao bem-estar e à qualidade de vida. No entanto, quando a idade vai chegando, muitas questões pessoais, afetivas, familiares e profissionais contribuem para preocupações que comprometem a estabilidade emocional.

Por isso, a saúde emocional exige atenção e cuidados especiais, haja vista a influência do estado psicológico sobre a defesa imunológica, o que eleva o risco de desenvolver doenças crônicas no envelhecimento. Tendo isso em mente, o ideal é buscar alternativas para evitar o surgimento de enfermidades que comumente aparecem nessa fase.

Igualmente relevante é estimular a autoestima a fim de evitar os impactos da idade sobre a redução gradual da autonomia. O objetivo é preservar, ao máximo, a saúde emocional para aceitar, com tranquilidade, as sucessivas mudanças que ocorrem no corpo e na mente de quem já passou dos 60 anos.


Manutenção da memória

Manter um bom repouso é fundamental para ter uma boa memória e melhorar o desempenho do cérebro em coordenar, adequadamente, as funções orgânicas. Como as condições gerais de saúde dependem da qualidade do sono, isso ajuda a compreender por que quando se dorme mal, todo esse processo fica prejudicado.

Durante o sono ocorre um mecanismo de reparação celular e tecidual em todos os órgãos do corpo. Em outras palavras, pode-se dizer que a pessoa dorme para descansar, mas, enquanto isso, o organismo passa por uma criteriosa “revisão”. Ao longo da vida, isso funciona como um processo de “limpeza”, corrigindo eventuais erros genéticos que levam ao desenvolvimento de muitas doenças.

Todo esse trabalho é coordenado pelo cérebro, mas só pode ser realizado se o sono for suficientemente profundo. Quando isso não acontece, a capacidade de raciocínio e concentração fica prejudicada, além de elevar o risco de surgimento de diversos distúrbios.

Independentemente da idade, esse processo de reparação é constante, e acontece em todos os seres vivos que dormem. Nas pessoas que já alcançaram a nova idade, os impactos dessa “revisão” são fundamentais à manutenção da memória e para evitar o desenvolvimento de quadros demenciais, como o Alzheimer.


Reforço da defesa imunológica

Quem não dorme bem pode ter queda na imunidade e ficar vulnerável a diversos problemas de saúde, principalmente doenças musculares e ósseas. Isso acontece porque os elementos responsáveis pela defesa do organismo — os anticorpos — só conseguem desempenhar esse trabalho de forma correta durante o sono profundo.


A qualidade do sono e a prevenção de doenças crônicas

Além da função de repouso, o sono também tem características funcionais em relação à prevenção de diferentes doenças agudas e crônicas. Por isso, em qualquer etapa da vida, manter seu corpo ativo e priorizar um sono saudável é essencial à manutenção da saúde.


Para melhor compreensão, confira as principais doenças emocionais e físicas relacionadas à qualidade do sono!


Diabetes

Uma das consequências de dormir mal é o aumento da resistência do corpo à ação da insulina. Vale lembrar que ela é o hormônio responsável pelo controle da glicose no sangue. Isso significa que, se o seu nível estiver alterado, o de glicose também estará. Nessas condições, há maior risco de desenvolver diabetes.


Depressão

As pessoas que dormem menos tempo que o seu organismo precisa têm mais chances de serem afetadas pela depressão. A instabilidade emocional típica dessa doença pode gerar desânimo, negatividade e falta de motivação pela vida. Por isso, um sono reparador é fundamental ao combater a depressão e outros distúrbios psicológicos.


Pressão alta

Uma das consequências das noites mal dormidas é o estresse e a irritabilidade gerados pelo cansaço. Isso acontece porque o descanso insuficiente deixa as pessoas sonolentas, inquietas e impacientes.

Contudo, se essa situação se torna repetitiva na fase adulta ou nos idosos, isso pode prejudicar a pressão sanguínea e, em longo prazo, provocar a hipertensão. Assim, as noites sem sono proveitoso implicam o risco do surgimento de doenças cardiovasculares. Esses males têm associação direta com a liberação descontrolada de hormônios e de outras substâncias que coordenam a atividade do coração.

Por questões ligadas às necessidades fisiológicas, a pressão arterial tende a ser mais elevada durante o dia, mas, à noite, os valores são menores. Todavia, essa diminuição é gradativa e só acontece enquanto o indivíduo dorme. Assim, durante os episódios de insônia ou em situações de noites mal dormidas, a pressão não é reduzida como deveria.

Vale destacar, ainda, que esse tipo de pressão alta desencadeado pela má qualidade do sono é capaz de afetar até mesmo as pessoas saudáveis, de peso dentro da faixa de normalidade e que não são do grupo de risco de doenças cardíacas.


Obesidade

Durante o sono há a produção de leptina, substância que controla a sensação de fome. Por isso, pessoas que têm distúrbios como ronco, apneia do sono e insônia são estimuladas a comer mais para suprir a carência dessa substância no corpo.

No idoso, há maior tendência ao ganho de peso. Além da menor disposição à realização de exercícios físicos, as alterações fisiológicas, típicas dessa fase, colaboram com a redução da leptina. Nessas condições, há maior propensão à obesidade, além de outras doenças metabólicas como o diabetes.


O relógio biológico e a qualidade do sono

Poder controlar precisamente o ritmo das horas é uma das mais importantes — e por que não dizer maravilhosas — funções cerebrais. Esses sinais são enviados a cada milésimo de segundo para que haja um perfeito ajuste no ritmo do desempenho fisiológico.


Uma das formas em que isso acontece é pelo controle da produção de suor em dias quentes, mas que também reduz a perda de calor nos ambientes frios. Nas pessoas jovens, ocorre o esvaziamento da bexiga antes de dormir de modo que não haja interferência dos hormônios dos rins durante o sono. Sem esse “trabalho” de ter que liberar hormônios, a reparação renal ocorre de maneira eficiente.

Da mesma forma, o sono é uma resposta do corpo após ter ficado muitas horas desperto. Nesse contexto, a função do relógio biológico é fazer esse equilíbrio nas horas de sono necessárias, baseado em um ciclo de aproximadamente 24 horas.

Esse ajuste é influenciado por hormônios como a melatonina, que tem maior produção no início da noite — o que torna o sono noturno muito mais relaxante que o do dia. Mas, com o passar da idade, esse mecanismo fica prejudicado, sugerindo maior atenção à qualidade do sono.

Diante disso, selecionamos algumas dicas que podem ajudar a ter um repouso restaurador para as pessoas idosas

- mantenha um horário fixo para dormir;

- pratique atividades físicas regularmente;

- procure tratamento dos distúrbios do sono;

- prefira alimentos leves antes de ir para a cama;

- mantenha um ambiente confortável e adequado para dormir;

- reduza o tempo na TV e em aparelhos eletrônicos antes do adormecimento;

- concentre-se em coisas boas e procure promover o relaxamento mental;

- durma somente à noite, pois dormir de dia pode interferir no sono noturno;

- reduza a ingestão de água à noite a fim de evitar a necessidade de se levantar para ir ao banheiro.

Perceba então, que a qualidade do sono vai além de descansar a mente e o corpo, pois significa envelhecer bem. Para todas as pessoas, o sono restaurador é essencial à manutenção da saúde e influencia na estabilidade emocional e no bem-estar geral. Nos idosos, a atenção aos fatores que garantem um bom repouso é indispensável à qualidade de vida.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Principais doenças, sintomas e tratamento do sistema urinário



A infecção urinária é a doença mais frequentemente associada ao sistema urinário e pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres independente da idade. No entanto, outras doenças podem afetar o sistema urinário, como insuficiência renal, doença renal crônica, cálculos renais e câncer de bexiga e de rim, por exemplo.
É importante que sempre que existir sinal ou sintoma de alteração no sistema urinário, como dor ou ardor ao urinar, urina com espuma ou com cheiro muito forte ou presença de sangue na urina, o nefrologista ou urologista seja procurado para que seja feitos exames que possam indicar a causa dos sintomas e, assim, o tratamento possa ter início.

1. Infecção urinária
A infecção urinária corresponde à proliferação de um microrganismo, bactéria ou fungo, em qualquer parte do sistema urinário, causando sintomas como dor, desconforto e sensação de queimação ao urinar, por exemplo. Na maioria das vezes, os sintomas de infecção surgem devido ao desbalanço da microbiota da região genital, devido ao estresse ou à falta de higiene, por exemplo.

A infecção urinária pode receber uma classificação específica de acordo com a estrutura do sistema urinário acometida:

Cistite, que é o tipo de infecção urinária mais frequente e acontece quando microrganismo atinge a bexiga, causando urina turva, dor abdominal, sensação de peso no fundo da barriga, febre baixa e persistente e sensação de queimação ao urinar;
Uretrite, que acontece quando a bactéria ou o fungo atinge a uretra, causando inflamação e levando ao aparecimento de sintomas como vontade frequente para urinar, dor ou ardor para urinar e corrimento amarelo.
Nefrite, que é a infecção mais grave e acontece quando o agente infeccioso chega aos rins, causa inflamação e leva ao aparecimento de sintomas como vontade urgente para urinar, mas em pequena quantidade, urina turva e com cheiro turva, presença de sangue na urina, dor abdominal e febre.
Como tratar: O tratamento para infecção urinária deve ser recomendado pelo urologista de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela pessoa, bem como de acordo com o resultado dos exames de urina solicitados, sendo normalmente indicado o uso do antibiótico Ciprofloxacino. Nos casos em que não são observados sintomas, normalmente não é recomendado o uso de antibióticos, apenas acompanhamento da pessoa com o objetivo de verificar se houve aumento da quantidade de bactérias. Conheça outros remédios para infecção urinária.

2. Insuficiência renal
A insuficiência renal é caracterizada pela dificuldade do rim de filtrar o sangue corretamente e promover a eliminação de substâncias nocivas para o organismo, ficando acumuladas no sangue e podendo resultar em doenças, como aumento da pressão arterial e acidose sanguínea, que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas característicos, como falta de ar, palpitações e desorientação, por exemplo.

Como tratar: Quando a insuficiência renal é identificada logo que aparecem os primeiros sintomas, é possível revertê-la através do uso de medicamentos indicados pelo urologista ou nefrologista e por meio de mudança nos hábitos alimentares com o objetivo de evitar a sobrecarga renal. Além disso, em alguns casos pode ser recomendada a realização de hemodiálise para que o sangue seja filtrado e as substâncias acumuladas sejam removidas.


3. Doença renal crônica
A doença renal crônica, também chamada de DRC ou insuficiência renal crônica, é a perda progressiva da função do rim que não leva ao aparecimento de sinais ou sintomas que indiquem a perda de função, sendo apenas percebida quando o rim já encontra-se quase sem função.

Os sintomas de DRC são mais frequentes em pessoas com idade mais avançada, hipertensas, diabéticas ou com histórico na família de DRC e surgem quando a doença já encontra-se em fase mais avançada, podendo a pessoa apresentar inchaço nos pés, fraqueza, urina com espuma, coceira no corpo, cãibras e perda do apetite sem causa aparente, por exemplo. Saiba como identificar a doença renal crônica.

Como tratar: O tratamento da DRC é feito, nos casos mais graves, através da hemodiálise para remover as substâncias que encontram-se em excesso no sangue e que não foram devidamente removidas pelos rins. Além disso, pode ser recomendado pelo médico o uso de alguns medicamentos e a mudança na dieta para evitar a sobrecarga renal. Veja como deve ser o tratamento da DRC.

4. Cálculos renais
Os cálculos renais são popularmente chamados de pedra nos rins e surgem de forma repentina, podendo ser eliminados através da urina ou ficar presor na uretra, causando bastante dor, principalmente na região lombar e que pode causar dificuldade para se movimentar, e presença de sangue na urina. As pedras nos rins podem ter diversas composições e sua formação está muito relacionada aos hábitos de vida, como falta de prática de atividade física, alimentação incorreta e pouco consumo de água durante o dia, mas também pode estra diretamente ligada a fatores genéticos.

Como tratar: O tratamento para os cálculos renais pode variar de acordo com intensidade dos sintomas e do tamanho e da localização das pedras, que é verificado por meio de exame de imagem. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de medicamentos para aliviar as dores e facilitar a eliminação da pedra. No entanto, quando a pedra é grande ou está obstruindo a uretra ou o ureter, por exemplo, pode ser recomendada a realização de uma pequena cirurgia para que a pedra seja removida.

Em todos os casos, é importante beber bastante água e ter cuidados com a alimentação, pois dessa forma, além de tratar a pedra já existente, previne o aparecimento de outras. Entenda como deve ser a alimentação para evitar as pedras no rim:


5. Incontinência urinária
A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária da urina e que pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres independente da idade. A incontinência pode acontecer devido ao aumento da pressão na bexiga, que é mais frequente na gravidez, ou devido a alterações nas estruturas musculares que sustentam o assoalho pélvico.

Como tratar: Nesses casos, a recomendação é que sejam feitos exercícios para fortalecer a musculatura pélvica e evitar a perda involuntária da urina. Além disso, pode ser indicado o uso de remédios ou cirurgia, nos casos mais graves. Saiba como deve ser feito o tratamento para incontinência urinária.

6. Câncer
Alguns tipos de câncer podem afetar o sistema urinário, como é o que acontece no câncer de bexiga e dos rins, que podem acontecer quando células malignas desenvolvem-se nesses órgãos ou ser foco de metástases. De forma geral, o câncer de bexiga e de rim causa sintomas como dor e queimação ao urinar, aumento da vontade para urinar, cansaço excessivo, perda de apetite, presença de sangue na urina, aparecimento de massa na região abdominal e perda de peso sem causa aparente.

Como tratar: O tratamento deve ser indicado após identificação do tipo e grau do câncer, podendo ser indicado pelo nefrologista ou oncologista a realização de cirurgia, para remoção do tumor, seguida de quimio ou radioterapia ou imunoterapia. Em alguns casos pode também ser necessária a realização de transplante renal quando é verificado que o rim está muito prejudicado.

Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico de doenças do sistema urinário deve ser feito pelo urologista ou nefrologista de acordo com o sinais e sintomas apresentados pela pessoa. Normalmente é indicada a realização de exame de urina e urocultura, para verificar se há qualquer alteração nesses exames e se há infecções.

Além disso, é recomendada a realização de exames bioquímicos que avaliam a função renal, como a dosagem de ureia e creatinina no sangue. Pode ser recomendada também a realização da dosagem de alguns marcadores bioquímicos de câncer, como BTA, CEA e NPM22, que normalmente estão alterados no câncer de bexiga, além de exames de imagem que permitem a visualização do sistema urinário.


 

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Dor após a cirurgia

 


Após uma cirurgia, é comum haver dor e incômodo no local que foi manipulado, por isso, o médico pode recomendar o uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, que ajudam a controlar a dor e o inchaço local,  o que vai depender da severidade da dor.

O controle da dor é muito importante para permitir uma recuperação mais rápida, permitir a movimentação, diminuir o tempo de internação e necessidade de consultas médicas adicionais. Além dos remédios, é importante tomar outros cuidados depois da cirurgia, que têm a ver com a alimentação adequada e repouso, além de cuidados com a ferida operatória, para permitir uma cicatrização e recuperação adequadas.

O tipo de remédio, seja mais leve ou mais potente, varia de acordo com o tamanho da cirurgia e a intensidade da dor que cada pessoa pode apresentar. Entretanto, caso a dor seja muito intensa ou não melhore com os medicamentos, é importante ir ao médico para que novas avaliações ou exames sejam feitos.

Assim, os principais cuidados para aliviar a dor após uma cirurgia, incluem:

1. Remédios para dor
Os remédios para dor são geralmente indicados durante e imediatamente após o procedimento cirúrgico, pelo médico, e a sua manutenção pode ser necessária por dias a semanas. Alguns dos principais remédios para dor incluem:

Analgésicos: são muito utilizados para o alívio da dor leve a moderada, diminuindo incômodos e facilitando a realização das atividades diárias;
Anti-inflamatórios, por exemplo: existem diversas opções, em comprimido ou injetáveis, e são muito utilizados pois aliviam a dor e diminuem a inflamação, reduzindo, também o inchaço e a vermelhidão;
Opioides fracos: são úteis para alívio da dor moderada ou que não melhora com remédios como o paracetamol, pois agem de forma mais potente, no sistema nervoso central, e costumam ser usados em conjunto com outros analgésicos, em comprimido ou injetáveis;
Opioides fortes, por exemplo: são ainda mais potentes, também em comprimido ou injetáveis, e podem ser considerados em momentos mais intensos da dor, ou quando a dor não melhora com os tratamentos anteriores;
Anestésicos locais: aplicados diretamente na ferida operatória ou em locais de dor intensa, como na articulação ou em cirurgias ortopédicas, por exemplo. Estas são medidas mais eficazes e imediatas, quando os remédios não são suficientes para aliviar o quadro de dor.
Para que o tratamento da dor seja eficaz, o tratamento com estes remédios deve ser bem planejado e indicado pelo médico e os medicamentos devem ser tomados nos horários adequados e nunca em excesso, devido ao risco de efeitos colaterais, como tontura, enjôo, prisão de ventre e irritabilidade, por exemplo. 

A dor é um sintoma comum que pode surgir após qualquer tipo de cirurgia, seja mais simples como dentária, de pele ou estética, assim como mais complexas, como ortopédica, cesárea, intestinal, bariátrica ou no tórax, por exemplo. Ela pode estar relacionada tanto à manipulação dos tecidos, que ficam inflamados, quanto a procedimentos como anestesia, respiração por aparelhos ou por ficar muito tempo em uma posição desconfortável.

2. Medidas caseiras
Além dos remédios de farmácia, um ótimo remédio caseiro para aliviar a dor e acelerar a recuperação no pós-operatório é fazer compressas com gelo, na região ao redor da ferida cirúrgica, ou na região da face, caso se trate de uma cirurgia dentária, durante cerca de 15 minutos e descansando por 15 minutos, o que é muito útil para diminuir a inflamação local. Também é recomendado utilizar roupas confortáveis, largas e ventiladas, que permitam diminuir a fricção e o aperto nas regiões que estão em recuperação. 

O repouso também é fundamental após uma cirurgia. O tempo de repouso é recomendado pelo médico, de acordo com o procedimento realizado e as condições físicas de cada pessoa, que varia de 1 dia para procedimentos estéticos localizados, até 2 semanas para cirurgias cardíacas ou pulmonares, por exemplo. 

Deve-se procurar posições confortáveis, com o apoio de travesseiros, evitando ficar mais que 2 a 3 horas na mesma posição. O médico ou fisioterapeuta também podem indicar atividades mais apropriadas, como caminhadas ou alongamentos na cama, por exemplo, pois o repouso excessivo também é prejudicial para a saúde dos músculos, ossos e circulação sanguínea. Confira mais dicas sobre como se recuperar mais rápido depois da cirurgia.

3. Cuidados com a ferida cirúrgica
Alguns cuidados importantes com a ferida operatória devem ser orientados pelo médico cirurgião e equipe de enfermagem, pois incluem curativos e limpeza. Algumas dicas importantes são:

Manter a ferida limpa e seca;
Limpar a ferida com soro fisiológico ou com água corrente e sabão neutro, ou conforme orientação do médico;
Evitar deixar cair sobre a ferida produtos, como shampoo;
Para secar a ferida, usar um pano limpo ou toalha separada da usada para enxugar o corpo;
Evitar friccionar a ferida. Para remover resíduos, pode ser utilizado óleo de girassol ou de amêndoas com um algodão ou gaze;
Evitar exposição solar por cerca de 3 meses, para não formar cicatrizes.
Deve-se ainda avaliar regularmente o aspecto da ferida, pois é comum aparecer uma secreção transparente por alguns dias, entretanto, é importante procurar o médico caso surja secreção com sangue, com pus ou sinais arroxeados ao redor da ferida.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Enfisema pulmonar e bronquite crônica



Enfisema pulmonar e bronquite crônica, são uma das doenças mais comuns em idosos. Embora a doença pulmonar seja incurável, é tratável e evitável. Ela ocorre quando a inflamação nas vias aéreas, um espessamento do revestimento dos pulmões, e uma superprodução de muco nos tubos de ar, leva a uma redução significativa do fluxo de ar dentro e fora dos pulmões. Os sintomas mais comuns da DPOC(doença pulmonar obstrutiva crônica) incluem falta de ar, chiado no peito e tosse crônica. A doença é geralmente causada por exposição prolongada a irritantes no ar, como fumaça de tabaco, contaminantes relacionados ao trabalho ou poluição industrial. O maior fator de risco para contrair a doença é o tabagismo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Isolamento social



- Cuide da quantidade de informações Estar informado é importante, mas não precisamos ficar obcecados em buscar informações. Se atenha apenas as fontes confiáveis e em certos momentos do dia. 

- Mantenha uma rotina. Organize as atividades do dia e estabeleça metas para cada atividade. 

- Realize atividades que gosta. Retorne às suas atividades preferidas que estavam sendo adiadas por falta de tempo e reserve um tempo do seu dia para realiza-lás. 

- Mantenha contato com as pessoas. Essa é uma maneira de se distrair, passar o tempo, e, principalmente, matar a saudade de quem se ama. E tenha sempre em mente que tudo vai passar e se seguir essas dicas tudo será mais fácil! 

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sábado, 1 de agosto de 2020

Nutrição do idoso




Alterações associadas ao envelhecimento normal aumentam o risco nutricional em idosos. O envelhecimento é caracterizado por menores reservas dos órgãos e controles homeostáticos. As necessidades nutricionais do paciente idoso são determinadas por múltiplos fatores, incluindo problemas de saúde específicos e comprometimento dos órgãos relacionados; nível de atividade física, gasto de energia, necessidades calóricas; capacidade de acessar, preparar, ingerir e digerir alimentos e preferências alimentares pessoais.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Como evitar quedas em idosos




Hábitos simples e pequenas dicas podem evitar acidentes e garantir a segurança do idoso:

  • Praticar atividades físicas que fortaleçam a musculatura e aumentem a flexibilidade;
  • Se manter hidratado e ter uma alimentação balanceada;
  • Realizar consultas médicas e exames de rotina periodicamente;
  • Deixar os cômodos do lar com menos móveis e objetos que possam se tornar obstáculos;
  • Manter os cômodos bem iluminados;
  • Garantir que o piso esteja sempre seco e sem tapetes (ou com antiderrapantes);
  • Ajustar a altura da cama e do vaso sanitário;
  • Instalar barras de apoio em locais estratégicos (paredes, no banheiro, perto da cama do idoso, entre outros).

Principais causas de quedas na terceira idade




Cerca de 54% de queda em idosos são causadas por ambiente inadequado. Nesse caso, a principal causa é também o mais fácil de ser evitado: o piso escorregadio. Outro fator que ajuda a cair, são objetos deixados no chão.

As demais causas estão associadas à riscos ligados a hábitos e rotinas do idoso. Como consumo incorreto de medicamentos, problemas de visão, Parkinson, dores crônicas (fibromialgia, lombalgia, osteoartrite, etc).

terça-feira, 7 de julho de 2020

Riscos dos medicamentos em idosos




Muitos remédios podem trazer mais problemas aos idosos quando em tratamento de algumas doenças.
Algumas medicações utilizadas para controlar os níveis do colesterol e evitar doenças cardiovasculares, em pacientes acima dos 75 anos, não ajudam na prevenção da doença. 
Na verdade, causam dores e fraqueza muscular, problemas que podem afetar os idosos frágeis, que já estão num processo de declínio físico.
Em idosos com baixa expectativa de vida ou que tenham demência, manter o nível de açúcar baixo aumenta o risco de causar mais danos do que benefícios, por causa de episódios de hipoglicemia que podem levar à perda de consciência e quedas. 
Há drogas cuja utilização está associada ao risco de quedas: benzodiazepínicos, receitados para quem tem problemas de ansiedade e insônia; antipsicóticos, para dificuldades de comportamento que ocorrem no Alzheimer e outras demências; opióides, no tratamento de dores; anti-hipertensivos, que podem interferir nos rins e pulmões; no diabetes aqueles para baixar as taxas de açúcar no sangue podem levar a um quadro de hipoglicemia, quedas e até coma.
Comprimidos para dormir podem causar a parasomnia, que é um estado semiconsciente que pode fazer as pessoas dormirem enquanto andam ou sofrerem amnésia. As pessoas afetadas podem fazer muitas outras coisas enquanto dormem e ao acordar podem não se lembrar do que fizeram. Sendo às vezes, arriscado.

terça-feira, 9 de junho de 2020

Guia do coronavírus para idosos. Cuidados a serem observados.




Cuidados a serem incorporados pelo grupo de maior risco.

Manter a saúde em dia, cuidar das crianças, evitar utensílios compartilhados e mais dicas para a terceira idade

Com o crescente número de brasileiros com o novo coronavírus,  cuidado com o risco maior que a doença representa para idosos e pessoas com problemas crônicos de saúde.

Estudo do Centro de Controle de Doença (CDC) da China mostra que 2,4% dos pacientes morreram em razão da COVID-19. Quando considerados pacientes de 70 a 79 anos, porém, a taxa de letalidade sobe para 8%, e entre os pacientes com mais de 80 anos, 14,8% dos casos resultaram em morte.

Abandone o lenço de pano

Prefira lenços de papel descartáveis para assoar e cubra o nariz com o braço ao espirrar.
Após um espirro, o vírus pode ficar horas no pano. Caso o lenço vá para o bolso, contaminará as mãos depois. Prefira os de papel descartáveis e cubra nariz e boca com o braço ao tossir ou espirrar.

Cada um com seu copinho

Não compartilhe utensílios, como copos e talheres.

O copinho coletivo do filtro ou da moringa deve ser aposentado. Evite compartilhar outros utensílios, como talheres, pratos ou garrafas.
Use menos o ar-condicionado e deixe a casa mais aberta para ventilar naturalmente.

Atenção com as crianças

Ensine as crianças a lavar as mãos ao chegar em casa.
As crianças podem trazer vírus da rua ou da escola. Cuidado importante é lembrá-las de lavar bem as mãos ao chegar.

Longe das aglomerações
Não é preciso ficar isolado, mas cuidado com aglomerações.
Não é preciso ficar confinado em casa, mas é melhor evitar aglomerações e contato com pessoas doentes.

Saúde em dia
Verifique se as doenças crônicas estão sob controle
Adquira medicação para 2 meses de tratamento.

Faça atividade física, alimente-se bem e beba muita água.

Mantenha as visitas ao médico atualizadas para garantir que eventuais doenças, como diabetes, problemas cardíacos ou respiratórios, estejam controlados e não haja anemia ou desidratação.

Fique (bem) informado
Informe-se por meio de veículos de comunicação sérios ou com seu médico.

Cuidado com as fake news: há muita informação falsa circulando pela internet. Não confie em tudo que chega pelo Whatsapp ou Facebook, mesmo que seja de amigo ou familiar.

Dr. Sebastião Inácio Filho.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Dicas para controlar a ingestão de alimentos.




Procure se alimentar todos os dias na mesma hora e no mesmo local da casa.
Coma somente se estiver sentado. Isto evita consumir pequenas quantidades de alimento, em pé, diante da geladeira, por exemplo.
Concentre-se nos alimentos que está consumindo, mastigando-os bem.
Elimine distrações tais como ler ou assistir televisão durante as refeições.
Use pratos pequenos para os alimentos e não coloque travessas com alimentos sobre a mesa.
Cozinhe porções menores de alimentos.
Diminua o ritmo da refeição descansando os talheres sobre a mesa.
Não use condimentos calóricos, como catchup, mostarda ou maionese.
Não faça compras de alimentos nos supermercados antes das refeições. Isto ajuda a evitar a compra maior e desnecessária de alimentos calóricos.
Evite servir-se pela segunda vez.
Procure avaliar se os seus hábitos alimentares favorecem ou não o ganho de peso. Caso sua resposta seja positiva, faça um plano para corrigir os fatores que, no seu caso, favorecem o ganho de peso.
Procure dormir bem. Durante o sono normal, a regulação hormonal favorece a saciedade e regula o metabolismo  do organismo. A leptina, substância liberada durante o sono, controla a gordura do corpo dando sinais de que estamos alimentados. Quando o corpo é privado do sono, a leptina é reduzida, aumentando a vontade de comer. Em média, um adulto saudável necessita de 6 a 8 horas de sono por dia.
Procure comer mais frutas, verduras, nozes e grãos.
Reduza açúcar e gorduras na sua dieta.
Mude das gorduras animais para as gorduras vegetais.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Diabetes e Depressão




O diagnóstico de depressão exige o preenchimento de vários critérios. Pelo menos 5 sintomas precisam estar presentes por pelo menos 2 semanas:

1) humor deprimido;
2) diminuição no interesse no prazer em ativitidades (anedonia);
3) mudança significativa no peso ou no apetite;
4) insônia ou hipersônia;
5) agitação psicomotora (ou lentidão);
6) fadiga;
7) dificuldade de concentração;
8) sentimentos de culpa ou inutilidade;
9) ideação suicida.

Um dos sintomas deve ser humor deprimido ou anedonia.

Depressão menor envolve sintomas abaixo do critério para depressão maior.

Distimia é definida com a presença de menos do que 5 sintomas, durando pelo menos 2 anos.

A depressão tem impacto nocivo sobre o controle glicêmico e, por sua vez, o diabetes mal controlado intensifica os sintomas depressivos, a depressão está associada à hiperglicemia e ao risco aumentado de complicações do diabetes. No sentido oposto, o alívio da depressão associa-se à uma melhora significativa do controle glicêmico. A  probabilidade de depressão na população diabética é duas vezes maior do que a da população não diabética. A depressão é  significativamente maior em mulheres diabéticas (28%) do que em homens (18%).

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Os custos do isolamento social do COVID-19



O impacto negativo do isolamento social e da solidão.

A rapidez do aumento da COVID-19, bem como as restrições sociais e as intervenções de saúde pública que se seguiram, contribuíram para uma epidemia de outro tipo: a solidão.

Normalmente, as pessoas têm controle sobre o número e a qualidade de suas interações, já situações como a atual, as limitações impostas trazem conseqüências importantes, tais como  o aumento da pressão arterial, picos matinais nos níveis de cortisol, alterações do sono, declínios  no desempenho cognitivo, maiores taxas de mortalidade após um ataque cardíaco e taxas mais lentas de cicatrização de feridas do que seus pares menos isolados.

Muitos grupos de pessoas podem são  particularmente vulneráveis ​​devido ao isolamento do COVID-19.

Os grupos afetados podem incluir idosos que vivem em asilos onde a visitação é limitada; idosos ou outras pessoas que moram sozinhas; pessoas imunodeprimidas; indivíduos com transtornos mentais.

As crianças também estão se sentindo solitárias e alguns estudos já apontam o impacto do isolamento social durante a pandemia na saúde mental das crianças.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Cuidado com o excesso de medicação

Todos os dias, mais idosos são hospitalizados devido a sérios efeitos colaterais de um ou mais medicamentos. As chances de sofrer uma reação adversa séria a um medicamento aumentam de 7 a 10% com cada medicamento adicional - ainda hoje, mais de 40% dos idosos tomam regularmente 5 ou mais medicamentos prescritos e quase 20% tomam mais de 10 medicamentos. Quando medicamentos de venda livre estão incluídos, dois terços dos idosos tomam 5 ou mais medicamentos.

Se as tendências atuais continuarem, nos próximos anos, milhões de internações de idosos ocorrerão por efeitos colaterais sérios dos medicamentos.

Atualmente, muita atenção está focada no custo dos medicamentos, mas com a sobrecarga de medicamentos, se observa que os medicamentos mais caros são aqueles que não são necessários ou que estão causando danos, levando às  hospitalizações desnecessárias causadas por muitos remédios. Mais importante, os danos causados ​​pelos medicamentos podem levar à morte prematura dos idosos.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Febre hemorrágica brasileira. Atenção nacional.



Entenda os riscos

O vírus tem um longo período de incubação, que é em média de sete a 21 dias, e se inicia com febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz, ou seja: uma longa lista de sintomas.
Além disso, a evolução da doença pode resultar em comprometimento neurológico, como confusão mental, alteração de comportamento e convulsão.
A transmissão dos arenavírus de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado, quando não são utilizados equipamentos de proteção, através do contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções do paciente.
O Ministério da Saúde classifica a situação como um "evento de saúde pública grave". E de acordo com protocolos internacionais estabelecidos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) já foram notificadas sobre o reaparecimento do vírus.



Vírus letal da febre hemorrágica ressurge no Brasil. Orientações aos profissionais de saúde.

Medidas de prevenção do profissional de saúde

O caso suspeito deve ser atendido em quarto individualizado. Além das medidas de precaução padrão, recomenda-se aos profissionais de saúde que utilizem os equipamentos de proteção individual.

A desinfecção das mãos deve ser realizada antes e após o contato com os pacientes.

Os cuidados com o descarte de material devem ser sempre feitos somente após autoclavação de todos os materiais usados no manuseio do paciente e também todas as secreções e excreções do mesmo.

Caso possível, deve-se restringir o número de profissionais de saúde que tenham contato com o paciente; colocar alertas nas portas sobre os cuidados para o uso de EPI; minimizar os procedimentos invasivos no paciente. Ainda se recomenda que equipamentos e instrumentais, como termômetros, estetoscópios, aparelhos de pressão e outros, sejam de uso exclusivo do paciente e desinfetados após seu uso.

Os pacientes suspeitos ou confirmados para essa doença devem ser isolados em um quarto individual, com banheiro e pias separadas. O movimento dos pacientes no ambiente hospitalar deve ser restrito.

O ambiente e os utensílios podem ser desinfetados com detergentes e desinfetantes comuns, tais como hipoclorito de sódio a 1% e glutaraldeído a 2%, álcool etílico a 70% e lisofórmio. Ainda são sensíveis a luz ultravioleta, irradiação gama e são inativados a temperaturas acima de 56 graus Celsius e pH inferior a 5,5 ou superiores a 8,53 .

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Doença de Parkinson




Doença de Parkinson (DP), descrita por James Parkinson em 1817, é uma das doenças neurológicas mais comuns dos dias de hoje.
Do ponto de vista patológico, DP é uma doença degenerativa cujas alterações motoras decorrem principalmente da morte de neurônios dopaminérgicos da substância nigra que apresentam inclusões intracitoplasmáticas conhecidas com corpúsculos de Lewy. Suas principais manifestações motoras incluem tremor de repouso, bradicinesia, rigidez com roda denteada e anormalidades posturais.

No entanto, as alterações não são restritas à substância nigra e podem estar presentes em outros núcleos do tronco cerebral (por exemplo, núcleo motor dorsal do vago), córtex cerebral e mesmo neurônios periféricos, como os do plexo mioentérico.
A presença de processo degenerativo além do sistema nigroestriatal pode explicar uma série
de sintomas e sinais não motores, tais como alterações do olfato, distúrbios do sono, hipotensão postural, constipação, mudanças emocionais, depressão, ansiedade, sintomas psicóticos, prejuízos cognitivos e demência, dentre outros.

A introdução de levodopa representou o maior avanço terapêutico na DP, produzindo benefícios clínicos para praticamente todos os pacientes e reduzindo a mortalidade por esta doença. 

No entanto, logo após a introdução do medicamento, se tornou evidente que o tratamento por longo prazo era complicado pelo desenvolvimento de efeitos adversos, que incluem flutuações motoras, discinesias e complicações neuropsiquiátricas. 

Além disto, com a progressão da doença, os pacientes passam a apresentar manifestações que não respondem adequadamente à terapia com levodopa, tais como episódios de congelamento, instabilidade postural, disfunções autonômicas e demência.

Nestes casos, deve-se optar por outro esquema terapêutico.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Automedicação - Riscos de uma atitude perigosa.





O Brasil é campeão da automedicação. Genéricos ou de marca, com ou sem prescrição, comprados em farmácias reais ou virtuais, o que não faltam são opções de medicamentos e diversas facilidades para adquiri-los, até mesmo no conforto de casa, sem precisar se locomover. Medicamentos são o principal agente causador de intoxicação em seres humanos no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados.

As crianças menores de 5 anos representam cerca de 35% destes casos de intoxicação.

A pessoa precisa ser informada, conhecer os riscos dos medicamentos e ter a inteligência para procurar pelo médico, não pelo medicamento.

A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer consequências mais graves do que se imagina.

O uso de medicamentos de forma incorreta pode piorar uma doença e até causar doenças mais graves.

Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.

Também temos que ter a preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.

Anti-inflamatórios são remédios perigosos e, se administrados indiscriminadamente, podem fazer muito mal, provocando contração dos vasos, retenção de sódio e água, aumentando a pressão arterial, e colocando em risco o coração e os rins. Têm, ainda, ação lesiva sobre o fígado, provocam gastrite e lesão intestinal, tornando o indivíduo passível de desenvolver úlceras no aparelho digestivo. Outro risco importante, comum a automedicação de maneira geral, é o de mascarar doenças ou até agravá-las.

Maior restrição à venda destes medicamentos, a exemplo do que vem acontecendo com os antibióticos, seria uma ação efetiva, porém pontual. A rigorosa supervisão sobre a venda e prescrição médica deveria atingir a diversas outras classes de medicamentos, pois todos eles, inclusive aqueles de venda livre, não podem ser consumidos sem controle. Todos têm indicações e posologia específicas, além do risco de provocarem efeitos colaterais e danos à saúde.

Analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam.

Sempre procure um médico ao desconfiar sobre qualquer problema de saúde. Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias.

Na consulta, informe ao médico se você já utiliza algum medicamento e se faz uso freqüente de bebidas alcoólicas.

Evitando intoxicações

As intoxicações por medicamento ocorrem principalmente pelo uso acidental e são mais frequentes em crianças. Por isso, os pais ou responsáveis devem ter muito cuidado no armazenamento do medicamento. Ele deve ser guardado em local seguro, longe do alcance das crianças. 
Para evitar a ingestão acidental de medicamentos, não os deixe soltos em gavetas, dentro de vasos, potes, objetos de decoração ou de qualquer outra forma que permita o acesso de animais domésticos, crianças ou idosos.

Atendimento médico domiciliar

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